As pessoas, em sua maioria, acreditam que o passado ficou para trás. Acreditam que certas atitudes não existam mais e que os seres humanos evoluíram em suas relações sociais, mal sabem elas que a história está sempre se repetindo.
Joseon pode ser...
- Ei, garota dos livros. – Jeong- ho disse animado ao ver um rosto conhecido. – Me empresta algumas libras? Esqueci minha carteira no dormitório.
Eun-Kyung olhou para ele com certo desprezo.
- Se você esqueceu sua carteira no dormitório vá pegar ou ligue para alguém. Não acha falta de educação pedir dinheiro para alguém que não conhece? – Ela sugou o ar pela boca com reprovação e revirou os olhos.
- Meu celular está quebrado. – Ele o retirou do bolso e mostrou para comprovar o que tinha dito. – Estou com muita fome para fazer o trajeto andando. – Jeong-ho fez o seu olhar de cachorrinho abandonado e prosseguiu. – Por favor, me empreste algumas libras, assim que voltarmos para a faculdade te devolvo o dinheiro... Pense que está retribuindo o que eu fiz por você mais cedo. – Ele soltou um sorriso com o intuito de amolecer e quem sabe, encantar a mulher a sua frente para que ela lhe emprestasse o dinheiro.
Eun-Kyung entrou na aconchegante cafeteria e perguntou:
- Não vai entrar?
O astucioso Jeong-ho conseguira o que queria. Quem diria que aquela desconhecida aceitaria lhe ajudar.
- Vou pedir uns croissants, se você também quiser eu peço mais alguns.
- Quero sim. – Ele sorriu com os olhos revelando suas covinhas.
- Eu vou estudar então vou para aquela mesa lá no canto. Não me interrompa, okay?! Vou pedir para ela deixar seu pedido aqui. – Eun-Kyung falou sem expressar nenhuma emoção.
-Qual o seu nome? – Jeong-ho perguntou enquanto mexia nos livros de sua nova colega.
- Eun-Kyung. Deixe o dinheiro no dormitório 4, vou demorar aqui e você não precisa me esperar. – Ela se levantou, recolheu seus livros e foi para uma mesa mais reclusa.
Alguns minutos depois, Jeong-ho estava sentado em frente a Eun-Kyung.
- Nosso pedido chegou. – Ele disse enquanto colocava a bandeja com os belos croissants em cima da mesa.
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- Você vai ficar aqui? – Ela perguntou enquanto dava uma mordida em um pedaço suculento de tomate.
- Prometo ficar em silêncio.
E foi assim que as horas se passaram.
-Ei...ei... acorde, a cafeteria está fechando e eu já terminei de estudar. – Eun-Kyung balançava delicadamente o ombro de Jeong-ho com o intuito de acordá-lo.
- Quanto tempo eu dormi? – Ele perguntou enquanto coçava os olhos.
- Umas duas horas... Vamos embora? – Ela "gentilmente" entregou todos os seus livros para Jeong-ho carregar.
