Cap 47: ...

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Cap 47: ...

Sangue, por todo lado. Chão, teto, escada, paredes, tudo.

Um dos braços de Mikhail, que estava em total formado de lâmina, havia atravessado o tórax de Izuku, fazendo seu sangue escorrer como uma cocheira.

O cientista retirou o braço, fazendo um movimento que indicava que ele atacaria novamente. Midoriya não tinha forças para se esquivar, retalhar ou se proteger.

Tudo o que ele pôde fazer foi fechar o olhos e esperar o ataque vim para tirar a sua vida. De longe podia ouvir o choro baixo de sua mãe e o grito assustado de Katsuki.

Ele esperava morrer hoje, então não era uma surpresa tão grande.

Katsuki: Não se atreva! --- gritou, tentando soltar suas mãos presas pelas correntes --- Você não pode... Ainda tem que ler a droga da carta ridícula que eu te fiz! Não ouse morrer!

Sua voz era baixo, como um murmúrio que ecoava pela mente do esverdeado. O cientista riu, cravando seu braço na carne quente sem nenhuma piedade.

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Mas... Aquele não era o corpo de Izuku.

Em sua frente estava Yumi, de braços abertos, como se estivesse realmente disposta a abraçar a morte, sem nenhum resquício de medo. Ela sorriu antes de cair para trás.

Izuku a segurou firmemente, a aconchegando em seu peito com um olhar atordoado. Ela proferiu baixo:

Yumi: Tem algo melhor do que... morrer nos braços de quem se ama? --- deixou uma pequena e baixa risada soar --- Eu tenho tanta sorte!

Izuku: Yumi... --- sua visão ficou turva pelas lágrimas que começavam a se formar.

Não importava se ela estava tentando mata-lo. Ela ainda seria a mesma garotinha de sempre, ingênua, animada, calma e bondosa.

A mesma garotinha que alimentava os cães de rua escondido, que chorava a morte de um pequeno filhote de passarinho que caia do ninho e ainda o enterrava gentilmente, a mesma garotinha que o levava para comer doces e assistir filmes. Aquela era ela, sua pequena Yumi, sua amada amiga e adorada parceira de cozinha.

Abraçar o corpo já sem vida da garota era doloroso, pois não se lembrava a última vez que havia a abraçado daquela forma. Tão gentil e carinhoso.

As últimas três palavras dela realmente ecoavam por sua mente.

"Eu... Te... Amo..."

Ele não a amava como noiva e nunca a veria como mulher. Mas isso não significava que ela não era especial, muito pelo contrário, ela tinha um lugar reservado em seu coração.

Era sua amiga de infância, sua gentil e bondosa maluquinha Yumi Jabami.

Yumeko perdeu o chão por alguns segundos, conseguindo manter sua pose séria após respirar fundo. Sim, aquela era sua irmã, mas não era o momento de se deixar ser levada pelas emoções. Foi isso que aprendeu em seu treinamento com o esverdeado, "Seja profissional acima de tudo".

Katsuki também perdeu o chão, mas logo se recuperou. Sentindo seu peito apertar ao ver as pequenas linhas de sangue escorrerem pela camisa do maior e sujarem o chão.

Ele queria gritar, ir até lá e protegê-lo com tudo o que tinha. Porém, aquelas salas de vidro tinham alguma coisa que o impedia de usar sua individualidade, e querendo ou não, tanto ele quanto os outros heróis nunca foram ensinados a trabalharem sem seus super poderes.

Ele não sabia como se livrar de uma corrente, mas quem disse que Mello não sabia? Apenas não foi necessário.

Antes que o loiro mafioso pudesse fazer qualquer coisa, um tiro veio na direção do vidro, o quebrando em diversos pedaços e os espalhando pelo chão.

Logo mais alguns tiros foram ouvidos e as correntes presas acabaram quebrando, algumas pessoas estavam presas. Por sorte, Karasuma também estava.

O professor tinha uma individualidade comum, super força. Nada muito interessante atualmente, mas forte o suficiente para conseguir livrar a todos das correntes.

Mikhail voltou a atacar o esverdeado, teorizando que ele deveria estar desorientado, agora que sua antiga amiga havia morrido para protegê-lo.

Porém, Izuku não estava nem um pouco desorientado. Em uma velocidade anormal, ele esquivou do golpe, levantou o corpo da morena consigo para o direção oposta.

Ao levantar sua cabeça novamente, raios verdes começaram a surgirem por seu corpo, seus olhos pareciam escuros e seu sangue parou de sair. Naquele momento, Izuku Midoriya era apenas o assassino impiedoso que mataria aquele que tirou a vida de sua amiga e a manipulou para segui-lo.

Uma memória surgiu na mente de Yumeko, quando Izuku a explicou sobre a individualidade de All Might, "Sabe, parece que o One For All não pode ser tomado a força, mas a pode ser transferido para alguém contra a vontade da pessoa".

Então esse era o motivo secreto de Midoriya sempre preferir treinar sozinho e durante a madrugada. Sua falta de vontade em admitir que havia sido burro ao tomar um chá que All Might preparou para si, não conseguindo sentir o gosto das gotas de sangue do loiro misturadas ao líquido quente.

Ele nunca admitiria, se negava a isso, mas era ele. O atual usuário do adorado One For All.

Contra a sua vontade, mas ainda existindo. Cansou de tentar passar o poder de voltar para o loiro, mas sempre foi descoberto e obrigado a recuar.

Era oficial, mesmo morto, ele ainda odiaria All Might e a loucura dele.

Do outro lado, Kotaro observava tudo com extremo cuidado. Analisando todas as formas possíveis de deter aqueles dois, ele só não sabia que não era o único de vigia, apenas esperando o momento certo para atacar.

· · • • • ✤ • • • · ·

Continua?!

Pessoal, talvez não tenha capítulos por um tempo ou talvez eu poste em dias aleatórios e em menos dias. Mas não se preocupem, eu só preciso de uma ou duas semanas para me reorganizar. Minha tia, esposa do meu tio, acabou de falecer, ela era próxima de toda a minha família por parte de pai e todos nos estamos de luto. Por isso eu preciso de um tempo, quero estar ao lado deles nessas primeiras semanas.

COVID é uma doença séria, por favor, se cuidem.

[996 palavras]

Ameaças - CrossoverOnde histórias criam vida. Descubra agora