Seul, Coreia do Sul, atualmente.
Tudo estava bem tranquilo, era apenas mais um dia monótono de trabalho para Jeong-ho com reuniões, relatórios e contratos. Desde que chegou de Busan, ele não havia falado mais com ninguém, algo o deixou estranho e talvez um pouco triste.
- Sr. Bae Jeong-ho, o presidente está aqui para vê-lo. – A secretária o informou e em seguida prosseguiu. – Quer que eu traga algo para beberem?
- Mande-o entrar. – Ele estava apático. – Apenas um chá, por favor.
Mesmo sem dizer uma palavra ela assentiu. Aquela atitude de seu chefe era estranha, seu pai estava ali para vê-lo e em nenhum momento ele quis inventar uma desculpa ou simplesmente reclamou.
- Posso saber o motivo de você estar sumido por essas últimas semanas? – Ele reclamou e se sentou. – Ficou mal depois de terminar com aquela lá?
- Oi, filho, como você está? Faz duas semanas que eu não tenho notícias suas, aconteceu alguma coisa? – Jeong-ho insinuou o que o pai deveria ter dito. – Estou bem, pai, quer alguma coisa? – Ele foi sarcástico.
De forma inesperada, seu pai se levantou e deu um tapa em seu rosto.
- Nunca mais fale comigo dessa forma, entendeu?! – Os músculos de sua face estavam contraídos de raiva. – Quando uma pessoa está com problemas, chateada ou até mesmo triste, ela não deve descontar isso nos outros nem se esconder.
- Me desculpe, pai. – Ele enfiou as mãos por dentro do cabelo bagunçando-o. – Veio falar sobre meus encontros?
- Filho, você não tem escolha a não ser se casar. Pessoas como nós não podem simplesmente esperar alguém que nos cative! – Ele pegou o chá que estava sobre a mesa. – Sua mãe fez a lista dela, mas eu já tenho a minha escolhida.
- Pai, já disse que não vou me casar dessa forma!
- Kim Yuna. Vai me dizer que não gostaria de sair em um encontro com ela? – Ele lançou um olhar com duplicidade. – Você era louco por ela antes de conhecer a Dong-sun.
- Eu não sinto mais nada por ela! – Ele tomou o chá nervoso. – Por que a Yuna? – Jeong-ho ficou desconfortável.
- Por que ela é uma excelente pretendente e muito bonita. – Bae Jun-ho riu. – Está com medo de se apaixonar por ela, filho?
- Não. É só que o Si-woo tem uma queda por ela.
- Se for preciso eu mesmo aviso ao seu amigo que vocês dois vão se casar, mas nem pense em me contrariar por causa de uma amizade, entendeu? – Ele ameaçou. – Você tem um encontro com ela hoje à noite. Compre flores e não se atrase!
- Eu não vou sair com a Yuna, pai!
- Você vai sim! – Ele aumentou o tom de voz. – Ou você acha que eu deixaria você impune se isso acontecesse?
- E eu pensava que essa história de casamento arranjado tinha ficado no passado. – Ele riu ironicamente. – Pai, estamos em pleno século vinte e um, não vou me casar só por que o senhor e a mamãe querem uma forma mais rápida de conseguir um hospital.
- Você sabia que a Dong-sun tem uma irmã doente? – Jun-ho soltou a bomba. – Seria uma pena ela perder sua vaga na clínica e acabar morrendo por que você agiu feito uma criança mimada! E seria pior ainda se eu contasse que você foi a razão da morte dela.
- O senhor não ousaria. – Sua voz se alterou. – Por favor, pai, deixe ela fora disso! Nós já terminamos, não existe razão para usá-la como moeda de troca.
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Taj Mahal
FanfictionAs pessoas, em sua maioria, acreditam que o passado ficou para trás. Acreditam que certas atitudes não existam mais e que os seres humanos evoluíram em suas relações sociais, mal sabem elas que a história está sempre se repetindo. Joseon pode ser...