11 - A CORRIDA DE KART

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O plano de convencer minha mãe foi um sucesso e ela aceitou que Agatha saísse com Peter. Agora, eu poderia trabalhar tranquila e encarar aquela tarde no parque com a tal corrida de kart.

Aparentemente, todo mundo estava empolgado pela corrida. A galera da nossa turma estava quase toda por lá e apesar de só eu e Marco trabalharmos no local, todo mundo tinha resolvido passar o dia por lá. Em todos os brinquedos que eu estive, encontrei com alguém que eu conhecia. Vivian ficava me seguindo, contribuindo com o meu trabalho e me ajudando a olhar o pessoal. Ela seria uma salva-vidas muito melhor que eu. Não demorou para aquela empolgação deixar tudo mais divertido. Eu estava apreensiva com algumas coisas, e esperava um dia tenso, mas ganhei uma espécie de refresco, revivendo os momentos bons dos últimos meses do ensino médio.

Com o início da corrida de kart, todos foram para as arquibancadas da pista. Vivian apareceu do meu lado trajada para a corrida, com um grande número 30 em seu capacete e eu comecei a rir.

– Cadê sua roupa? – ela me perguntou aparentemente frustrada.

– Eu não falei que participaria. Eu prefiro deixar isso para vocês. Vou ficar na arquibancada torcendo, é o melhor lugar para ficar.

– É sério, Lucy? Não consegue aproveitar mesmo? – ela continuou me olhando indignada.

– Tchau, Viv. Boa sorte! – dei risada e a empurrei na direção da pista. Quando ela finalmente cedeu, fui em direção à arquibancada, procurando um lugar legal para me sentar.

Perto de mim estava Noah com uma mulher muito bonita. O quer que fosse que Elle tinha preparado, aparentemente Noah ficou por ali, na torcida. Olhei todo mundo se preparando. Vivian pegou um kart mais ao fundo, ela adorava provar que conseguiria ultrapassar todo mundo, mas não ficou entre os últimos. Ainda tinham alguns karts vazios, e eu não conseguia encontrar Marco em lugar algum. Olhei meu celular para ver se tinha alguma mensagem sua e me surpreendi ao ver seu nome em uma notificação na tela do meu celular.

"Filme a minha entrada para vermos depois, te deixarei registrar essa pequena vergonha".

Eu ri da mensagem, mas fiquei confusa, eu não sabia nem de onde ele viria, onde estava, como eu filmaria isso? Então, todo mundo começou a apontar para um lado da pista, o sol atrapalhava um pouco, mas pareciam pessoas vestidas com grandes fantasias. Quando estavam próximos da arquibancada, todo mundo começou a rir e aplaudir. Era Elle, Lee e Rachel vestidos de Mario, Princesa Peach e Luigi, respectivamente. Eu tinha que admitir, eles eram gênios, a ideia foi incrível, mais uma vez. Então, comecei a filmar para conseguir pegar o quer que Marco fosse aprontar a partir dali.

Não demorou para que ele surgisse, vestindo a fantasia de Wario, o grande vilão dos jogos do Mario. Eu comecei a rir tanto, que chegava a doer a barriga, mas consegui filmar a entrada triunfal de Marco na pista. Ele foi até Elle, que estava sorridente e o agradecia. Meu sorriso vacilou nesse momento, tornando-se mais sútil e sem dentes à mostra, como uma linha fina. Talvez meu ciúmes estivesse levemente estampado. Me mantive firme e finalizei a gravação do vídeo.

Eles começaram a ir em direção aos carros, quando Noah desceu a arquibancada pisando firme, junto com a garota que estava com ele e foi em direção à pista. Ele entrou no último kart, e Marco estava ao seu lado. Eles se encaravam por alguns momentos e voltavam a atenção para o grande painel que apontaria o início da partida. Todos pareciam prontos para se divertir, menos os dois rapazes, que pareciam soltar faíscas. Não precisava de muito para saber que se odiavam. Mas Noah tinha os seus motivos, já que Marco tinha beijado sua namorada. Pelo menos a tensão encerrava nos dois, porque o clima continuava sendo de festa, tanto nos outros participantes da corrida, como na arquibancada. Todos ficaram a postos, esperando dar a largada para sair em disparada. A arquibancada gritava e aplaudia os competidores. Eu revezava a atenção e a torcida entre Vivian e Marco. Ela parecia muito animada em participar, mas eu sei que quando desse a largada, sua personalidade competitiva não permitiria que a diversão e o sentimento esportivo prevalecessem.

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