Capítulo 5

26 1 0
                                    



Ano de 2014, Coreia do Sul.


- Secretário geral Young-Chul, a Dong-sun já deixou Seul? – A mãe de Jeong-ho perguntou.

- Sim, Sra. Eun-ji. Eu a acompanhei até a estação rodoviária e a vi embarcar.

- Young-Chul, fique de olho na Dong-sun. Eu acredito que ela irá manter distância, mas eu não acho que o Jeong-ho vá deixar as coisas como estão. Ele está muito quieto e isso me assusta. – Eun-ji deu uma pausa para tomar seu chá. – Eu realmente espero que ele não faça nada imprudente.

-Não se preocupe, ficarei de olho. – Young-Chul colocou uma pasta em cima da mesa e prosseguiu. – Aqui está a lista que a senhora pediu.

-Colocou o nome dos grupos que seriam convenientes para nós? – Ela começou a folhear as páginas que seriam a ruína da liberdade de Jeong-ho, naquelas páginas estavam o seu futuro. – Fez um bom trabalho, Young Chul.

-Obrigada, Sra. Eun-ji. – Ele deu uma pausa e prosseguiu. – O Dae-jung disse que quer almoçar com a senhora hoje.

-Espero que ele não tenha feito outra besteira e tenha consertado as coisas com o grupo Haneul. Se ele chateou a noiva não teremos mais o acordo. – Ela suspirou e prosseguiu. – Verifique isso, por favor.

-Vou verificar, Sra. Eun-ji. Se a senhora não precisar mais de mim, vou me retirar.

-Young -Chul, isso fica apenas entre nós certo? Não quero que o presidente fique sabendo das bagunças dos seus filhos. Seria inconveniente para todos. – Ela sorriu.

-Não se preocupe, vou cuidar de tudo com discrição.

    Assim que o Yeong-Chul saiu, Eun-ji recebeu uma ligação de Londres. Ela com certeza sabia que não seria uma conversa agradável.

-Filho, estou muito ocupada resolvendo as besteiras que você e seu irmão fazem. Seja breve.

-Pensei que a senhora fosse mais cuidadosa, mãe. Enviar a Dong-sun para Incheon foi muito previsível. – Jeong-ho dizia orgulhoso por ter descoberto o paradeiro de sua amada.

-Jeong-ho, não tenho tempo para os seus jogos infantis. Mesmo se você chegar a encontrá-la, duvido que ela queira trocar algumas palavras com você. Ela sabe exatamente o que está em jogo e sabe que você não ganharia essa disputa. Por favor, filho, pare com isso. Não faz bem nem para mim nem para você.

   
Sua mãe afastou o telefone com o intuito de desligá-lo, porém algo que seu filho disse chamou atenção.

-Você fez o quê? – Sua mãe estava irada.

-Eu estraguei o acordo com o grupo Haneul. – Jeong-ho sorria de orelha a orelha. - Como a senhora sabe o presidente sempre consulta o Si-woo quando vai tomar decisões importantes. Ao contrário de vocês, o pai dele não quer casar seus filhos baseado em interesses. Eu contei ao Si-woo que o Dae-jung não gosta da irmã dele e por alguma razão desconhecida eles resolveram cancelar o acordo. – Ele deu uma pausa. – Me desculpe, mãe. Se a senhora quiser, consigo um acordo com outra empresa, mas em troca eu quero que a senhora me deixe em paz, caso contrário, me sentirei no dever de impedir que meu irmão querido seja vítima dos interesses da senhora e do papai.

-Você não faz ideia do que fez, Jeong-ho. – Ela rangia os dentes de raiva.

-Eu sei exatamente o que fiz, mãe. – Ele se gabava. – Vou desligar, porque a senhora está muito ocupada e tenho certeza de que agora ficará mais ainda. Com certeza o papai odiará saber que perdeu de ganhar alguns milhões.

-Jeong-ho, me escute com bastante atenção! – Sua mãe se controlava para não xingar o próprio filho. - Esse casamento era a única garantia que seu irmão tinha. A empresa dele não vai bem e seu pai está prestes a fechá-la... Saiba que você acabou de arruinar a chance de seu irmão realizar o sonho dele. Eu realmente fico triste por saber que você ainda não amadureceu. – Sua voz revelava tristeza e decepção. - Ao menos uma vez na vida pense nos outros e nas consequências dos seus atos, filho.

    Ela desligou.

------♡------

           

-Dae-jung, até quando você vai tentar manter essa empresa? – Eun-ji estava inconformada. – Seu pai vem pedindo há meses que você cuide da Bae desenvolvimento. Você poderá continuar fazendo o que faz, só que com mais recursos. Por que você não dá uma chance, filho?

- Mãe, eu não quero estar vinculado a vocês. Preciso trilhar o meu próprio caminho. Sinto muito pelo acordo com o grupo Haneul, mas foi melhor assim. Eu estava me sentindo mal por estar em um relacionamento onde não havia amor.

    Eun-ji afundava as mãos nos cabelos inconformada.

- Eu te dou três meses, Dae-jung. Me mostre resultados em três meses que eu convenço seu pai a não fechar sua empresa.

- Mãe, por que não podemos ter uma relação normal?

    Sua mãe engoliu seco.

-Por que a senhora não pode ficar feliz por eu ter fundado uma empresa do nada? Por que eu tenho que obedecer tudo que a senhora e o papai mandam? Por que a senhora me trata como alguém que não consegue se virar sozinho? – As lágrimas ameaçaram descer. – A senhora por acaso acredita em mim?

- Não há razão para essas perguntas, filho.

- Eu preciso falar com o Young-Chul quando quero almoçar com a senhora, preciso aguentar seus caprichos calado para ter direito a escolher, preciso viver uma vida que não é minha e competir com o meu irmão e com meus tios pela empresa. Eu não quero essa vida, mãe! – Naquele momento uma lágrima escorreu pelo seu rosto. – Não vou mostrar nada a ninguém em três meses, não preciso que vocês supervisionem tudo nem da autorização de vocês.

    Ele se levantou e foi saindo.

-Aqui está o dinheiro do almoço.

    As palavras de Dae-jung magoaram sua mãe. "Será que ele não vê que eu só quero o bem dele?" "Será que ele não consegue enxergar que não é tão simples e que temos que lutar a todo instante para manter nosso lugar?" "Será que ele não consegue ver que quando o dinheiro e o poder estão em jogo não existe família?". Esses pensamentos tomavam conta da mente de Eun-ji.

.
.
.
.
.
.
.
.
.

— Nota da autora —

Enquanto estou inspirada e super empolgada, tentarei postar os capítulos toda quinta. Ou seja, não esqueçam de vir conferir as novidades.
Caso haja alguma mudança eu os aviso ;)

Queen Mary.

Taj MahalOnde histórias criam vida. Descubra agora