-Eu não fazia ideia, Eun-Kyung, que você passou por tudo isso sozinha. - ele segurou a mão dela com mais firmeza. - Me desculpe por não ter notado.-Eu sempre fui boa em esconder. - ela olhou para baixo para tentar se recompor.- E eu não estava sozinha, Jeong-ho, eu tinha você!
O garçom se aproximou para recolher o Menu e anotar o pedido dos dois.
-Eu quero carbonara e você, Eun-Kyung?
-O mesmo. - Ela sorriu. - Diga ao chefe Lee que estou ansiosa para provar a comida dele.
O garçom assentiu.
-O chefe daqui é meu amigo de infância e abriu esse restaurante recentemente.
-Que legal. - Jeong-ho apoiou seu cotovelo na mesa e encostou o rosto na sua mão. - Posso te fazer uma pergunta?
Eun-Kyung balançou a cabeça afirmativamente.
-Qual a história do nome da marca? Por que noz?
-Não fique se achando. - Eun-Kyung ficou séria e apontou para ele de uma forma intimidadora. - Eu estava há semanas pensando em um nome e você chegou e pediu uma torta de nozes. Não entendo essa sua paixão por essa torta, mas é isso. O nome veio a minha mente e eu gostei: Nut.
- Então quer dizer que você já era apaixonada por mim naquela época? - Ele passou a mão no cabelo o que acabou bagunçando-o um pouco, mas isso só o deixou mais atraente. - Acho que essa é a declaração mais linda que alguém pode receber.
-Não viaja! - Ela se apoiou na mesa. - Eu não gostava de você na época.
-Dessa vez foi você quem cortou o clima.
Os dois conversaram bastante enquanto a comida não chegava e, quando ela chegou, não demorou muito para eles terminarem o prato. Não dava para distinguir se era a fome ou a vontade de sair dali o mais rápido possível para matar a saudade.
Como se não bastasse a demora para terminarem o prato, o amigo de Eun-Kyung veio cumprimentá-los pessoalmente. Era notória a agonia dos dois para sair dali. Quando duas pessoas se desejam, é normal que as duas sintam isso. Ao terminarem a conversa com o chefe Lee, eles saíram do restaurante e começaram a caminhar. Jeong-ho estava se controlando para não colocar Eun-Kyung contra a parede e beijá-la no meio da rua.-Quer ir para o meu apartamento? - ele foi direto. - eu queria te mostrar uma coisa.
Jeong-ho não mentiu, ele realmente queria mostrar algo para ela, porém, se algo a mais acontecesse ele não iria reclamar.
-Claro, o que é?
-Surpresa.
O caminho até o apartamento de Jeong-ho foi super tranquilo. Por conta do feriado, as ruas estavam relativamente vazias, o que deixou o trajeto mais rápido.
-Por que você não me disse que morava em frente ao Rio Han? - Ela estava totalmente surpresa. - Teríamos vindo aqui antes.
-Não tive contexto para dizer que morava aqui. - Ele disse enquanto apertava no botão do seu andar. - Espero que esteja tudo no lugar.
Não demorou muito tempo e o elevador chegou no andar. As portas se abriram, eles saíram e foram em direção ao apartamento de Jeong-ho.
-É isso que eu queria te mostrar. - Ele digitou a senha da sua porta. - Te lembra alguma coisa?
-Você queria me mostrar a sua senha? - ela estava confusa. - Sério?
-Não estrague a coisa vá. - ele segurou a mão dela e a trouxe para dentro do apartamento. - 27/08/2016 não te lembra nada?
-Agosto de 2016? - Ela franziu o cenho tentando se lembrar. - Agosto de 2016?
-Nós fomos para Paris para pegar meu dinheiro no banco.
-Paris! - ela soltou um gritinho. - Me lembrei! - Eun-Kyung tirou seus sapatos para entrar no apartamento. - Mas porque essa data?
