Capítulo 24

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Seul, Coreia do Sul, atualmente.

O sábado estava lindo, apesar da mudança de temperatura devido às estações. Com uma dor de cabeça terrível, consequência da ressaca, Jeong-ho acordou. Assim que abriu os olhos, ele começou a se questionar e forçar a memória para lembrar como havia chegado em casa. Ele via fragmentos soltos, Yuna no restaurante, muitas taças de vinho, vomitar no meio da rua e por fim Eun-Kyung.

-Não acredito que vomitei enquanto ela me trazia. – Ele disse em voz alta. – Que merda, Jeong-ho, por que você bebeu tanto?!

    No momento mais inoportuno seu telefone tocou.

-Quer sair para comer?

-Estou de ressaca, só se for para tomar uma sopa... Você vem me buscar?

-Você paga!

-Si-woo, quem te ouve falar essas coisas não pensa que você é milionário. – Ele riu. – Você é quem foi promovido não eu.

-Bae Jeong-ho, você saiu com a mulher da minha vida ontem, eu vou te buscar e você ainda quer que eu pague? Desde quando você virou um pé no saco?!

-Você não me tratava assim, oppa. – Ele provocou. – Dessa forma você me deixa triste, oppa.

Oppa = Como uma garota se refere a um garoto mais velho.

-Cala a boca, besta! – Ele riu- Eu saio de casa em 20 minutos, esteja pronto.

-Tá certo, oppa! – Jeong-ho riu. – Te amo.

-Idiota!

  
Tudo o que Bae Jeong-ho precisava naquele momento era um banho quente, então ele se dirigiu ao banheiro. Enquanto estava de baixo do chuveiro, ele começou a pensar nos acontecimentos do dia anterior. A proposta de Yuna havia sido muito boa, com 6% das ações do hospital ele seria o segundo acionista com maior número de ações e conseguiria uma fusão de forma mais rápida. Era bem tentador, mas ele precisava se manter firme.

    Após o banho e suas reflexões, ele parou em frente ao seu guarda-roupa para escolher o que vestir. O resultado foi um suéter azul escuro, uma calça preta reta e seu all star branco. Em voz alta ele pensou:

-Não entendo o porquê de retratarem os ricos nas séries usando sempre terno e roupas chiques em todas as ocasiões. – Ele riu. – Deve ser para impressionar as pessoas que assistem.

    Enquanto se trocava, ele pôde ouvir a porta de seu apartamento abrindo. De forma instintiva, ele pegou um cabide e foi até o invasor.

-NÃO SE MECHA OU EU CHAMO A POLÍCIA! – Jeong-ho berrou enquanto segurava o cabide de forma ameaçadora nas mãos.

-Ei, Jeong-ho, sério? – Si-woo riu. – Você realmente abordaria um invasor com um cabide e dizendo essas palavras?

-Era o que eu tinha na mão. – Ele escondeu-se atrás da parede para jogar o cabide. – Por que você invadiu meu apartamento?

-Você não me atendeu então eu resolvi subir. – Si-woo se acomodou no espaçoso sofá. – Eu toquei na campainha diversas vezes, mas você também não veio, então eu entrei.

-Não ouvi meu celular tocar nem a campainha.

-Aposto que estava ouvindo música e pensando na vida. – Ele riu. – Você não muda, Jeong-ho.

-Como sabia a senha?

-Você ainda deixou a data do aniversário dela. – Ele revirou os olhos. – Você era um pouco obcecado, cara.

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