Capítulo 37

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Londres, atualmente.

A ligação feita pela mãe de Jeong-ho deixou Eun-Kyung um tanto nervosa o restante do dia. Enquanto estava na audiência, ela só conseguia se questionar sobre a razão daquela ligação. Ela definitivamente sabia que eles estavam juntos. No entanto, para que se encontrarem? Para humilhar e dizer para terminarem? Na mente de Eun-Kyung era muito retrógrado fazer isso. Perdida em seus pensamentos, ela não percebeu quando o advogado a chamou como testemunha.

-Senhorita Min Eun-Kyung! - O advogado fez um sinal com os olhos e a fitou intensamente. - Senhorita Eun-Kyung, pode vir à frente.

Somente após um delei de dez segundos ela se levantou e foi até a frente.

-Jura dizer a verdade somente a verdade e nada além da verdade?
-Juro.
-A senhorita está ciente de que se fornecer ao tribunal alguma informação inverídica , e esta for comprovada, estará cometendo perjúrio e poderá ser reclusa por três ou seis anos?

-Estou sim.

Logo após as burocracias, o advogado começou a fazer perguntas para ela. O doutor Thomas também foi aluno de Oxford, mas ele era um ano mais novo que Eun-Kyung. Para ele, era extremamente gratificante poder estar defendendo sua veterana. Ela podia não saber, porém, por ser uma das melhores alunas da turma era muito admirada pelos calouros. Eun-Kyung era excepcional. Ela não só ganhava todos os júris simulado, como também era muito boa em achar soluções onde todos viam um beco sem saída. Não ter uma pessoa como ela ativa nos tribunais era para muitos ex-alunos uma supresa desagradável. Sua "fama" a fez participar, juntamente aos alunos do último período, de um caso que seria defendido por um de seus professores e, para a surpresa de todos, foi ela quem achou um precedente que foi essencial para o processo. Uma pena que o mau caráter de uma professora e de um dos advogados do comitê de ética tenham frustrado esse futuro brilhante.
    Apesar dos diversos "protestos" da oposição, Thomas se saiu muito bem e o júri pareceu estar do lado deles. O caso estava praticamente ganho. Só faltava a sentença do juiz.

[...] 

    Chegando no restaurante, Eun-Kyung se deparou com uma mulher na casa dos seus 54 anos. Ela estava com a fisionomia séria e sentada no fundo daquele lugar. O que a deixava um tanto intimidadora.

-Sra. Bae Eun-jin? - Ela fingiu estar confiante. - Me desculpe pelo atraso eu estava no tribunal.

-Não tem problema. - Eun-jin forçou um sorriso e ao mesmo tempo analisou-a dos pés a cabeça. - O que você vai querer? -Ela tentou ser astuta. - Já fiz meu pedido ao garçom.

- Um chá gelado de pêssego, por favor, - Ela entregou o menu ao garçom e em seguida voltou-se para Eun-jin. - O que a senhora gostaria de conversar comigo?

-Queria saber quem era a responsável por fazer meu filho vir a Londres em meio a tanto caos. -Eun-jin se acomodou na cadeira. - Posso ser sincera com você, Srta. Eun-Kyung?

    Ela assentiu.

-Meu filho está noivo de outra mulher e acredito que manter seja lá o que vocês têm só vai te fazer sofrer...Na verdade só faria os dois sofrerem.

-A senhora se refere ao noivado que ele tentou cancelar, mas a senhora e seu esposo ainda tentam manter para conseguir o hospital? - Ela se acomodou na cadeira também. - Ele me contou essa história.

-Você me lembra um pouco a Dong-sun. - Eun-jin pegou seu café que o garçom trouxera. - O Jeong-ho deve ter te contado também sobre ela. Parecia ser uma boa pessoa, eles se gostavam bastante, porém existia um problema básico... Ela não tinha nada a oferecer ao meu filho e só lhe traria problemas. Acabou que eu dei uns trocados e a mandei para outra cidade.

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