Capítulo 24

162 24 88
                                    

Já se passava de 1h da manhã e eu me encontrava na varanda da minha cobertura, admirando a paisagem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Já se passava de 1h da manhã e eu me encontrava na varanda da minha cobertura, admirando a paisagem.

Tinha noites que eu preferia ficar aqui e curtir um pouco a minha solidão, pois era assim que eu me sentia a muito tempo.

Estava distraído, perdido em pensamentos que não vi quando Vanessa colocou sua mão em meu ombro.

— Achei que íamos nos divertir até amanhecer! — Exclamou, alisando meus ombros e tentando me provocar.

— Já estou satisfeito. — Respondo, curto e grosso.

Sei que gosto de transar várias vezes numa só noite, mas hoje não estou afim, pois meus pensamentos estão conflitantes e é nessas horas que prefiro ficar sozinho.

Sei que já está tarde e não posso manda-la embora agora, mas se pudesse era o que faria.

— Você está estranho, quer conversar? — Pergunta, agora alisando minha nuca de leve.

Fazendo aquela caricia que eu gostava muito.

Aquela maldita carícia.

Rapidamente afasto suas mãos de mim tentando ser o mais gentil possível, pois ninguém tem nada a ver com o meu sofrimento.

Vanessa levanta as mãos em rendição e senta-se em uma das poltronas que existem por ali graças a Laura, que fez questão de acrescentar na decoração.

Eu continuei em silêncio, na mesma posição que estava antes e tudo o que eu queria era ficar sozinho.

E nem precisei me virar para dizer nada, pois logo a vi entrar e mexer em sua bolsa que estava em cima do sofá.

Dei graças quando se vestiu e falou que havia chamado um Uber para ir embora.

Não me dei ao trabalho de me despedir, pois ela era uma daquelas amigas de sexo casual e já conhecia o meu jeito.

Quando finalmente fiquei sozinho foi que me permitir me trancar em meu quarto e pensar naquele dia.

O dia em que ela me tratou diferente, era como se tivéssemos voltado à estaca zero.

Queria entender o porquê decidiu me deixar, mas nunca obtive as respostas que eu queria, pois por várias vezes eu quis conversar e ela se negava.

E de repente meu coração estava acelerado e uma sensação ruim se passou pelo meu corpo.

Era como se algo estivesse errado, então resolvi ligar para os meus pais e saber se estavam bem, eu não gostava dessas sensações e temia que algo acontecesse.

Depois de me certificar que eles estavam bem, liguei para Laura que se encontrava acordada desenhando alguns projetos.

Sua sorte que eu ainda estou ocupada com um desenho. — Disse ela.

— Desculpa, é que eu senti uma coisa estranha e queria saber se estão todos bem. — Falei, querendo me tranquilizar mas parecia que não estava adiantando.

Aqui está tudo ótimo, mamãe está ao telefone com a tia Eliane e está tudo bem, deve ser impressão sua. — Me garantiu, e eu tentei me tranquilizar.

— Que bom, eu estava indo me deitar quando senti isso.

Olha talvez não seja nada.

— Tem falando com a Milena? — Perguntei, mesmo sem querer, mas eu precisava me tranquilizar e queria saber se estava bem também.

Não, tentei ligar hoje mais cedo, e só da fora de área. — Diz, e isso me aterrorizou, ela nunca fica sem falar com a Laura.

Depois de garanti que eu iria ficar bem, encerrei a chamada e passei a vasculhar uns papeis que tínhamos costume de anotar algumas coisas.

Eu não tinha o número dela gravado em meu celular, mas tinha anotado por aqui.

Óbvio que eu não iria usar o meu número pois sabia que ela reconheceria, então resolvi pegar o que eu usava na empresa, pelo menos esse ninguém tinha.

Então passei a ligar, mas foi como Laura disse, estava fora de área.

E isso só me deixou ainda mais aterrorizado, para onde pode ter ido para que o celular não pegasse.

Sei que as linhas de Nova York são as melhores e nunca ficam sem área, é muito difícil.

Sento-me na cama, respiro fundo e tento ficar calmo, pois pode ser que eu esteja me precipitando.

Mas se tratando dela é sempre assim e isso me faz lembrar da vez em que sumiu por horas e deixou todos preocupados.

Lembro-me de tia Eliane chorando, angustiada.

Eu estava do mesmo jeito agora e pior, não sabia o motivo.

Estou a ponto de vasculhar Nova York inteira atrás dela, apenas para me certificar se está bem ou se precisa de ajuda.

Mas lembro-me que ainda não estou pronto para revê-la, pois sei que irei enche-la de indagações do passado.

Então decido me acalmar e desabo na cama, na intenção de pegar no sono.

❤❤❤

Beijos e até o próximo capítulo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Beijos e até o próximo capítulo...

Entre NósOnde histórias criam vida. Descubra agora