5 - UM VERÃO SALVANDO VIDAS

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Sábado chegou e eu me arrumei para um típico dia perto da praia. Coloquei um short jeans de cintura alta e uma regata. Garanti que conseguiria aproveitar o parque, colocando um biquíni por baixo. Quando deu 14h, escutei a campainha tocar e desci correndo, para evitar qualquer momento embaraçoso com a minha mãe ou uma piadinha fora de hora da Agatha.

– E aí, Jones? Preparada para conseguir um emprego? – disse Marco, que me esperava na porta de casa.

– Mais do que nunca. – falei para Marco, que usava uma regata branca e camisa azul, o que o deixava bem descontraído e...muito bonito. – E já tenho uma ideia de onde podemos procurar. O parque aquático sempre abre vagas extras nesse período, o que acha de tentarmos por lá?

– Eu acho ótimo. Trabalhar perto da praia, poder terminar o expediente jogando uma partida de vôlei. – ele desceu a escada que tinha na entrada da minha casa e fomos caminhando até um carro, olhei confusa para ele. – Minha mãe se ofereceu para nos levar.

– Sua mãe? – arregalei os olhos e fui um pouco mais devagar – Ok.

– Está com vergonha? Eu nem sabia que essa palavra existia no seu dicionário.

– Você precisa passar mais tempo comigo e verá que, na verdade, essa palavra faz muito sentido em qualquer momento da minha vida.

– Relaxa, ela é bem tranquila. – ele abriu a porta de trás pra mim, eu entrei e logo em seguida ele entrou. A mãe de Marco estava no banco do motorista, enquanto do meu lado tinha uma garotinha – Mãe, essa é Lucy Jones.

– Olá, Lucy. É um prazer te conhecer. Quando Marco me disse que iria procurar emprego com uma amiga hoje, eu tive certeza que era a amizade perfeita – ela riu e eu senti como se três quilos saíssem dos meus ombros.

– O prazer é meu, Sra. Peña. E é um prazer colocar seu filho no bom caminho.

– Qual é? Complô contra mim?

– Você é namorada do Marco? – perguntou a garotinha que estava ao meu lado e me surpreendi com a pergunta ousada ter vindo de uma pessoa tão pequena.

– Não, mas eu sou uma amiga muito legal. Tudo bem? – sorri para ela, de forma sincera.

– Acho que sim. – ela falou não muito convencida – Ele tinha dito que não tinha achado uma moça que fosse inteligente, legal e bonita para ser sua namorada ainda, mas você é bem bonita e acabou de dizer que é legal. É inteligente também?

– Caramba, que direta. – Marco a repreendeu com os olhos e ela deu uma risadinha. Enquanto ninguém olhava, fiz um joia pra ela, confirmando, e sorri.

Quando chegamos no parque, nos despedimos da mãe e da irmã de Marco e fomos em direção à administração. O mural de avisos mostrava um panfleto sobre as vagas temporárias, sorri empolgada para ele e fomos até a secretária que estava parada no balcão.

– Olá, gostaríamos de nos candidatar para as vagas disponíveis para o emprego temporário. – falei empolgada.

– Temos monitor da área infantil, salva-vidas, recepcionista auxiliar e controle do aluguel de bóias. Para qualquer vaga, precisamos fazer uma entrevista prévia que comprove a qualificação de vocês e que sejam maiores de 17 anos.

– Certo. – olhei para Marco e ele estava pensativo – Alguma vaga em mente?

– Acho que vou fazer a entrevista para salva-vidas então. – ele falou confiante.

– Certo, posso ficar no controle das bóias. – assim que eu disse, três pessoas saíram de dentro da administração, todas devidamente uniformizadas, junto com um rapaz que, aparentemente, era o gerente do parque.

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