Capítulo 70

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— Não

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— Não. — Foi tudo o que disse, e então me dei conta de que minha mãe não estava louca.

Eu havia pedido para ela cuidar do Daniel para que eu levasse Milena para jantar, pois estava preparado para oficializar mais o nosso relacionamento e formar nossa família, como manda o figurino.

Mas estranhei minha mãe não ter aparecido lá e nem atendido as minhas ligações, então resolvi aparecer em sua casa para que tivéssemos uma conversa.

Onde me disse que aquele menino não era o meu filho e que sentia que eu estava sendo enganado.

No primeiro momento achei que ela estava louca e que Milena jamais faria isso comigo.

Mas olhando para suas expressões agora, vejo que realmente fui enganado e da pior forma possível.

E ainda tinha o fato do Daniel ser loiro de olhos azuis cristalinos, coisa anormal.

Que segundo a minha mãe, o filho tem que nascer com os olhos dos pais, e raramente puxam a alguém da família.

Conheci todos no natal e nem seus pais e dois dos seus tios tinham aqueles olhos.

Lembro-me que falou de seu avô, mas pelas fotos que vi na sala de estar daquela mansão, ele também não parecia ter, mas na hora eu estava tão inebriado com o nascimento dele que não lembrei desse detalhe.

Suspirei, pois a ficha ainda não tinha caído.

— Milena, eu realmente não consigo acreditar que você foi capaz de me enganar desse jeito! — Exclamei, me sentando no sofá, pois minha cabeça estava explodindo.

Era muita informação...

— Hoje eu havia decidido que iria conversar com você sobre isso. — Falou, sua voz embargada pelo choro.

— Então é mesmo verdade? — Perguntei, de novo, para ver se eu não estava ficando louco.

Ela assentiu, e tudo o que eu soube fazer foi pensar em quem poderia ser o pai dessa criança.

Com quem havia me traído...

— Ryan, eu juro que não queria te fazer sofrer... — Iniciou, mas eu levantei a mão a impedindo de falar, pois minha raiva era tanta que eu poderia dizer coisas que não queria.

Minutos se passaram e nós continuávamos em silêncio, pois eu não aguentava mais nem olhar para cara dela e tudo piorou quando o menino começou a chorar lá dentro do quarto.

Nisso ela foi até ele e ficou por lá por alguns minutos, pois essa era a hora dele se alimentar.

E foi aí que a minha ficha caiu e eu percebi que não iria mais aguentar conviver com eles, pois querendo ou não, Daniel era fruto de uma traição e isso eu jamais irei perdoar.

E quando ela voltou para sala, enxugando o rosto, respirei e tomei uma decisão.

Sei que posso estar sendo precipitado, mas vai ser o melhor para nós dois.

— Milena, eu estou me segurando para não falar umas boas verdades na sua cara, pois foram 2 malditos anos de relacionamento e eu nunca percebi o quanto você era fria comigo, até em nossos momentos íntimos. — Desabafei, pois era uma coisa que a muito tempo estava entalado em minha garganta. — Mas agora eu sei, que eu depositei todo o meu amor em uma pessoa que não estava disposta a me deixar entrar em seu coração.

— Ryan, eu tentei te amar, mas foi inútil. — Falou, e eu percebia que tentava inutilmente segurar o choro.

— Eu realmente não estou interessado nas suas desculpas, só quero que arrume as suas coisas, pegue o seu filho e saia do meu apartamento. — Disparei, deixando a perplexa. — Eu vou sair e quando eu voltar, espero não te encontrar mais aqui.

Dito isso, sai do apartamento e fui caminhar um pouco pela praça, pois eu estava precisando esfriar a minha cabeça.

Eu ainda não estava acreditando que eu tinha sido traído e da pior forma possível.

Eu acreditei mesmo que ela me amava, mesmo sendo do seu jeito.

Lembro-me do dia em que encontrei o teste de gravidez escondido em suas coisas e da maneira fria em que me contou que estava grávida dizendo que a camisinha tinha estourado, sendo que ela sabia que era mentira.

O filho não era meu e ela sempre soube disso...

Pois eu sempre fui precavido, as vezes usávamos duas, mas nesse dia antes da nossa viajem para o Brasil, usei apenas uma.

Mas quando terminamos, eu olhei e não vi nada rasgado, mas eu estava tão desnorteado com a notícia que acreditei ser possível.

E a única coisa que eu queria saber era quem era o cara, pois eu iria confrontar o desgraçado.

Isso não iria ficar assim...

Então sentei-me no banco da praça e decidi ligar para o meu amigo Ulisses, pois precisava desabafar, ele era a única pessoa confiável e que iria me ajudar com essa situação.

— Oi, Ryan. — Disse assim que atendeu a chamada.

— Preciso da sua ajuda, amigo.

— Podes falar, o que aconteceu? — Pergunta, preocupado, pois já me conhece.

— Podemos nos encontrar, de preferência em sua casa. — Pedi, pois queria dá um tempo para que ela arrumasse as coisas e fosse embora do meu apartamento.

— Sim, estou sozinho hoje, pois meu colega de quarto foi ver namorada. — Diz, e então me despeço dele e sigo para a sua casa, que fica a 3 quadras daqui.

E enquanto caminho preparo o meu psicológico para explicar tudo para o meu amigo.

E só espero que ele me entenda e aceite me ajudar...

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Beijos e até o próximo capítulo...

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