Taj Mahal

Capítulo 33

Seul, Coreia do Sul, atualmente.

Assim que o despertador tocou, Jeong-ho levantou da cama um pouco atordoado e perdido no tempo. Ao olhar o celular, ele se depara com diversas ligações e mensagens. A primeira delas continha o link da exclusiva de Dae-jung, ao clicar, ele estranhou o conteúdo, pois, conhecendo seu irmão, ele falaria tudo sem nem pensar na empresa ou nas famílias, devido ao seu caráter impulsivo e imediatista. Alguém havia manipulado aquela entrevista, foi o que ele pensou.

Depois de responder as mensagens, Jeong-ho decidiu se arrumar para a reunião, pois havia muita coisa a ser discutida. Ele precisava traçar um plano para recuperar a confiabilidade do grupo, o que o fazia cogitar aceitar a proposta de Yuna, precisava decidir se seu pai continuaria na presidência ou não e por fim, encontrar o seu irmão, porque se realmente foi ele quem deu aquele relato, ele merecia agradecimentos de Jeong-ho.

Como dormiu na casa de seu amigo, ele teve que pegar as roupas de Si-Woo. Porém, o problema  consistia no estilo completamente entre ambos, pois seu amigo adorava usar ternos coloridos. Depois de procurar por uns vinte minutos, ele pegou um terno off white. Por sorte, coube perfeitamente.

[...]

-Eu acho que devemos retirar o Sr. Bae Jun-ho da presidência, porque isso acaba confundindo as pessoas sobre a imagem do grupo. – disse um dos acionistas. – O Sr. Jeong-ho deve assumir em seu lugar.

-Fico honrado com a proposta, mas meu pai tem 54% das ações do grupo , não acho que ele gostaria de saber que a minoria o tirou do cargo. Se vocês me derem alguns dias eu posso convencê-lo a sair voluntariamente  e essa situação já estará resolvida. – Jeong-ho se inclinou para frente. – O que nós precisamos fazer é traçar um plano para recuperar a imagem positiva do grupo e conseguir investidores, porque os que nós tínhamos cancelaram o contrato.

-Sr. Jeong-ho, os advogados estão cuidando da multa?

-Sim, não há com o que se preocupar. – Ele pegou a garrafinha com água para tomar um pouco. – Podemos encerrar por hoje?

-Sr. Bae Jeong-ho, os boatos do seu casamento com a Srta. Kim Yuna são verdadeiros?

-Sr. Lee, não acho que esse tópico seja produtivo para a nossa reunião de hoje. – Ele bebeu um pouco de água. – E o boato não é verdadeiro.

-Disse isso porque ao que parece, foram os irmãos dela que incitaram a volta desse caso envolvendo sua família.

-Os irmãos da Srta. Kim Yuna não querem vê-la assumindo o hospital. – Jeong-ho disse algo antes que ele prosseguisse. – Porém, não acho que eles iriam tão longe.

Mesmo tendo dito tais palavras, ele sabia como as pessoas podiam agir quando poder e dinheiro estavam em jogo. Por isso, discretamente, ele enviou uma mensagem a Young-Chul para que eles pudessem se encontrar.

Assim que acabou a reunião, ambos foram em direção ao Rio Han. O local foi o escolhido tendo em vista não chamar muito a atenção da família de Yuna.

-Young-Chul, é verdade que os irmãos da Srta. Kim são os responsáveis por isso tudo?

-São sim. – Ele entregou um envelope a Jeong-ho. – Já mandei alguém cuidar de tudo e o que eu descobri está nesse enevelope.

-Eu mesmo resolvo isso. – Jeong-ho pegou o envelope e se levantou. – Eles estão na casa de férias em Jeju ou em Singapura?

-Estão na ilha Jeju dando uma suposta festa beneficente para o hospital, mas na verdade estão lavando dinheiro para apostar ilegalmente em um cassino.

-Me consiga um voo agora para a ilha Jeju  e se até a noite essa situação ainda estiver pendente, você pode pedir para o seu pessoal resolver.

-Ok, Sr. Bae Jeong-ho.