13 - TUDO TERMINA EM ÁGUA

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Marco ficou me encarando um tempo, olhando o que eu estava usando, como se quisesse absorver cada detalhe.

– Você está maravilhosa, Lucy. Completamente maravilhosa. – ele esticou a mão para que eu segurasse.

– Você também não está nada mal. Eu quase esqueci como é te ver arrumado, sem ser com a regata ou sem camisa. – ri para ele e ele retribuiu.

– Fiz esse esforço hoje – ele me levou até o carro e abriu a porta para mim. Antes que fechasse a porta, me deu um selinho.

Ao chegarmos no restaurante onde aconteceria o flash mob, demos de cara com vários dos nossos amigos. À primeira vista, fiquei chocada com o ambiente. O restaurante tinha vários andares, mas não parecia com um prédio, era uma casa gigantesca, com um toque vintage, parecia um grande castelo branco com grandes vidraças. Ele era todo iluminado e o caminho para a entrada era cercado de longas palmeiras (tão comuns em Los Angeles, mas ali deram um toque sofisticado ao ambiente). Quando entramos, pude ver melhor o grande salão, com diversas mesas. Era um restaurante incrível, caro e muito chique para alguém que estava lutando para conseguir dinheiro para a anuidade da faculdade, mas incrível.

Como ninguém da administração do restaurante sabia que aquilo aconteceria, paramos na porta e fomos conduzidos por um concierge, que nos levou até a mesa que ficaríamos. Não demorou para que o cardápio chegasse até nós. Passei admirando, procurando o que seria acessível. Por fim, pedi uma salada com cubos de frango, enquanto Marco só pediu um champanhe para bebermos. A comida também não demorou para chegar, junto com o champanhe. Comecei a comer, nervosa, tentando não ficar tensa com o que estávamos prestes a fazer. Olhei ao redor do restaurante, e vi Vivian sorrindo para mim. Dei um tchauzinho para ela e voltei a encarar Marco.

– Está tensa, Jones? Nem parece que já fez algumas coisas bem doidas, como beijar pessoas de olhos vendados – ele me encarava com um sorriso irônico.

– Mas pelo menos eu não estava causando tumulto nenhum, e se aqui decidirem chamar a polícia? – falei e dei um gole leve na minha taça.

– Não vai acontecer. A gente foge antes disso.

– Se eu for presa por sua causa, te mato.

– Combinado – ele piscou para mim e eu ri.

Quando estava no meio do meu prato, a música começou a ecoar pelo salão. As pessoas se olhavam confusas, procurando de onde a música vinha. Então, do centro do salão, Lee e Elle começaram a cantar e se levantaram, subindo na cadeira. Não demorou para que começássemos a acompanhar, também cantando a música. Eles saíram andando pelo salão, passando perto de quem participaria, como se nos convidassem a participar. Elle passou por nossa mesa e tocou carinhosamente em Marco. Ele se levantou, me encarou e saímos juntos da mesa. Marco me olhou admirado, e começamos a fazer os passos que havíamos ensaiado a tarde toda. Ele correu para se posicionar em uma mesa onde Rachel dançava em cima, e com a ajuda dele e de um de nossos amigos, ela virou uma cambalhota e seguiu em direção ao salão. Então, fomos todos para o centro e seguimos a sequência de passos, todos em sincronia. Eu me concentrava em cada passo para não errar, mas me permitindo entregar à dança, sentindo meu cabelo balançando com cada rodopio, meu vestido colaborando com cada movimento para que eu não ficasse presa. Eu estava tão absorta, que não reparei quando Marco se aproximou e pegou em minha mão. Ele estava fugindo da coreografia, mas isso era tão a cara dele.

– Quer fazer algo diferente? – ele falou eufórico.

– Vamos fazer um grande show, MVP. Só promete que vai me segurar. – olhei empolgada para ele e voltei a cantar Shut up and dance with me.

Messed Up SummerOnde histórias criam vida. Descubra agora