Capítulo 12

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Londres, ano de 2014.

Estáticos, com o coração acelerado, próximos o suficiente para ouvirem a respiração um do outro. Eles permaneceram assim por uns 2 ou 3 minutos.

Jeong-ho cercava Eun-Kyung a deixando contra a parede. Por alguma razão, ele quase de forma imperceptível, analisava cada detalhe do seu rosto. As bochechas que no momento estavam vermelhas, os olhos grandes, mas proporcionais, que olhavam fixamente para a parede evitando seu olhar penetrante; os lábios rosados e carnudos que aparentavam ser macios e doces...Como um choque de realidade Jeong-ho se deu conta do que estava fazendo, estava visualizado Dong-sun em Eun-Kyung.

- Ei, Bae Jeong-ho. – Ela o estava empurrando. – O homem já saiu faz um tempo...Quando você v-vai sair de cima de mim? – Eun-Kyung estava impaciente.

    Ele se afastou bruscamente e desconcertado cutucou Eun-Kyung.

- É assim que você me agradece por ter te ajudado? – Ele se aproximou novamente. – E o que são essas bochechas vermelhas? – Jeong-ho as tocou com os dedos.

- Como você sabia que alguém estava vindo para cá? – Ela saiu dali e foi caminhando para a saída do corredor, porém suas pernas estavam bambas e ela ainda estava com medo.

- Eu estava lá fora olhando o céu e tomando um ar fresco. – Ele colocou suas mãos nos ombros de Eun-Kyung e foi empurrando-a durante o curto trajeto. Ele sabia que ela ainda estava com medo, estava apenas tentando tranquilizá-la. – Quando eu estava prestes a entrar vi alguém suspeito vindo da esquina, então, corri, te acordei e o resto você já sabe.

- Obrigada, Bae Jeong-ho! Se não fosse por você e-eu...e-eu...Nem sei o que poderia ter acontecido. – Ela respirou fundo e se sentou na cadeira. Suas mãos estavam trêmulas e seu coração ainda estava acelerado.

- Onde ficam as coisas para fazer chá? – Ele deu as costas e foi em direção ao balcão.

- Segunda prateleira. – Ela reclinou a cabeça para trás. – Não destrua tudo, por favor. – Eun-Kyung tentou rir.

    Alguns minutos depois, Jeong-ho apareceu com uma xícara de chá quietinho para Eun-Kyung. Ela pegou e começou a tomar, aos poucos, seus batimentos cardíacos foram voltando a normalidade e suas mãos pararam de tremer.

- Eun-Kyung, fique tranquila! – Ele deu um tapinha em seus ombros. – Já passou...Veja com o Benny ou com a polícia amanhã, está bem?! – Ela assentiu.

    Depois de tudo, os dois se dirigiram para o campus. A noite estava linda. Apesar do brilho das luzes da cidade, podia-se notar algumas estrelas, a lua cintilava sobre os dois... Eles não notavam, mas ali estava se formando uma bela amizade.

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Seul, Coreia do Sul, ano de 2014.

    Estava uma manhã linda, apesar do clima frio, o sol brilhava com toda a sua intensidade. O dia prometia ser intenso e cheio de assuntos para resolver. Como prometera a sua esposa, Jun-ho estava indo resolver as pendências da família.

    Sua primeira tarefa do dia era conferir se Dong-sun não seria mais um problema. A viagem até Busan foi revigorante, fazia muito tempo que ele não via o mar. Atravessar a ponte Gwangan e ver aquela bela paisagem compensava as quase 5 horas de carro. Foi uma viagem extremamente exaustiva, porém estar ali lhe trazia boas lembranças.

    Seu carro atravessava a bela ponte e se conduzia ao endereço de Dong-sun, aos poucos a paisagem foi ficando distante e o seu destino mais próximo.

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