4 - DESCOBRINDO O FUTURO

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Resumindo o passeio da lanchonete: aparentemente, não escolhemos o mesmo lugar que o resto da turma e ninguém chegou. Quando eu estava indo para casa, é que me lembrei de pegar no celular e vi as várias mensagens de Vivian perguntando onde eu estava. Assim que vi, respondi para ela.

"Desculpe, Viv. Vim em uma lanchonete menos movimentada. Estou indo para casa agora. Como foi aí?"

"Com quem você estava, hein? Foi ótimo. Talvez eu tenha abusado um pouquinho dos drinks que Olivia trouxe"

"Eu não acredito que no único dia que te deixo sozinha, você volta bêbada para casa"

"Não estou bêbada, só meio alegre. E não fuja da minha pergunta, com quem estava?"

"Depois que minha mãe e minha irmã foram embora, Marco me convidou para vir nessa lanchonete"

"EU SABIA, SUA SAFADA"

"Tchau, Viv".

Ela me mandou mais algumas mensagens, mas eu havia chego na porta de casa. Passei pela caixa de correio e ela estava vazia. Talvez eu precisasse esperar um pouco mais para descobrir para onde eu iria. Entrei em casa, e minha mãe estava preparando a janta, enquanto minha irmã jogava vídeo game.

– Olá, querida. Se divertiu? – ela me olhou, mas sem parar de mexer nas panelas.

– Sim, mãe. – dei um beijo em sua bochecha e me joguei ao lado de Agatha.

– Garota, toma cuidado, quase sentou em cima de mim. – ela falou sem tirar os olhos da TV.

– Desculpe, na próxima eu sento em cima. – sorri irônica para ela.

– Lucy, chegou a correspondência para você. – minha mãe disse, empolgada.

– Sério? Caramba, achei que não tinha chegado nada ainda. Onde estão? – ela apontou para a mesa, me levantei num pulo e parei diante dos dois envelopes que me esperavam na mesa. Minha mãe parou atrás de mim, segurando meus ombros.

– Não fique tensa, já deu certo.

– Sim. – respirei fundo e abri o primeiro envelope, que tinha a grande insígnia da Universidade de Nova York.

Virei de frente para minha mãe, para impedir que ela lesse primeiro que eu. Abri a carta e corri para o texto. A primeira frase estava destacada, e indicava que meu nome estava na lista de espera para vagas remanescentes. Meu corpo parou de tremer e senti meus olhos encherem de lágrimas. Minha mãe me deu um abraço, entendendo que a aprovação não tinha vindo.

– O que diz aí? – ela perguntou e eu dei a carta para que ela pudesse ler.

– Lista de espera. Bem, me sobra a Juilliard – minha mãe abriu um sorriso e tentou parecer confiante.

– Me sobra a Juilliard? Você fala como se não fosse tão incrível quanto. Abra logo essa carta. – ela falou de forma incentivadora, sorri para ela e abri a segunda carta. Para minha surpresa, lista de espera.

– Ok, acho que posso me preocupar. – agora, era quase difícil segurar qualquer lágrima – Eu não consegui nenhuma das duas. – deixei as cartas de lado e tapei meu rosto, envergonhada.

– Ainda não acabou, Lucy. Você está na lista de espera de duas grandes instituições. Vamos torcer para que logo venha uma resposta positiva. – ela me abraçou carinhosamente, afagando meus cabelos.

– Mãe, não é possível que não veja como é um caos. Eu me inscrevi só para as duas e não fui aprovada em nenhuma. E se eu não conseguir ir para a faculdade? E se eu não conseguir realizar o seu sonho, nosso sonho? – falei desesperada.

Messed Up SummerOnde histórias criam vida. Descubra agora