Capítulo 7

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Londres, ano de 2014.

O dia estava nublado e a cidade estava com um clima frio, três dias se passaram desde que Eun-Kyung recebera a notícia de que sua mensalidade estava atrasada. Ela não ligou para sua mãe e muito menos achou um emprego de meio período.

    Durante esses três dias ela buscou uma forma de conseguir o dinheiro, mas não achou nenhuma solução. As provas estavam chegando, eram diversos assuntos para estudar e vários trabalhos pendentes, como se a correria da faculdade não fosse o suficiente, ela deveria arranjar um emprego e passar horas que seriam dedicadas aos estudos para conseguir dinheiro. Ela se via num beco sem saída.

    Com o tempo passando e com nenhuma solução, Eun-Kyung tomou uma decisão arriscada.

- Sra. Bruce, eu aceito a oferta. – Ela disse com a voz firme e confiante tentando não transmitir através de sua fala seu medo e desespero.

- O que te fez mudar de ideia, Senhorita Eun-Kyung? – Houve uma pausa. – Há meses te peço para ser a tutora do meu filho, mas você alegava não ter tempo.

- Agora eu tenho...Se a proposta ainda estiver de pé me encontro com ele amanhã na biblioteca!

- Ele estará lá! – Ela sorriu agradecida. – Eun-Kyung, vou te pagar meio salário, espero que esteja de acordo.

- Estou sim, Sra. Bruce!

   

    Apesar de não ser o ideal, era o que ela tinha. Aquele bico não pagava nem um quarto do que ela devia... "Como arranjar £4 455 em 12 dias?" Era o que ela se perguntava.

    Após algumas horas procurando um trabalho, Eun-Kyung foi ao local que não esperava pedir emprego, a cafeteria.

- Por favor, Benny. Eu vou trabalhar das 16:00 às 21:00! – Ela implorava. – Eu preciso desse emprego, por favor!

- Você precisa focar nos seus estudos, Kyung – Era assim que os mais próximos a chamavam. – Não acho que você vá conseguir conciliar tudo. – Ele demonstrava preocupação.

- Benny, eu realmente preciso desse emprego. Prometo dar o meu melhor aqui e na faculdade, mas por favor, me dê essa chance!

- Por que você está tão desesperada? – Ele indagou enquanto limpava o balcão.

- Tenho 12 dias para pagar minha mensalidade, ela está atrasada e minha mãe não me disse nada. Meu pai está doente, então acho que ela se esqueceu. – Sua voz murchou.

- Você pode começar a trabalhar hoje se quiser, uma funcionária está doente, vai contar como hora extra. – Ele sorriu.

- Muito mais muito obrigada, Benny! Prometo aprender rápido. – Ela tomou o pano que estava na mão dele e começou a limpar o balcão.

- Meu maior medo com você trabalhando aqui é com o meu café, tenho a sensação que você vai acabar com tudo.

    Eles sorriram.

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- Ouvi dizer que a Sra. Bruce finalmente arranjou alguém para ser tutora do seu filho.

- A pessoa deve estar muito desesperada por dinheiro.

    Eles riram e continuaram a conversar.

- A Rachel me disse que é uma das melhores alunas da sala dela, deve ser por isso que a Sra. Bruce a contratou.

    Houve uma pausa.

Taj MahalOnde histórias criam vida. Descubra agora