Capítulo 43

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Seul, Coreia do Sul atualmente.

     Por volta das três da tarde, Kim Yuna estava se arrumando para sair. Ela ia encontrar suas amigas da faculdade, fazer algumas compras para o feriado e dar uma passada no hospital, para assinar uma documentação que estava pendente, antes de jantar com Jeong-ho e sua família.
     O chuseok é um dos mais importantes feriados coreanos, ele é como um dia de ação graças, só que durando três dias. As duas famílias pretendiam jantar juntas na véspera do feriado  para discutir sobre o hospital e o Bae group.
      Jeong-ho estava extremamente incomodado com a situação, porém ele não podia fazer nada. A empresa finalmente estava  voltando ao normal e a chance de virar presidente aumentava ainda mais com o noivado. Seus pais articularam tudo direitinho, pois era uma proposta muito interessante. Em meio a tudo isso, ele pensava em Eun-Kyung. A ida dela a Londres nesse período não estava ajudando em nada, era muito difícil manter um relacionamento a distância, ainda mais sendo o início do namoro. Ambos tinham rotinas muito ocupadas, então tinha dias em que eles mal se falavam e suas mensagens se limitavam a "Bom dia", "Dormiu bem?", "Boa noite". Ele tinha medo deles acabarem esfriando, ou até mesmo dela querer terminar. O relacionamento dos dois, até pouco tempo atrás, era de "aminigos", eles não tiveram momentos românticos ou dates legais, só viagens de última hora. Claro que elas contavam como algo legal, mas não eram memórias suficientes para um relacionamento a distância. Até porque, quando isso acontece, o que muitas vezes serve de conforto em momentos de saudade ou quando você se sente só, são as memórias, se elas são só de momentos de implicâncias, como aguentar a carência? Que lembranças eu tenho de abraços,  de beijos e de trocas de carinho? Memórias são faca de dois gumes, muitas vezes te curam e em outras te dilaceram.

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-Yuna, que história é essa que você vai se casar com o Jeong-ho? - sua amiga perguntou. - Eu jurava que você se casaria com o Si-woo, faria até mais sentido, porque a família dele é bem mais rica que a do Jeong-ho.

- Dan-i, você se esqueceu que ela era apaixonada pelo Si-woo na época da faculdade? Eu lembro que ela ficava suspirando sempre que ele passava.

-Vocês duas! - Ela repreendeu e, em seguida riu. - Eu suspirava pelos dois.

-Não mudou nadinha, Kim Yuna!

-Enfim, hoje minha família e a família dele vão se juntar para falar do hospital. - Ela revirou os olhos. - Acho patético o fato do meu pai só querer me dar o hospital se eu casar. Anos na faculdade, anos dando meu sangue por aquele lugar para ele impor a condição do casamento? Em que mundo se casar te dá aptidão pra alguma coisa?!

-Ele só deve ter medo de você morrer sozinha, Yuna! - Dan-I disse implicando com sua amiga. - O Jeong-ho ainda tá com aquela namorada pobre?

-Eles terminaram faz muitos anos. Ele agora está com outra... Min Eun-Kyung o nome dela. - Yuna disse. - Minha mãe me contou que a mãe do Jeong-ho foi encontrar com ela em Londres.

     Sua amiga a interrompeu.

-Pera aí, Londres? A garota tinha dinheiro pra ir a Londres?

-Yuri, se você ficar interrompendo ela  nós não vamos entender a história!

-Eu não sei o que ela fazia lá, mas pelo que eu soube, a mãe dele não conseguiu muita coisa com ela. A Eun-Kyung pareceu ser alguém que  não é comprada pelo dinheiro.

- E você fez alguma coisa?

- Eu fiz a minha jogada e acho que deu certo. O hospital tinha algumas irregularidades e eu usei uma delas. - Ela tomou um gole de seu suco. - Não se preocupem, porque eu vou resolver essas questões.

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