Bônus

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| Você pode pular o bônus se quiser, porém esse capítulo retrata o dia da nossa querida Eun-Kyung em Busan e fornece alguns detalhes interessantes para o próximo capítulo. |

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    Logo após chamar Dong-sun, Eun-Kyung saiu correndo pela estrada que levava à praia. Ela não conhecia nada de Busan, não fazia ideia de onde estava, nem para onde queria ir, para piorar, suas coisas estavam no carro, mas quanto a isso, Jeong-ho havia deixado destrancado. Só que ela não foi de imediato buscá-las.

    Mar e céu se uniam de uma forma única, pareciam ter sido pintados por um artista muito detalhista. Lá estava ela, sentada em meio a bela paisagem, sozinha, numa cidade desconhecida, porém feliz. Sua vida foi nas grandes cidades, Seul e Londres, ela não via o mar fazia anos e estar ali era gratificante. Uma calmaria em meio ao caos que envolvia seus pensamentos.

    Após algumas horas caminhando por Busan, tirando fotos e fazendo algumas compras no cartão que Jeong-ho lhe dera, Eun-Kyung decidiu voltar para a casa de Dong-sun afim de pegar suas coisas no carro. O problema era que ela não sabia o caminho de volta. Todas as ruas pareciam iguais e ela não sabia sequer o número da casa, tudo o que sabia era: "Uma casa de primeiro andar perto da praia" Uma informação muito genérica para uma cidade litorânea. Ela andava por diversas ruas, bairros, mas nada de achar a casa de Dong-sun. No fundo de sua memória Eun-Kyung tentava puxar alguma informação útil; foi aí, que ela se lembrou do cheiro de frutos do mar de um restaurante.

    Depois de quase trinta minutos, ela achou a bendita casa. Com a respiração ofegante e cansada, Eun-Kyung foi pegar suas coisas, porém o carro já estava trancado. Outro problema, ela não queria incomodar os dois pombinhos, entretanto ela precisava delas. Parecendo cena de filme, Jeong-ho apareceu na varanda, seu sorriso estava radiante de uma forma que ela nunca vira. Mesmo no seu subconsciente, Eun-Kyung se sentiu incomodada com aquilo, por que ela nunca o vira tão feliz como naquele momento? Talvez uma ponta de ciúme.

    Após diversas tentativas, Jeong-ho finalmente percebeu os gestos de uma pessoa lá em baixo. Outro problema, Dong-sun apareceu na hora em que ele estava tentando decifrar os sinais.

-O que você está fazendo?

-Apreciando a vista, mas agora eu quero apreciar cada momento com você. – Ele a abraçou para disfarçar, fazendo com que ela ficasse de costas para Eun-Kyung, o que possibilitou que ele tirasse a chave do bolso e abrisse a porta do carro.

    Novamente aquela mesma sensação tomou Eun-Kyung.

[...]

-Aqui está seu capuccino gelado!

-Obrigada! – Ela sorriu gentilmente. – Me desculpe incomodar, mas o senhor sabe onde fica o Busan palace hotel?

    O belo rapaz respondeu a pergunta e não perdendo a oportunidade, elogiou o trabalho de Eun-Kyung, deixando um pouco claro seu interesse pela freguesa.

-Aqui está seu bolo!

-Não, não...Deve ter sido engano. Não pedi nada além do café! – Ela tentava gentilmente dizer que o mesmo garçom havia errado o pedido.

-Não cometi nenhum engano. – Ele empurrou o prato para mais perto dela. – É cortesia, espero que goste!

-Ah...Obrigada! – Eun-Kyung estava desconcertada.

    O rapaz não havia sido invasivo, visto que ela lançara alguns olhares interessados, mas a atitude dele a deixou surpresa. Talvez ele tenha retribuído o sútil flerte.

    Quando estava terminando de fazer suas coisas, ela viu o belo rapaz ir embora. Uma ponta de decepção a tomou, definitivamente ela o achara interessante.

    Minutos depois, Eun-Kyung decidiu ir para o hotel. Foi uma caminhada curta e agradável. O sol estava quase se pondo, o céu estava começando a ficar alaranjado, as nuvens parecendo com grandes bolas de algodão contrastavam com os tons mais claros deixando tudo harmonioso. As pessoas transitando por aquela bela obra de arte sem se importar a deixaram inconformada; " Como isso é possível?! Se eu morasse aqui passaria todas as minhas tardes admirando esse céu!"

    Ao chegar no hotel, ela se deparou com uma figura conhecida. O garçom. Porém, ali estava completamente diferente...

Eun-Kyung tentou evitá-lo, mas não foi possível. Ele a reconheceu e novamente lançou o seu charme.

-Olá, novamente! – Ele foi formal. – Espero que goste da sua estadia, qualquer coisa que precisar só precisa me procurar. – Um sorriso se instalou em seu rosto.

-Certo, obrigada! – Ela retribuiu o sorriso. – Uma grande coincidência nos encontrarmos novamente aqui.

-Verdade. – Ele deu uma pausa hesitante, mas depois resolveu fazer seu convite audacioso. – Hoje nós teremos um luau para os hóspedes, espero te encontrar por lá! Não querendo ser convencido, mas já sendo, servimos um coquetel tropical muito saboroso.

-Qual o seu nome? – Ela foi direta. – Preciso saber por quem devo procurar.

    Naquele momento, o rapaz se controlou para não deixar transparecer a alegria que o tomara.

-Meu nome é Ha-jun e o seu?

- Não vou dizer meu nome para um desconhecido. – Ela brincou. – Bonito...O seu nome.

-Obrigado, capuccino gelado! – Ele retribuiu a brincadeira. - Vou te chamar assim já que sou um desconhecido que não deve saber seu nome...Até mais tarde! – Ha-jun se despediu e saiu.

    Eun-Kyung não sabia, mas aquele homem gentil era o filho do dono do hotel.

    Logo em seguida, para cortar todo o clima de paz e tranquilidade, Jeong-ho chegou.

- Vou deixar passar sua demora por que hoje foi um dia especial! – Ela se aproximou e perguntou. – Rolou alguma coisa?

    Eun-Kyung reclamou como se seus minutos de espera tivessem sido entediados e enfadonhos.

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