Capítulo 19

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-  Bae Jeong-ho?

- Oi, Dong-sun...Quanto tempo.

Os olhares do antigo casal eram penetrantes, Jeong-ho examinava cada detalhe  de seu rosto. Ele podia ver os olhos apáticos e cansados, a preocupação e o espanto por vê-lo ali. Dong-sun apenas reparava no contraste de realidades, ela podia ver um homem bem sucedido, com um sorriso gentil e que apesar de tudo o que aconteceu, estava ali para vê-la. Segundos depois desse olhar, ela quis abraçá-lo, mas resistiu. Afinal, ela não sabia o porquê dele estar ali.

- Pela hora aposto que você não comeu nada, vamos entrar para comer e só assim conversamos mais à vontade. – Ela indicou com os olhos para os vizinhos que observavam a movimentação. – É bom te ver! – Dong-sun estava distante em suas palavras.

Ao entrarem, subiram uma escada para chegar no primeiro andar, onde ela morava. Era uma bela casa próxima ao mar, nada luxuoso, porém de muito bom gosto e organização. Antes que Jeong-ho pudesse chegar à sala, Dong-sun se adiantou e virou um porta retrato, ela não queria que ele visse aquela foto.

Depois de se acomodarem, Ela perguntou:

- O que faz aqui? Já se passaram sete anos, por que você veio só agora? – Em sua voz podia-se notar claramente um tom de indignação. – Veio para dizer que eu sou um parasita que por todos esses anos está se aproveitando da sua família? Ou veio aqui para me humilhar? – Ela estava na defensiva.

- Sinto muito por demorar tanto para vir! E-eu só consegui agora...

Mesmo com vontade de chorar, Dong-sun se conteve e agiu da forma mais sensata.

- É melhor comermos antes que a comida fique fria.

Um silêncio constrangedor se instalou na sala.

- Eu não estou com fome! – Jeong-ho disse. – Perdemos tanto tempo de nossas vida por culpa dos meus pais e agora quando finalmente nos reencontramos vamos agir feito estranhos? Eu estou aqui, Dong-sun, por que eu ainda te amo!

Naquele momento seu coração pulsava forte, seu corpo ainda se lembrava da sensação de estar perto de sua amada, as sensações eram as mesmas de sete anos atrás, porém ali estavam frente a frente dois estranhos, até porque, em sete anos muita coisa havia mudado.

[...]

O sol estava quase se pondo, ao olhar para a janela, Jeong-ho percebeu que precisava ir, ele não podia deixar Eun-Kyung esperando por muito tempo.

-Dong-sun, eu preciso ir, a Eun-Kyung deve estar me esperando no hotel...

- Eun-Kyung. – Ela repetiu o nome um pouco enciumada. – É a mesma pessoa que me chamou hoje no portão?

- Isso mesmo. – Ele riu. – Foi ela que me convenceu a vir até aqui, por que não vem comigo e vamos jantar os três juntos? Ela vai adorar te conhecer.

- Claro. – Seu tom foi forçado. – Preciso resolver umas coisas, mas posso te encontrar no seu hotel?

- Pode sim. Seu número ainda é o mesmo?

- É sim. Me envie o endereço por mensagem que em algumas horas estarei lá. – Dong- sun se aproximou e depositou um beijo na bochecha de Jeong-ho.

Depois de se despedir, ele foi correndo até seu carro, Jeong-ho não queria ouvir as reclamações de Eun-Kyung sobre o quanto ele demorou, ou pelo fato dela não ter trazido roupas e ter ficado horas impedida de subir e descansar em seu quarto. Por isso, ele foi praticamente voando até o hotel.

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