Capítulo 51

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Busan, Coreia do Sul, atualmente.

O dia amanheceu rapidamente e os primeiros raios de sol entraram pela janela acordando Jeong-ho, que dormia no chão. Ao se levantar, sentou-se na cama em que Eun-Kyung estava e a olhou um pouco triste. Ele conhecia sua família e sabia que seus pais eram muito materialistas e assustadores quando se tratava de dinheiro, Eun-Kyung também sabia disso e essa era a razão para ela desejar ser uma nora de valor, o que machucava seu coração. Por que ela precisaria provar algo para ter a aprovação dos pais dele? Eun-Kyung era a mulher que ele amava, uma pessoa espetacular em todos os aspectos. Ele a admirava profundamente, em especial, por saber de tudo que ela passou em Londres para se formar. Seria egoísmo demais da sua parte pedir para ela ficar em Seul, mas era o que ele queria fazer. No entanto, eles eram dois adultos e precisavam resolver suas situações.

Com cuidado, ele se deitou na cama. Jeong-ho só queria ficar uns minutos ali, olhando para ela, sem pensar nos problemas, na sua família e no caos que tudo havia se tornado. Sem resistir, ele se aproximou dela e a abraçou. Apesar do gesto tê-la acordado um pouco assustada, Eun-Kyung se aconchegou nos braços dele e sussurrou:

-Jeong-ho, eu tinha muita raiva de você na faculdade.

-Não me diz nem um bom dia?... Depois é você quem me chamar de bipolar

-Eu estou com sono, mas sempre quis te dizer isso.- Ela riu. - Apesar de toda raiva e implicância, quando eu olhava nos seus olhos, eu me sentia em casa. Assim como agora. - Eun-Kyung se afastou e olhou em seus olhos. - Eu posso estar em qualquer lugar do mundo, olhar para você me diz que eu estou segura no meu lar.

-Não gostei, parece uma despedida!

-Deixa de ser bobo - ela o empurrou e, em seguida, saiu da cama em direção ao banheiro- Eu só senti vontade de te dizer isso.

-Onde você tá indo?

-Não te interessa. - Ela brincou. - Vou ao banheiro, meu amor, volto já.

Aquela foi a primeira vez que Eun-Kyung o chamou de meu amor.

- Meu amor. - Jeong-ho riu e disse baixinho- Ela me chamou de meu amor.

[...]

-Tia Eun-Kyung, Tio Jeong-ho, meu amigo me chamou para brincar na casa dele eu posso ir?

-Dong-min, eu não conheço seu amigo e sua mãe está no hospital, não sei se eu posso autorizar essa saída. - Eun-Kyung disse enquanto colocava uma panqueca no prato dele. - Por que você não o chama para vir aqui?

-Tio Jeong-ho! - Ele olhou para ele intercedendo. - Por favor!

-Ela tem razão, Dong-min, só hoje está bem?! - Ele fez carinho no cabelo dele. - A tia Eun-Kyung vai sair para resolver umas coisas e seremos só nós dois agora pela manhã, se você quiser, pode chamar seu amigo para almoçar conosco e depois nós podemos ir ao fliperama o que acha?

-Gostei, vou falar com ele.

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-Jeong-ho, o laboratório disse que o resultado sai daqui a três horas.

-Você está bem?

-O Dong-min é um amor, Jeong-ho, não tem como não gostar dele, mas você já pensou em como ele vai reagir ou se a Dong-sun quer que ele saiba?

-Ainda não, mas eu não tenho escolha. Vou ter que ir que os meninos estão voltando.

-Tá certo.

Após ele desligar, Eun-Kyung ligou para Ha-yun.

-Lembrou que tem amiga né, Eun-Kyung?

-Me desculpa, Ha-yun, é só que a minha vida virou um caos em alguns dias.

-O que foi? Pensei que você estava sem sair do quarto do hotel com o Jeong-ho. Você não tá em Busan?

-Eu estou em Busan porque a ex do Jeong-ho sofreu um acidente e ele é o contato de emergência dela.

-Por que ele é o contato de emergência dela? - Sua amiga estava um pouco irritada. - Que mulher sem noção!

-Ha-yun, ela está na UTI, vamos adiar a raiva está bem?! O Jeong-ho é o contato de emergência dela, porque existe a possibilidade dele ser o pai do filho dela.

-Mas que merda é essa que você tá falando?

- Ele tem uns 8 ou 9 anos, ela terminou com ele para proteger o bebê.

-Você está bem?

-Eu não tenho o direito de ficar brava ou de sentir algo assim. Eu estou com o Jeong-ho e se o Dong-min for filho dele, acho que serei madrasta?

-Não diga esse nome, me dá calafrios só em imaginar as pessoas te chamando assim.

-Eu estava precisando dizer isso para alguém. - Ela respirou aliviada. - Obrigada, Ha-Yun!

-Não precisa agradecer, Eun-Kyung, mas tem algo mais não tem?

-Eu odeio o fato de você me conhecer tão bem... Como eu posso dizer isso?

-De forma direta e sem arrodeio.

- Okay... É só que eu não estou com um bom pressentimento sobre isso, eu tenho medo de algo acontecer, sabe?! Os pais do Jeong-ho são capazes de enviar o menino para fora do país, só para encobrir a história. Então, se ele for filho do Jeong-ho, você pode publicar uma matéria sobre isso?

-Nada vai acontecer, Eun-Kyung! E eu com certeza farei uma matéria maravilhosa para proteger o filho do Jeong-ho se for preciso, está bem?

-Muito obrigada, Ha-yun, eu volto para Londres depois de amanhã e a Dong-sun vai ser transferida para Seul em alguns dias para fazer a cirurgia, prometi ao Jeong-ho que o Dong-min ficaria seguro...

-Eun-Kyung, me escute com atenção está bem? Se o Dong-min for ameaçado, eu publico a matéria, caso não, eu posso fazer uma exclusiva com o Jeong-ho, quando ele quiser assumir o filho, isso se a criança for dele. Então, não esquenta a cabeça está bem?! Uma coisa de cada vez.

-Eu me sinto angustiada, Ha-yun, o que eu faço?

-Você está assim, porque a situação não está sob seu controle. Vai dar uma volta por Busan, beijar seu namorado ou então vá ao hospital ver como a Dong-sun está.

-Obrigada, Ha-yun!

    Após desligar, Eun-Kyung foi atrás de um táxi para ir ao hospital. Durante o trajeto, ela pôde ver o pôr do sol, o céu estava lindo naquela tarde, como se fosse uma pintura. Golden hour.
    Quinze minutos depois, ela chegou ao hospital. Ao perguntar por Dong-sun, ela recebeu a notícia de que ela estava no centro cirúrgico para uma cirurgia de emergência. Naquele momento, tudo ficou em silêncio para ela.
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-✧- Nota da autora --

Oii, Queenies, capítulo fresquinho para vocês.
Se vocês leram o capítulo 6, entendem o rumo que a história está tomando.

Queen Mary

Taj MahalOnde histórias criam vida. Descubra agora