- Oi, mãe, já estão chegando? O Dae -Jung já está aqui.- Eu e seu pai não vamos mais, Jeong-ho, seu pai disse que não quer conhecer a criança, porque, segundo ele, elas se apegam e esse momento é apenas transitório.
- Imaginei - Ele diminuiu o tom de voz.
- Em outro momento quem sabe...
- Preciso ir.
Jeong-ho desligou a ligação um pouco frustrado, apesar de saber que aquilo era o esperado. Ao olhar por outra perspectiva, ele achou aquela situação melhor. Aquele jantar em família podia ser demais para Dong-min. Afinal, só tinha dois dias que ele sabia quem era o pai dele. Decidido a tornar aquele momento o mais normal possível, ele foi até a grande sala de jantar.
- Seremos só nós três, nossos pais tiveram um imprevisto.
- Nenhuma novidade - Dae- Jung disse e, em seguida, começou a colocar os acompanhamentos em cima do arroz de Dong- min - Vamos comer? Tive um dia cheio e não consegui almoçar.
- O senhor só tomou café da manhã? - Dong- min disse comovido.
- Senhor não, Dong-min, por favor - ele riu- Eu comi umas besteirinhas nesse meio tempo - Dae-jung deu um tapinha nas costas do sobrinho- Vem logo, Jeong-ho, quero comer.
- Você devia estar muito ocupado mesmo, Hyung,meu secretário me informou que você passou a tarde inteira conversando com a arquiteta Rachel.
-Você está me espionando? - ele bufou - Inacreditável! Para a sua informação, no planejamento de um projeto, o engenheiro e o arquiteto precisam estar de acordo com tudo e a Rachel fica querendo tirar as minhas vigas de sustentação, porque ela não acha a estética bonita. Me poupe! Você sabe que ninguém mexe nas minhas vigas.
Jeong-ho riu.
- Jeong-ho!
Dong-min também riu.
- Hyung, é melhor a gente comer... Esse assunto deve estar deixando o Dong-min no tédio.
- Eu gosto de construções - Dong- min disse ao pegar um pouco de kimchi - as máquinas são enormes!
- Quer visitar meu escritório qualquer dia, Dong-min? Posso te mostrar alguns projetos e um software que nós usamos para fazer simulações.
- Sério?! Só preciso perguntar a minha mãe - ele disse sorridente, mas em seguida ficou um pouco cabisbaixo - Tio Jeong-ho, quando eu posso ver minha mãe?
- Eu falei com a nova médica hoje e ela me disse que sua mãe está em observação num lugar que não pode receber visitas ainda, Dong-min, mas eu vou perguntar quando você pode fazer uma ligação de vídeo, está bem?!
- Está bem. Tio Dae-jung, só posso visitar seu escritório quando eu falar com minha mãe.
- Quando você quiser, é só falar. Se sua mãe deixar, eu vejo um momento para você visitar a construção e andar de trator o que acha?
-SÉRIO MESMO? - Ele gritou de alegria - OBRIGADO!
Naquele momento, Dong-min se virou e abraçou Dae-jung. Uma sensação nunca antes experimentada por ele o invadiu, um sentimento de carinho e de afeto.
Ao ver aquela cena, Jeong-ho soltou um sorriso, realmente foi muito melhor ter aquele jantar sem seus pais. O clima só ficaria pesado e talvez seu pai dissesse alguma coisa que poderia magoar seu filho.
O resto do jantar foi tranquilo e divertido, seu irmão estava contando as histórias mais engraçadas que ele já vivenciou trabalhando com construções. Uma delas foi a do dia em que ele dividiu o quarto de hotel com um colega que tinha um chulé terrível e sua bota fedia muito, para melhorar esse colega roncou a noite toda, então Dae-jung disse que arremessou um travesseiro em sua direção que o fez acordar assustado. A história os fez soltar uns sorrisos sinceros, pois Dae-jung encenava os dois lados da história.
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Taj Mahal
FanfictionAs pessoas, em sua maioria, acreditam que o passado ficou para trás. Acreditam que certas atitudes não existam mais e que os seres humanos evoluíram em suas relações sociais, mal sabem elas que a história está sempre se repetindo. Joseon pode ser...