Capítulo 31

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Seul, Coreia do Sul atualmente.

Após a aparição inesperada de Jeong-ho, Eun-Kyung havia ficado pensativa. O encontro correu super bem, mas ela só estava ali fisicamente. Em sua mente ela se perguntava o porquê da aparição de Jeong-ho, ela queria saber se algo tinha acontecido ou se era a implicância casual, ela queria entender o olhar que ele deu quando a viu com Ha-Jun, mas ao mesmo tempo, ela não queria perder aquele momento.

-Que tal irmos dar uma volta no parque? – Ha-jun sugeriu. – Está acontecendo um pequeno festival de música lá.

Por alguns segundos Eun-Kyung pensou em que resposta dar, ela devia aceitar o convite e estender o encontro? Ou devia procurar Jeong-ho para saber o que aconteceu? Ela encontrou sua resposta.

-Ha-jun, posso te fazer uma pergunta antes?

-Pode.

-Aconteceu alguma coisa com a família do Jeong-ho? – Ela estava nitidamente preocupada. – Ele estava estranho...

-Não olhei o celular hoje, eu estava muito ocupado resolvendo as coisas do hotel, então não sei.– Ele abriu a porta do carro para ela entrar. – Mas, como vocês se conhecem?

-Estudamos juntos em Oxford. – Ela entrou no carro. – Aquele idiota do Jeong-ho me tira do sério, mas mesmo assim eu me preocupo com ele.

-Huuum. – O semblante dele mudou. – Vocês pareciam um pouco estranhos hoje, aconteceu alguma coisa?

-Brigamos depois da viagem de Busan. – Ela colocou o cinto depois do alarme do carro soar. – Não nos falamos mais depois disso, mas ele estava estranho hoje.

-Vocês foram juntos a Busan? – Ele estava surpreso. – Legal...

-Ele foi ver a Dong-sun. – Ela se esticou para perto do rosto dele. – No fim das contas eu dormi na suíte presidencial e ele na casa dela. -Eun-Kyung o encarou docemente. – E vocês dois como se conhecem?

-Quando o Jeong-ho era criança ele morava lá em Busan e como nossas famílias eram próximas viramos amigos. Ele era uma pessoa totalmente diferente, era mais aberto, se divertia mais e não tinha aquela armadura que impede as pessoas de se aproximarem demais... Infelizmente é o preço que nós tivemos de pagar para chegar até aqui.

Sem perceber, todas as perguntas que ela fazia a Ha-jun eram sobre Jeong-ho, sobre como ele foi na adolescência, as coisas que ele aprontava ou então coisas atuais.

[...]

-Ha-jun. – Ela o chamou e em seguida colocou uma colher de sorvete na boca. – Não sei se essa pergunta vai fazer sentido, mas eu estou curiosa...

-Pode fazer. – Ele olhou fixamente para ela.

-Eu sou praticamente uma estranha que você encontrou na cafeteria e depois no seu hotel, não ficou com medo de sair com alguém que mal conhece?

-Não. – Ele começou a rir. – E você não ficou com medo também?

-Você não me parecia ameaçador. – Ela desviou o olhar um pouco. – Eu te vi com medo de um pombo assim que você chegou no café.

-Isso não define se alguém é confiável ou não, Eun-Kyung. – Ha-jun roubou um pouco do sorvete dela. – Eu preciso te confessar que pedi pro meu tio que trabalha na polícia investigar você, mas foi só para saber se você estava limpa...

-Uau. – Ela aplaudiu. – Os ricos realmente extrapolam às vezes...

-E você? Teve alguma informação prévia sobre mim?

-A única informação útil que eu tive ao seu respeito foi quando o Jeong-ho me disse que você era filho do dono do hotel e amigo dele.

- Entendi...Eun-Kyung, eu só queria te dizer que meu interesse por você foi sincero. – Ele foi em direção ao lixeiro para jogar o pote vazio de sorvete, mas acabou por encurralar Eun-Kyung. Seus corpos estavam próximos e o desejo dele para beijá-la era grande, porém ele se conteve. – Está tarde, vou te deixar em casa.

