Capítulo 23

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-Vamos pedir alguma coisa?

-Não pretendo ficar muito tempo, Jeong-ho, e acredito que você também! – Ela foi direta. – Só estou aqui por que meu pai me obrigou e disse que só me daria o hospital se eu casasse. – Ela respirou e prosseguiu. – Ele pensa que está na dinastia Joseon!

De forma espontânea, Jeong-ho deixou escapar um sorriso.

-O que você pretende fazer, Srta. Kim Yuna? – Ele foi formal.

-Me chame de Yuna, por favor. – Ela pegou a taça e tomou um gole de vinho. – Pretendo conseguir aquele hospital e se preciso for, vou me casar com você... Porém pretendo me divorciar assim que tudo estiver definitivamente em minhas mãos. Não se preocupe por que eu não pretendo ter qualquer tipo de relação com você, seria apenas um antigo colega me ajudando.

-Sinto muito em frustrar seus planos, Yuna, mas não pretendo me casar dessa forma, mesmo que seja só no papel!

-Eu te dou 6% das ações do hospital...Digamos que nossa equipe está trabalhando em um medicamento promissor. – Ela começou a jogar. – Seria mais um contrato do que um casamento! Pense com carinho, por que se você não quiser, eu acho alguém que queira. – Yuna tomou o último gole. – Se bem que para você estar aqui, deve ter algo importante em jogo também! – Ela graciosamente levantou e pegou sua bolsa. – Até mais, Jeong-ho, direi ao meu pai que amei o encontro, minta também se quiser ter um pouco de paz.

Definitivamente Kim Yuna havia mudado muito. Assim que ela deixou o restaurante, Jeong-ho ficou remoendo a cena da proposta e a audácia dela em propor aquilo, realmente ela estava disposta a fazer tudo para ter o hospital.

Sem querer desperdiçar seu tempo, ele decidiu ficar no restaurante e comer alguma coisa. Ao chamar a garçonete, ele se deparou com um rosto conhecido. De todas as pessoas ,ela ser a pessoa que o atenderia o deixava desconfortável de todas as maneiras possíveis.

-Boa noite, senhor, o que deseja? – Ela fingiu que não o conhecia.

-Por que você está trabalhando aqui? – Ele não quis ignorá-la.

-Prefiro que me trate como se não me conhecesse. – Ela colocou o menu sobre a mesa. – O senhor pode dar uma olhada com calma e, quando decidir,  basta me chamar que anotarei seu pedido. – Eun-Kyung se curvou e saiu.

"Por que hoje está sendo assim?" Jeong-ho indagava-se.

-Srta. Eun-Kyung, eu gostaria de ravióli de Kimchi branco e para acompanhar um vinho tinto. – Ele agiu contra a sua vontade. – De que horas a senhorita termina o expediente?

-Às 22:00h! – Ela saiu sem dizer mais nada.

Depois  que voltaram de Busan, a relação entre aqueles dois estava estranha. A "discussão" no restaurante deixou ambos muito reflexivos, "o que eles significavam um para o outro? Ou o porquê das coisas estarem assim?" Era o que eles pensavam.


[...]

-Por que você veio aqui hoje?

-Tive um encontro às cegas. – Ele foi sincero. – Mas não pretendo me casar com ela.

-Não precisa me dar satisfações! – Ela foi seca. – Como você bebeu, eu levo você em casa.

-Eun-Kyung, me desculpe. – Ele se aproximou. – Eu não queria dizer aquilo e muito menos te chatear.

-Não precisa se desculpar. – Ela desviou o olhar. – Você não precisa me contar tudo e eu não deveria me meter tanto na sua vida.

-E-eu gosto de te contar as coisas. – Ele gaguejou e se aproximou mais ainda o que deixou seus rostos próximos fazendo Eun-Kyung corar. – Você é uma das pessoas mais importantes na minha vida e eu não quero te esconder nada.

-Você está bêbado. – Ela se afastou. – Vamos embora antes que você fale mais alguma besteira.

-Está com medo de que aconteça o mesmo que aconteceu em Londres? – Ele sorriu. – Estou bêbado, mas ainda tenho consciência!

-Você não está em si. – Ela andou em direção ao carro. – Vamos logo, por que eu quero chegar em casa... Estou cansada!

-Eun-Kyung, só queria dizer que nada mudou desde aquele dia... Você continua sendo aquela pessoa.

Naquele momento a mente de Eun-Kyung voltou no tempo e se relembrou daquela noite chuvosa em Londres.
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— Nota da autora —

Hey, Queenies!
Minha vida tem estado uma loucura por conta das provas e dos estudos :/
Me desculpem a demora pelo capítulo e por ser um tão curtinho!!
Terça tenho prova, mas depois terei um tempo livre, então tentarei escrever.
Quem sabe daqui a duas quintas tenha capítulo novo e, dessa vez, trago um bônus explicando o término do Jeong-ho com a Dung-sun e explico essa noite em Londres.

Queen Mary

Taj MahalOnde histórias criam vida. Descubra agora