Cap 29: Coisas que ninguém sabe.

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Cap 29: Coisas que ninguém sabe...

Passava das duas da madrugada e Izuku ainda não tinha retornado, Katsuki estava acordado a espera dele, sua preocupação não o deixava dormir.

Forçava seus olhos a se manterem abertos, para alguém acostumado a dormir cedo aquilo era extremamente complicado.

Quando se imaginou acordado até aquela hora por causa de um assassino de aluguel que já foi seu melhor amigo de infância?

Havia feito o lanche para entregá-lo quando voltasse, esperava que ele voltasse rápido, mas não aconteceu.

Katsuki se sentia nervoso com isso, sua curiosidade estava o matando por dentro. O que Izuku queria dizer com aquilo? Provavelmente era algo sério, mas não deveria estar ligado as ameaças que recebiam, se estivesse os detetives saberiam.

L e Yumeko se alteraram com aquela revelação, era estranho já que os dois eram conhecidos por manter a calma em todos os momentos. Nagisa também parecia desconfortável com aquele assunto.

Bakugou era do tipo observador, por isso percebeu os olhos baixos de Ririka, a albina parecia triste quando ele tocou no tal assunto que foi classificado como "nada".

Ririka sabia de algo, algo que Katsuki não sabia.

Teria perguntado a ela, porém não tinham a menor intimidade para questiona-la sobre o assunto, também achava bastante improvável que ela contasse a verdade.

Estava deitado na cama que dividia com o esverdeado, sentindo falta do corpo poucos centímetros maior que o seu deitado ao seu lado, sentindo falta dos braços fortes abraçando a sua cintura de forma possessiva. Fazia pouco tempo, mas já havia se acostumado a dormir daquela forma.

Se levantou da cama, suspirando pesadamente, calçou seus sapatos e vestiu um casaco por cima da camisa branca básica que usava. Andou até a cômoda, pegando a bandeja com o sanduíche e o suco que preparou para o outro.

Katsuki desceu as escadas silenciosamente, por causa do horário avançado era melhor não acordar ninguém. Percebeu que a porta ainda estava destrancada, da mesma forma que deixou para Midoriya entrar.

A abriu, sentindo o vento frio da madrugada batendo contra sua pele, o brilho da lua iluminou seus olhos e o aroma das flores do jardim invadiram suas narinas. Apertou a bandeja em suas mãos, tomando coragem para ir atrás do major.

Andou um pouco, procurando qualquer resquício do esverdeado, sentiu a brisa fria bater em seu rosto novamente, porém ela estava um pouco diferente.

Aquilo indicava que havia um rio por perto.

Por causa dos treinos na UA, Katsuki aprendeu o máximo possível sobre ambientes, aquela brisa estranhamente mais fria era um indício de água corrente por perto.

Sabia da euforia de Izuku por água, então não era de se estranhar que ele treinasse perto de um rio.

Andou mais um pouco, agora era possível ver a silhueta do esverdeado de longe, ouviu o som das lâminas cortando o ar enquanto as madeixas verdes balançavam junto com o vento.

A lua brilhava no céu escuro com apenas as estrelas ajudando na iluminação do local, aquela única iluminação destacava a beleza de Izuku.

Seus cabelos soltos, seu peitoral cheio de cicatrizes exposto, os movimentos perfeitos de seu corpo, as sardas espalhadas justamente com o suor causado pelo treino. Foi então que Katsuki percebeu, Izuku era perfeito.

Aos seus olhos, Midoriya era lindo e gentil, brincalhão e sorridente, mas aquele sorriso escondia uma grande dor causada a si. Cada cicatriz contava uma história, saber que algumas delas foram feitas pelas suas mãos o fazia sentir um nó na garganta, queria saber as histórias que aquele corpo tinha a lhe contar.

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