Capítulo 13

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Busan, Coreia do Sul, ano de 2014.

- Quanto tempo, Jun-ho! A última vez que você veio o Dae-jung estava terminando o colégio. – Ele sorriu e deu um tapinha no ombro de seu amigo.

- Verdade... – Jun-ho estava pensativo. – Às vezes eu sinto falta da vida que levava aqui. Era tudo tão mais fácil! Quando as coisas ficavam complicadas eu vinha olhar o mar e de alguma forma isso me permitia enxergar as coisas com mais clareza...

- Você não sente falta da vida aqui em Busan, você sente falta de uma vida sem tanta responsabilidade, Jun-ho.

- Acho que você me conhece mais do que eu, Hyung.

    Eles riram.

- Vamos para um lugar onde possamos conversar, está frio aqui fora.

- Está com medo dos seus ossos frágeis congelarem?! – Jun-ho apressou o passo e deu um empurrão de leve em seu amigo.

- Estou cuidando da sua saúde, você sempre foi um menino fraco que adoecia por qualquer coisa. – Ele se saiu por cima. – Vamos logo, Bae Jun-ho, não quero que a Eun-ji me ligue dizendo que é culpa minha você ter adoecido.

- Eu não sou mais uma criança!

- Se não fosse uma criança não teria vindo pedir minha ajuda.

    E assim eles seguiram provocando um ao outro até chegarem ao seu destino.

[...]

- Jun-ho, eu soube que o Dae-jung está sofrendo um processo. – Ele deu uma pausa. – Posso saber a história verdadeira? Muitos boatos tem circulado...

- Vou te contar... - Ele engoliu seco. - O Dae-jung trabalhava numa construtora, ele fez bons trabalhos para essa empresa; rapidamente ele foi sendo promovido e pegando projetos maiores, que no caso foi o Gyeongbokgung building. – Jun-ho deu uma pausa para tomar um gole de seu café. – Ele fez os cálculos e iniciou a obra, no meio do processo surgiu uma oposição... Eles alegavam que o terreno não era seguro e pediam que a obra fosse encerrada. O Dae-jung procurou o superior para procurar saber, mas tudo o que eles disseram era que não havia problema nenhum e que aquilo não passava de uma tentativa frustrado da concorrência de impedir a obra. Nesse intervalo de tempo, meu filho assinou um termo dizendo que não havia riscos. – A voz de Jun-ho começou a ficar trêmula. – O problema nisso tudo, Hyung, foi que eles falsificaram o documento onde dizia que não havia risco de deslizamento. Eles enganaram meu filho e ainda por cima o fizeram ser o responsável por tudo... Quando a obra estava quase finalizada, o Dae-jung descobriu a verdade. Ele largou o projeto, implorou que o chefe dele cancelasse a obra, mas não foi ouvido. Meu filho fez de tudo para parar aquela construção, porém as autoridades foram compradas, a obra continuou e o nome dele estava lá em jogo...

- Então ele foi enganado e para piorar as autoridades ignoraram seu alerta?!

- Isso mesmo, Hyung. Até hoje ele se sente culpado por tudo e não há nada aparentemente que ele possa fazer... Preciso da sua ajuda, Hyung, por favor! – Jun-ho implorava.

- Pelo que você me contou, temos uma chance única e perfeita de reverter o caso, mas isso só será possível com alguns depoimentos a favor do seu filho e se conseguirmos provar que a empresa onde ele trabalhava subornou as autoridades para prosseguir com a obra... Vou fazer umas ligações e ver se consigo uma investigação, porém você precisa agir antes, encontre aquele canalha que fez isso com o seu filho e consiga o que for necessário para limpar o nome dele. Fique tranquilo, Jun-ho, vamos resolver isso juntos.

- Obrigado, Hyung. – Ele voltou a tomar seu café. – Vou descobrir quem foi o engenheiro que prosseguiu com a obra e dar um jeito de achar aquele desgraçado!

- Em alguns dias eu vou encontrar as pessoas que foram subornadas e provas de que a empresa está ligada a isso. Tenho um amigo que pode encontrar a localização desse CEO. – Ele pegou o celular para enviar o número. – Jun-ho, você precisa resolver isso o mais rápido possível, essa situação é a oportunidade perfeita para seus irmãos te tirarem da presidência da empresa... Cuidado, meu amigo, pessoas como nós não podem ter fraquezas, ao menos não fraquezas que possam ser expostas!

- Obrigado por tudo, Hyung! Nem sei como agradecer.

- Me pague uma bebida um dia desses e apareça mais vezes em Busan, será o suficiente para mim!

    Depois da longa conversa, os amigos se despediram e cada um seguiu o seu caminho.

[...]

- Eun-ji, vou dormir em Busan. Está tarde e você sabe que não gosto de viajar à noite.

- Tudo bem, querido! Conseguiu resolver as coisas?

- Uhum, amanhã estarei aí e em alguns dias este assunto estará resolvido completamente.

- É um alívio ouvir isso! Arranjei uma noiva para o Jung-ho, teremos um jantar com os pais dela assim que essa situação estiver resolvida.

- É uma ótima notícia! Vou resolver o quanto antes para termos um jantar bem sucedido e vantajoso.

Pelo visto, em alguns dias Bae Jeong-ho ficará noivo. Isso é o que pais como os dele fazem para calar um possível escândalo e conseguir acordos de uma forma mais prática. Tudo isso é claro à custa de seus filhos.

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— Nota da autora —

Queenies, agora vocês já sabem o que aconteceu com o irmão do Bae Jeong-ho!
Meu menino foi uma vítima nessa história :(
Quinta-feira trago revelações sobre o assalto, fiquem atentos!

Queen Mary

Taj MahalOnde histórias criam vida. Descubra agora