-Foi quando eu te beijei!
-Pera aí! - ela estava atônita. - Você se lembra? Não foi um acidente?
-Eu estava um pouco bêbado, e foi um acidente, mas eu não tinha como esquecer a sensação de encostar nos seus lábios. - Ele se aproximou dela ao ponto de seus rostos estarem a poucos centímetros. - Me lembro perfeitamente de cada detalhe. Eu enfiei meus dedos nos seus cabelos, como estou fazendo agora, fiz carinho na sua bochecha com meu polegar. Naquele momento eu estava louco para beijá-la, mas achava que era por causa da bebida então me controlei e te dei apenas um boa noite.
A respiração dos dois estava um pouco pesada e Jeong-ho não parava de olhar para os lábios de Eun-Kyung.
-Eu disse que precisava de você. - Ele se aproximou mais ainda para sussurrar no ouvido dela. - E eu disse para você não ir. Depois você adormeceu o que dificultou as coisas para mim. - Ele se afastou novamente, desceu suas mãos pelo braço dela e a levou até seu enorme sofá. - Você se assustou, tentou se esquivar, mas ficamos mais próximos e por acidente eu te dei um selinho. Não tinha como esquecer esse dia.
Jeong-ho olhava para ela da mesma forma que ela olhava para ele, com desejo.
-Eu não sabia que você lembrava disso. - ela disse um pouco vermelha. - Pensei que eu era a única que tinha essas lembranças.
-Queria te trazer aqui para te mostrar que eu lembrava de tudo. - Ele se aproximou mais dela. - E para criar uma memória na qual você tenha certeza de que eu me lembro de todos os detalhes.
Ele foi deslizando sua mão pelo rosto dela até a nuca e depositou um beijo delicado e leve na boca dela.Aquele leve beijo só fez o desejo que havia ali crescer mais, como um álcool jogado na fogueira para aumentar a chama. Depois de um olhar, Eun-Kyung se aproximou dele, passou suas mãos pelas costas dele e o puxou para perto para um beijá-lo. Ao sentir o toque dela em suas costas, Jeong-ho segurou sua nuca com firmeza para aprofundar o beijo. Aos poucos, aos mãos dele foram descendo pelo corpo dela até sua cintura. Ali, ele com as duas mãos a puxou para mais perto ainda, até seus corpos estarem juntos o suficiente para sentirem um ou outro. Delicadamente, ele começou a se inclinar sobre ela, para que Eun-Kyung se deitasse no braço do sofá. Depois de acomodados, ele levantou uma parte da blusa dela para sentir sua pele. Suas mãos deslizavam sobre a pele dela e iam circulando até o meio das suas costas para grudar ainda mais seus corpos. Com esse gesto, Eun-Kyung enfiou seus dedos no cabelo dele e os apertou levemente. O beijo estava intenso, mas lento, o que tornava tudo muito mais prazeroso. Jeong-ho, então, tirou suas mãos de cintura dela e as levou, deslizando, até sua coxa, onde ele transitava entre a parte externa e a parte interna, o que só fazia Eun-Kyung puxá-lo para seu corpo.
Depois disso, ele se afastou um pouco ofegante, com o coração acelerado e disse:
-Posso prosseguir?
Ela,sem dizer uma palavra, balançou a cabeça afirmativamente.
.
.
.
.
.
.
.
.-✧- Nota da autora -✧-
Esse foi o capítulo de hoje, Queenies!
Assisti um filme romântico e isso me deu um pouco de criatividade KKKKKKK
Espero que tenham gostado :)
Sem data para os próximos capítulos.Queen Mary
VOCÊ ESTÁ LENDO
Taj Mahal
FanfictionAs pessoas, em sua maioria, acreditam que o passado ficou para trás. Acreditam que certas atitudes não existam mais e que os seres humanos evoluíram em suas relações sociais, mal sabem elas que a história está sempre se repetindo. Joseon pode ser...