Seul, Coreia do Sul atualmente.-Eun-Kyung, vou ter que ira o banco com seu pai. – A voz de sua mãe estava hesitante. – Cuide da cafeteria um pouco, mas feche mais cedo hoje, está bem? – Ela se aproximou da filha e beijou sua testa.
-Mãe, está tudo bem?
-Quando voltarmos conversamos,querida... Tire o restante do dia para aproveitar um pouco. – Ela começou a acariciar o rosto de Eun-Kyung. – Você se esforça tanto, meu amor, eu...e-eu só queria que você seguisse seu sonho sem esse peso e sobrecarga nas costas. – Os olhos de Hye Yeong se encheram de lágrimas.
-Eu estou bem, mãe, não se preocupe. – Ela mentiu. – Vou esperar esses clientes saírem para fechar e ter um dia para mim.
Algo naquela ida inesperada ao banco deixava Eun-Kyung aflita, ao que parecia era algo sério. Toda essa situação de ver seus pais endividados e dando tudo de si a consumia, ter que trabalhar em diversos lugares a esgotava e a deixava infeliz. "Por que tem que ser assim?" Ela se perguntava diariamente e aguardava ansiosamente o dia em que a situação mudaria.
Aos poucos, os clientes foram acabando de consumir e deixando o lugar. Ela começou a limpar o pequeno estabelecimento e a ficar um pouco perplexa, havia várias migalhas de bolo no chão, pequenas poças de café e suco nas mesas e para piorar, o banheiro estava precisando de uma boa faxina. Pelo visto limpar aquilo tudo seria um pouco trabalhoso, mas precisava ser feito. Eun-Kyung começou limpando as mesas e organizando as cadeiras, em seguida foi até o balcão começou a guardar os materiais que não seriam utilizados e lavar os pratos, talheres e copos que haviam sido utilizados "Uma lava louças seria bem útil agora" ela disse em voz alta.
Mais de uma hora depois, ela finalmente terminou todo o serviço. Como estava quase na hora do almoço, então ela pensou em convidar sua amiga para almoçar.[...]
-Eun-Kyung, eu não suporto o redator chefe. – Ha-yun reclamava. – Ele simplesmente não aparece o dia inteiro, não ajuda em nada e no fim leva os créditos pelo meu trabalho! Se dependesse dele, aquele jornal estava ferrado.
-Por que aquele imbecil ainda não foi demitido?
-O pai dele é melhor amigo do dono. – Ela enfiou uma garfada na boca. – Eu simplesmente não suporto o fato de terem incompetentes que conseguem seu emprego por causa de influência.
-É realmente patético. – Eun-Kyung finalmente tocou na comida. - Ha-yun, você acha que algum dia eu vou conseguir deixar esses empregos e tomar coragem para fazer o que eu gosto?
-Por que esse assunto tão repentinamente?
-Às vezes eu me sinto perdida... É como se todo mundo se desse bem ou seguisse a sua vida e eu estivesse presa sem conseguir me mover. – Ela enrolou o macarrão no garfo e levou até a boca. – Meus pais tem muitas dívidas e para sobreviver eu preciso desses empregos...
-Eun-Kyung, olhe para mim. – Sua amiga a fitou firmemente. – Isso só depende de você! Decida mudar a situação e faça o que estiver ao seu alcance para que isso aconteça... Pare de se lamentar e tome uma atitude em relação a isso!
-Eu preciso pensar.
-Você precisa de umas férias e ir resolver seus assuntos pendentes em Londres, ou você já pagou aquela dívida?
-Termino daqui a alguns meses... E ela é a principal razão de eu não largar meus empregos aqui.
-Eu entendo, Kyung, mas talvez esteja na hora de você arriscar um pouco. – Ela terminou de comer. – Se você continuar esperando a oportunidade perfeita nunca vai sair dessa situação.
Aquelas palavras ficaram martelando na mente dela por algum tempo. Definitivamente, Eun-Kyung queria seguir seus sonhos e ter uma vida leve, mas a dúvida que tomava conta de sua mente era se ela realmente seria capaz.
