Seul, Coreia do Sul, ano de 2014.- Eun-ji, o que faz aqui? – seu irmão a perguntou. – Não deveria estar no julgamento do seu filho? – Ele a cutucou.
- Pensei que tivesse sido bem clara quando disse que não queria que a história real fosse vazada, seu imbecil! – Ela respirou alto e largou a bolsa na mesa. – Eu coloquei você nesse cargo e é assim que me agradece?
- Eun-ji Eun-ji...Quando você vai crescer? – Ele se levantou e foi preparar café. – Você tem noção do que fez ao menos? Seu filho matou mais de 500 pessoas, mas você não se importou e fez de tudo para amenizar a situação.
- Você cale a sua boca! – Ela estava firme. – Você não cumpriu sua parte no acordo, prejudicou a mim e ao meu filho. – Eun-ji estava se controlando para não voar no pescoço de seu irmão. – O mais engraçado é que você fala como se não tivesse entrado nessa bagunça e estivesse livre de qualquer punição...
- Eun-ji, faça-me um favor e pare de tentar me ameaçar. – Ele pegou seu café ainda quente e começou a tomar. – Se você não quer piorar a situação fique bem quietinha, caso contrário farei questão de falar com a acusação e dizer que você me coagiu a fazer o que eu fiz.
Naquele momento Eun-ji se deixou levar pelas emoções, apressou o passo pegou o café e jogou no seu irmão.
- AIIIII, TÁ QUENTE! – Ele gritou. – VOCÊ FICOU MALUCA?
- Agradeça por que não foi no rosto! – Ela sorriu satisfeita. – Ah, só mais uma coisa... Se você ousar falar com o advogado Kim, eu juro que faço você ser preso por perjúrio! Não me desafie e limpe a bagunça que fez.
Pelo visto, ela estava disposta a ir aonde fosse necessário para encobrir a situação. Como se o estresse com seu irmão e os problemas não fossem suficientes, Eun-ji recebe uma mensagem de seu filho:
| Mãe, precisamos conversar. |
[...]
- Dae-jung, me poupe de qualquer lição de moral. Fiz o que fiz e não me arrependo!
- Mãe, a senhora tem noção do que fez? – Ele estava com a voz embargada. – 500 pessoas morreram por que eu fui um covarde, mas a senhora não se importou e ainda fez questão de silenciar cada um que ousasse falar sobre o assunto. – Dae-jung balançava a cabeça negativamente como sinal de reprovação. – Eu não me importo de sofrer as consequências das minhas ações, mas sabe o que me incomoda? A senhora agir como se não houvesse problema algum em fazer coisas desse tipo!
- Fique quieto por alguns dias, por favor, eu resolverei isso! – Ela pegou sua bolsa e se levantou.
- Se a senhora ousar fazer alguma coisa, eu juro que me declaro culpado e não haverá nada que a senhora possa fazer!
Ela deu um tapa no rosto do filho.
- Você tem noção do que está em jogo? – Sua voz estava trêmula. – Você perderia perder sua licença, seria responsável por essas mortes e até ir preso. – As mãos de Eun-ji tremiam, ela só queria proteger o filho, apesar de escolher os métodos errados.
- Mãe, a verdade sempre vem à tona. – Ele segurou a mão de sua mãe. – Por favor, não faça mais nada e me deixe cuidar disso.
- Não posso permitir que você seja injustiçado por causa daquele canalha mal caráter!
- Mãe, se a senhora continuar agindo assim, vai se tornar igual a ele.
- Que seja! – Ela se desvencilhou do toque do filho. - Não vou permitir que você seja o culpado por tudo.
Eun-ji saiu.
- Mãe.
Ele insistiu, mas ela o ignorou e seguiu seu caminho.
[...]
- Eu soube o que aconteceu no tribunal. – Seu esposo esperava uma explicação. – Está tudo sob controle?
- Na medida do possível sim! – Ela se jogou no sofá. – Eu vou cuidar de tudo com discrição, não se preocupe. Em alguns dias ou em uma semana tudo estará resolvido.
- Em primeiro lugar, esse problema não devia mais existir. – Ele a culpou discretamente. – Resolva em três dias!
- O quê? – Ela soltou um pequeno grito. – Você não acha que me sobrecarrega? – Eun-ji aumentou o tom de voz. – Você me manda resolver as bagunças dos meninos, me cobra se algum deles faz besteira, coloca nas minhas mãos a responsabilidade de arranjar uma pretendente, me faz limpar toda a sujeira da nossa família, se algo vai errado você me culpa, eu tenho que controlar a ganância do meu irmão, manter essa família com uma aparência aceitável e como se não fosse o suficiente, você ousa me cobrar se alguma dessas coisas desanda. – Ela começou a chorar. – EU NÃO AGUENTO MAIS! EU PRECISO DO SEU APOIO, JUN-HO! – Ela soluçava.
Se sentindo totalmente culpado, Jun-ho abraçou sua esposa e sussurrou em seu ouvido:
- Me desculpe, Eun-ji! Eu não sabia que isso te deixava sobrecarregada...Me desculpe! Vou assumir as coisas por um tempo, não se preocupe. – Ele dava tapinhas leves nas suas costas para consolá-la. – Prometo ser mais presente e dividir esse fardo com você!
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.—✧— Nota da autora —✧—
Oii, Queenies!
O capítulo de hoje foi focado na Eun-ji.
Espero que estejam gostando e entendendo um pouco do universo e história de cada um.
Se quiserem que eu faça um capítulo focado em um outro personagem é só falar ;)
Semana que vem a Eun-Kyung aparece por aqui.
Feliz ano novo!Queen Mary.
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Taj Mahal
FanfictionAs pessoas, em sua maioria, acreditam que o passado ficou para trás. Acreditam que certas atitudes não existam mais e que os seres humanos evoluíram em suas relações sociais, mal sabem elas que a história está sempre se repetindo. Joseon pode ser...