Capítulo 30

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Seul, Coreia do Sul atualmente.

       Assim que acordou, o pai de Dae-jung ,como de costume, foi ler o jornal, mas dessa vez a notícia principal o fez explodir de raiva.

"O Bae Group, responsável por quase 1% do PIB nacional, foi o responsável pela indenização das vítimas do desastre no Gyeongbokgung building, ocorrido há seis anos atrás".

       Essa era a manchete responsável por deixar a segunda-feira super agitada. Ao ler aquelas palavras, Jun-ho só conseguiu pensar em como aquela situação só traria dor de cabeça.

-Yong-Chul! – Ele gritou ao telefone. – É isso que você chama de encobrir a situação?

-Alô? – Sua voz estava super sonolenta, pois ele havia acabado de acordar. – Presidente Bae, me desculpe pelo que eu vou dizer agora, mas são cinco da manhã! – Ele bocejou. – O senhor pode falar mais calmamente para que eu possa entender?

-Eu não estou nem aí se são cinco da manhã. – Ele rangia os dentes. – O caso envolvendo o Dae-jung veio à tona e aquela jornalista disse que nós indenizamos as vítimas para encobrir a culpa do meu filho! – Jun-ho parou para respirar. – Eu pensei que você tinha dado um jeito nisso...

-Eu tinha resolvido tudo. – Young-Chul bocejou novamente. – Presidente Bae, a sede do Korea Daily News abre em algumas horas, vou lá assim que o redator chefe chegar.

-Faça o que for preciso pra resolver isso e se for necessário pague todo mundo ali dentro para que essa história morra, você me entendeu? – Ele foi ameaçador. – E mais uma coisa, o redator chefe e essa jornalista devem ser demitidos ainda hoje sem alarde...É  inadmissível que meu cunhado tenha deixado isso passar desapercebido, mas dele cuido eu, só preciso que você dê um susto nele.

-Sim, Sr. Bae, farei isso.

Passaram-se apenas duas horas após a publicação da notícia, porém a situação já estava fora de controle, o Bae group estava se tornando alvo de especulações entre jornalistas e pessoas do meio jurídico, o preço das ações estava começando a cair e o medo havia se instaurado.

Assim que o relógio marcou  07:30, Young-Chul estava na sede do Korea Daily News. O maior jornal do país teve um número recorde de acessos em sua plataforma e um aumento significativo em sua audiência no jornal da manhã, em virtude da polêmica envolvendo o Bae group.

Ao chegar no andar desejado, ele se deparou com Dae-jung.

-Olá, Sr.Bae Dae-jung, o senhor veio para tirar a matéria do ar também?

-Não, isso é censura! – Ele foi firme. – Sr. Young-Chul, não perca o seu tempo tentando demitir seja lá quem for ou tentando amenizar a situação, porque eu não vou permitir que esse erro se repita duas vezes!

-Eu estou apenas seguindo ordens, se me dá licença. – Ele desviou de Dae-jung para encontrar com o chefe.

-Meu tio foi demitido, então nem adianta tentar as velhas estratégias com a nova administração. – Dae-jung clicou no botão para chamar o elevador. – Ah, e mais uma coisa, eu tenho certeza de que a minha exclusiva garantirá que meu pai não consiga o que quer... Tenha um bom dia. – Ele entrou no elevador.

-Às vezes eu odeio esse trabalho. -Young-Chul reclamou baixinho. – Eles fazem as merdas deles e depois eu que tenho que limpar.

[...]

-Sr. Lee, acho que o senhor não está me entendendo. – Ele estava prestes a chantageá-lo. – O Bae group é praticamente o patrocinador desse jornal e o senhor está me dizendo que não pode tirar uma notícia equivocada do ar?

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