Depois de passar algumas horas no aconchegante restaurante, Ha-yun percebeu que seu horário de almoço estava chegando ao fim. Então ela pagou a conta e se despediu da amiga com um conselho:-Pare de pensar um pouco nos outros e comece a pensar em você! Isso não é ser egoísta, é ter amor próprio.
As duas amigas seguiram juntas até certo ponto, porém depois se separaram. Aquele dia estava sendo bem reflexivo para Eun-Kyung, sua mente imaginava mil e uma possibilidades e pensava em uma maneira de conseguir realizar o que queria. Dentre as possibilidades, ela pensou em procurar emprego em um escritório, mas isso poderia tomar o seu dia inteiro e seus pais precisavam dela na cafeteria vez ou outra. Por mais que ela tentasse encaixar tudo de maneira eficaz, tudo se resumia a duas opções: Largar os empregos e arriscar ou permanecer presa a uma realidade infeliz, entretanto "segura".
Racionalmente, ela decidiu aguentar mais alguns dias nos empregos, visto que faltava pouco para o mês findar e ela receber o seu salário. Após as demissões, ela pretendia passar um tempo em Londres resolvendo algumas coisas e pagando sua dívidas. Eun-Kyung também queria tentar a prova da ordem, mas isso a deixava um pouco receosa, será que a Sra.Bruce ainda seria um problema? Se fosse, ela estava mais do que disposta a enfrentá-la, afinal não era justo jogar fora cinco anos de estudo por causa de uma mãe amargurada.------♡------
-Filha, nós temos que conversar. – Aquelas palavras ditas por seu pai fizeram o coração dela gelar. – Temos algo a te comunicar.
-Certo, pai, estou aqui.
-Filha, nós temos muitas dívidas desde que eu adoeci a alguns anos atrás e pegamos um empréstimo para pagar as despesas do hospital. Nisso tivemos sérios problemas financeiros e temos vivido assim desde então. Como você sabe fizemos muito sacrifício para abrir o café e ter uma renda que nos ajudasse, mas mesmo assim os juros só crescem e a dívida aumenta. – Ele deu uma pausa e tomou coragem para pronunciar o resto da história. – A única solução que nos resta é vender a casa.
-O quê? Como assim, pai, vocês não podem fazer isso! – Eun-Kyung o interrompeu. – Eu posso dar um jeito nisso!
-Eun-Kyung, deixe seu pai terminar de falar, por favor. – Sua mãe a repreendeu.
-Nós vamos vender a casa e pagar as nossas dívidas, com o dinheiro que recebemos do café vamos alugar um lugar menor e mais barato até nos organizarmos o suficiente para termos condições de comprar uma casa. – Ele olhou nos olhos da filha. – Não podemos viver assim para sempre, meu amor, eu quero retomar a minha vida e para termos alguma mudança precisamos fazer essa jogada arriscada.
-Mas pai...
-Está decidido. – Ele a interrompeu. – A partir de hoje, minha filha, você pode largar esses empregos e viver a sua vida! – Seu pai estava com lágrimas nos olhos. – Nos deixe cuidar de tudo e se preocupe em ser feliz.
Naquele momento, aquelas palavras foram a confirmação da decisão tomada por Eun-Kyung.
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—✧— Nota da autora —✧—Oii, Queenies!
Demorei para lançar esse capítulo porque eu precisava deixar tudo do jeito que eu queria para a história correr bem.
Meu recesso está quase acabando, mas eu estou um pouco bloqueada :/
Sejam pacientes, por favor.
Não me esqueço de vocês nunquinha, então estou sempre tentando escrever.
Continuo sem data para os próximos capítulos.Queen Mary
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Taj Mahal
FanfictionAs pessoas, em sua maioria, acreditam que o passado ficou para trás. Acreditam que certas atitudes não existam mais e que os seres humanos evoluíram em suas relações sociais, mal sabem elas que a história está sempre se repetindo. Joseon pode ser...