Capítulo 25 parte 2

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Londres, ano de 2016.

Os quarenta minutos passaram rapidamente e em algumas horas os dois estariam em Londres, entretanto, não poderiam entrar na Universidade sem serem pegos.

- Nós vamos chegar em Oxford meia noite mais ou menos. – Jeong- ho disse enquanto se esticava no assento. – Nós podemos aproveitar a noite em algum bar ou se você preferir, procurar um lugar onde podemos passar a noite.

-Vamos beber e depois decidimos o que fazer.

    As duas horas e meia de viagem renderam um bom cochilo para os dois, ambos estavam muito cansados e precisavam daquele descanso. Apesar do assento não ser muito confortável, foi muito aconchegante naquele momento.

-Kyung, Kyung, chegamos em Londres!

-Certo, só mais cinco minutinhos. – Ela se acomodou novamente.

    Sem pensar duas vezes ele pegou-a pelo braço e saiu puxando-a até a saída do trem. Quando chegaram na estação, ele parou em frente ao banheiro e a mandou entrar para lavar o rosto, eles estavam a nove horas na rua e estavam precisando daquilo.

    Ao sair, ele pôde vê-la revigorada e mais desperta, chegava a ser incrível a forma como Eun-Kyung permanecia bonita mesmo estando um pouco "destruída".

-Você ainda quer beber ou prefere procurar um lugar para dormir?

-Vou comprar alguma coisa na loja de conveniência e depois procuramos um lugar.

    Após andarem por alguns minutos procurando onde ficar, eles acharam um quarto a trinta minutos da universidade. Havia somente uma cama de casal e um pequeno sofá.

-Como uma boa coreana eu vou dormir no chão, você pode dormir na cama.

-Posso ficar aqui ao seu lado bebendo um pouco?

-Por que você está assim tão pra baixo, Jeong-ho? – Ela disse ao se aproximar do amigo.

-Meus pais querem mandar em tudo na minha vida, Kyung, é como se eu não tivesse o direito de escolher...

-Você escolheu ir para Paris hoje, o que comeria e até mesmo o tipo de bebida que compraria... Você ainda é o dono da sua vida, Bae Jeong-ho, não deixe que eles digam o contrário está bem?

    Naquela hora aquelas palavras foram o conforto que ele precisava ouvir.

[...]

    Depois de conversarem até às 03:00 da manhã, Eun-Kyung adormeceu. No exato momento em que ele percebeu a situação um sentimento diferente surgiu, ela estava extremamente linda e atraente enquanto dormia. Seus olhos fechados a deixavam indefesa e com um ar meigo e delicado, os lábios rosados entreabertos eram convidativos, era praticamente impossível distinguir onde o efeito da bebida começava ou terminava. Da forma mais natural possível ele deitou em frente a ela e começou a aproximar o seu corpo para acariciar o rosto de Eun-Kyung, no exato momento em que suas mãos tocaram-na ela acordou um pouco sonolenta.

-Eu não quero te perder também, Eun-Kyung, você é a única pessoa que faz eu me sentir eu mesmo... - Ele enfiou os dedos em seu cabelo e com o polegar começou a fazer carinho em sua bochecha. – Mesmo que no próximo ano eu volte para a Coreia, você promete que não vai me abandonar? Eu...E-u preciso de você!

-Prometo. – seus olhos estavam entreabertos. – Agora me deixa dormir, Jeong-ho, você está muito bêbado! – Ela ainda estava em si.

-Boa noite, Lemon pie, tenha bons sonhos!

    Após aquelas palavras ela voltou a dormir, mas Jeong-ho continuava apreciando-a e fazendo carinho. Em um momento quando o sono ficou mais leve, ela pôde sentir a respiração dele o que a fez abrir os olhos, perceber seus rostos a poucos centímetros de distância e as mãos dele em sua nuca a deixaram um pouco surpresa. Numa tentativa de se afastar, ela inclinou o corpo para trás, porém naquele momento, Jeong-ho a puxou para perto fazendo-os ficar com as bochechas grudadas.

-Não vá! – Ele sussurrou no ouvido dela fazendo-a se arrepiar. – Eu não quero ficar sozinho.

    Enquanto ela estava se virando para se acomodar em seus braços, um gesto repentino dele fez uma parte de seus lábios se encostarem, entretanto foi algo muito rápido e segundos depois Jeong-ho estava dormindo. E daquele jeito, abraçados, eles permaneceram por algumas horas naquela noite que apesar de ser de verão, estava chovendo. Em meio ao silêncio da madrugada ela pensava: "Será que ele estava consciente em algum momento?"

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