-Obrigada, mas eu preciso passar em um lugar antes. – Ela tentou ser educada ao rejeitar a carona. – Foi muito bom te ver hoje.

-Eu posso te levar até o local onde você precisa ir. – Ele se voltou para ela. – Não seria incômodo algum, Eun-Kyung.

-Ha-jun, muito obrigada mesmo pela gentileza, mas eu não sei ao certo para onde eu vou. – Ela se aproximou. – Vou cobrar a sua ida a Londres, então trate de aparecer por lá.

-A gente mantém contato e eu te digo quando for à Suíça. – Ele queria abraçá-la ou ao menos despedir-se como se deve, no entanto, havia o receio de estar indo muito rápido ou não ter intimidade para isso.- Faça uma boa viagem, Eun-Kyung, quando eu finalizar as documentações do hotel ou tiver novidades te envio uma mensagem.

-Você não precisa dessas desculpas para falar comigo. – Ela gesticulou as aspas. – Eu vou indo, Ha-jun, te vejo daqui a um mês. – Eun-Kyung se aproximou mais um pouco e o abraçou. – Agora eu preciso ir.

Após a despedida, ela gesticulou para o táxi que estava passando parar, Eun-Kyung estava prestes a ir em busca de Jeong-ho, só havia um porém: Ela não sabia onde ele estava ou o que havia acontecido.

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-EUN-JIN. – Ele berrou ao telefone. – Como você e o seu marido ousaram me apunhalar depois de eu ser demitido?!

-Eu não me meti nessa situação. – Ela estava extremamente calma. – O que ele fez?

-Ele mandou alguém deixar aqui um envelope com fotos minhas com uma mulher, a grande questão é que minha esposa foi quem recebeu a encomenda. – Seu irmão estava com muita raiva. – SE MEU FILHO TIVESSE VISTO ISSO EU JURO QUE ACABAVA COM VOCÊS! E PRA MELHORAR, COMO SE NÃO BASTASSE EU TER PERDIDO O EMPREGO MINHA ESPOSA QUER O DIVÓRCIO, EUN-JIN.

-Primeiramente se acalme. – Sua voz estava firme. – Eu já te disse para nunca fazer nada que possam usar contra você, mas como você não ouviu os conselhos da sua irmã antes vou dar apenas dois agora. – Ela deu uma pausa para tomar um gole do seu chá de canela e de maçã. – Primeira coisa, sua esposa vai esquecer essa história do divórcio quando ela perceber que não vai ganhar muita coisa por conta do acordo nupcial. Ela só tem dinheiro se estiver com você e ninguém vai querer aquela Zé ninguém sem um tostão no bolso. Segunda coisa, resolva a merda que você fez! Tenho certeza de que o seu substituto deve ter feito alguma besteira em algum lugar, descubra isso e pegue o seu dinheiro de volta. Viu como é simples?!

-Até parece que isso vai funcionar...

-Você tem duas opções fazer o que eu disse ou estar à mercê da sorte e enfrentar a raiva do meu marido. Ao meu ver é uma decisão simples!

-Como você consegue ser tão impessoal com seu irmão?

-Nós só compartilhamos o mesmo sangue. – Ela foi seca. – A única razão para eu te ajudar mesmo quando sua existência só me atrapalha é a consideração que eu tenho pela minha mãe... Agora limpe sua própria bagunça e não me incomode.

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— Nota da autora —

Oiii, Queenies.

O capítulo de hoje foi só mesmo para mostrar o encontro e a forma como para essas pessoas família é só um laço de sangue.
Próximo capítulo teremos Londreeeeees.
Realmente espero estar inspirado para não demorar muito para postar o próximo capítulo.
Continuo sem data fixa ;)
Obrigada por estarem acompanhando essa história❤️

Queen Mary

Taj MahalOnde histórias criam vida. Descubra agora