Taj Mahal

Capítulo 4

- Sua mãe ligou mais cedo e pediu para falar com você, só que como você estava em aula não foi possível. Aqui está o telefone, ligue para ela, Eun-kyung. – A gentil moça estendeu a mão dando-a o telefone.

- Mãe, sou eu. Por que a senhora ligou? Aconteceu alguma coisa? – Ela disse preocupada, sua mãe nunca havia ligado para a faculdade, qual seria a razão pela qual ela não ligou diretamente para a filha?

- Eun- Kyung, por que você não atendeu a porcaria do celular? – Sua mãe gritava chorando. – Seu pai está no hospital e não está bem.

- O quê? O que aconteceu? – O rosto dela perdeu a cor ao ouvir a terrível notícia de que seu pai estava no hospital.

- Seu pai tem o coração fraco, Eun-Kyung. Ele vem sentindo dores fortes no peito e passado mal algumas vezes, eu falei que era para ele seguir o concelho do médico, mas ele é teimoso.

- Mãe, por que eu só estou sabendo disso agora? – A frágil menina começou a chorar. – Ele vai ficar bem não é? – Ela soluçava. - Eu vou dar um jeito de ir para a Coreia , não posso deixar a senhora sozinha em um momento como esse!

    Para quem olhava de fora era uma cena triste, mesmo quem não entendia o que ela estava falando, podia sentir a angústia e a tristeza. Eun-Kyung apenas chorava pelo telefone implorando a sua mãe que a deixasse ir à Coreia, porém sua mãe insistia dizendo que,se ela fosse, seria pior para todos.

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Enquanto isso na Coreia do Sul...

- Sra.Min Hye-yeong, vou ser bem franco com a senhora...A situação do seu marido não está boa, eu a avisei que ele deveria ter ido ao hospital do grupo KM há meses, mas a senhora insiste em dizer que vai tratá-lo aqui. – O médico a repreendia. – Seu esposo precisa ir para um lugar que tenha um suporte adequado e profissionais familiarizados com a doença dele. Ele precisa fazer exames constantemente, tomar as medicações, ser atendido por uma nutricionista para balancear a alimentação, evitar estresse e fazer o possível para se manter bem até conseguirmos marcar a cirurgia. O Dr. Kim é o melhor cirurgião cardíaco do país, por que a senhora continua resistindo em ir para lá? – O médico tentava entender o porquê dela relutar tanto.

- Doutor, é realmente necessário que ele seja transferido?

    A Sra. Min Hye- yeong não queria transferir seu marido para o KM group hospital , ela sabia que era o melhor do país, mas também sabia que não tinha condições de pagar. Ela tinha uma escolha a fazer. Não importava o quanto ela pensasse, tudo se resumia a transferir seu esposo para o melhor hospital do país para que ele tivesse um tratamento adequado e deixar de pagar a mensalidade da faculdade de sua filha. "Se a senhora quer que seu esposo fique bem, sua melhor chance é transferi-lo." Aquelas palavras ecoavam em sua mente a deixando num beco sem saída.

    Depois de muito pensar, ela resolveu transferir seu esposo. Não foi uma escolha fácil, mas foi necessária.

- Querida, o que faremos? Não temos condições para pagar pelo hospital, mesmo deixando a mensalidade da Eun- Kyung de lado. – Min Don-hae falava com a voz fraca.

- Eu cuidarei de tudo, não se preocupe e se concentre apenas no seu tratamento está bem? – Apesar de estar preocupada, Hye-yeong tentava mostrar a seu esposo que estava bem e que tudo ficaria bem.

    Em seguida o médico entrou pela porta.

- Olá, eu sou o Dr. Kim e estarei cuidando do senhor a partir de agora. – Ele estava com um sorriso simpático no rosto. – Dei uma olhada nos seus exames. – Seu tom de voz havia mudado. – Teremos uma longa jornada pela frente, mas não se preocupe... Darei o meu melhor.

- Muito obrigada, Doutor. Muito obrigada! – A Sra. Min chorava, suas lágrimas eram de gratidão e tristeza, estava salvando a vida do seu amado esposo e sacrificando o futuro de sua única filha.

    Após o médico sair, ela recebeu uma ligação. Era sua filha.

- Mãe, como ele está? – Eun- Kyung chorava o que partia o coração de sua mãe.

- Ele foi transferido para o melhor hospital do país e será tratado pelos melhores médicos, não se preocupe, minha querida filha. – Ela tentava esconder a dor que tomava o seu peito. – Não precisa vir está bem? Seu pai já está um pouco melhor e está muito bem assistido. Concentre-se nos seus estudos, filha. – Sua mãe tentava conter as lágrimas que desciam pelo seu rosto.

- Tem certeza? Deve estar sendo difícil passar por tudo isso sozinha.

- Concentre-se em você, Eun-Kyung. Estude bastante, se alimente bem e não se preocupe conosco...Te manterei sempre informada. – Como aquelas palavras eram difíceis de ser ditas, mentir para a sua única filha não estava sendo fácil. – Te amo, Eun-Kyung. Cuide de você está bem? Seria muito difícil para mim saber que você está doente e longe de mim. – Ela soltou um riso forçado.

    Assim que sua filha desligou, ela desabou a chorar. "Por que isso está a acontecendo?" Ela se perguntava a cada momento. "Por que alguns tinham tanto e outros tão pouco?" "Por que ela não era capaz de dar uma boa educação a sua filha e pagar um tratamento adequado ao seu marido?". Eram várias indagações que não tinham resposta.

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—✧— Nota da autora —✧—

Como o prometido, aqui está o capítulo 4. 
Foi um capítulo curtinho, mas um capítulo que mostra um pouco da realidade de Min Eun-Kyung.
Não se esqueçam de deixar a ⭐️ ajuda muito ;)
Publicarei o próximo capítulo terça ou quinta, fiquem ligadinhos para captar pequenos detalhes que farão a diferença lá na frente. A partir do próximo capítulo, farei mesclas entre Coréia e Londres, Passado e presente, mas não se preocupem, colocarei no início do capítulo ou do parágrafo em qual momento da história estamos.
Não vou falar mais nada porque posso soltar algum spoiler.
Espero que estejam gostando de Taj Mahal, essa história está apenas começando e garanto que vocês terão muitas surpresas.

Queen Mary