Seul, Coreia do Sul, atualmente.Algumas semanas se passaram desde que Jeong-ho teve seu primeiro encontro com Kim Yuna, e esse intervalo de tempo foi suficiente para deixar um clima extremamente desconfortável entre as duas famílias. Na de Yuna, seus irmãos bolavam um plano para não deixá-la assumir o hospital. Apesar de ser a filha mais velha e viver em pleno século XXI, seu pai – assim como outros donos de conglomerados- adotava o sistema antigo de herança. Ela só poderia assumir o hospital quando se casasse. Na de Jeong-ho, eles estavam vivenciando uma situação super delicada, um antigo processo que ocorreu há anos atrás, envolvendo seu irmão, estava vindo à tona. Ao que parece, toda a ilegalidade envolvendo aquele caso estava prestes a revelar-se.
-Sr. Bae Jeong-ho, precisamos pensar em uma forma de driblar a mídia ou achar uma solução para esse problema. – Seu secretário falou enquanto entregava alguns documentos importantes que precisavam ser assinados. – Talvez a melhor forma seja revelar a verdade.
-Se eu fizer isso eu colocaria meu pai na prisão. – Ele deu um suspiro de preocupação. – Se a justiça fosse mais eficaz isso não aconteceria.
-O que o senhor quer dizer com isso?
-Me consiga uma reunião com o redator chefe do Korea Daily News ou com a jornalista responsável pelo artigo do meu irmão há uns seis anos atrás.
-Vou fazer isso, Sr. Bae Jeong-ho.
-Ah, e mais uma coisa. – Ele se levantou para pegar uma encomenda que estava na mesa de centro. – Preciso que você entregue isso pessoalmente ao meu irmão.
Seu secretário afirmou com a cabeça e saiu para resolver todas as tarefas do dia. Apesar de serem em partes inocentes, a mídia não iria querer saber a história completa, ela pintaria o cenário do jeito que fosse mais conivente e o público acataria sem nem pensar duas vezes.
A história sobre a construção Gyeongbokgung building era uma história antiga e trágica. No ano de 2014, o edifício desmoronou e deixou um total de quatrocentos e vinte mortos e cem feridos. Isso aconteceu porque o prédio foi construído em uma área com risco de deslizamento, como a construtora da época era bastante influente, forjou os documentos que aprovavam a construção naquele lugar e culpabilizou o engenheiro responsável pela construção. Nesse caso, se tratava do irmão de Bae Jeong-ho, ele descobriu sobre o problema e o relatou ao seu superior, contudo não foi ouvido. Por causa disso, ele pediu demissão, mas aconteceu que eles ainda deixaram seu nome no projeto e, quando o prédio caiu, ele foi o único culpado.
Em razão disso, seus pais descobriram a injustiça que estava prestes a ser cometida envolvendo seu filho e fizeram o possível e impossível para encobrir a história. Entretanto, eles não sabiam que agir assim só incriminava mais seu filho e o deixava em maus lençóis, afinal, as famílias das vítimas não queriam saber da história do herdeiro do Bae group, elas queriam justiça e culpar aquele engenheiro demandava menos esforços do que buscar pela verdade em um momento de luto.
[...]
-Olá, seja bem-vindo, Secretário Cha.
-Oi, bom dia! – Ele curvou a cabeça levemente como sinal de cumprimento. – Preciso entregar isso ao Sr. Bae Dae-jung!
-Ele está em reunião no momento, pode deixar aqui que eu entrego.
-Obrigado, mas eu preciso entregar isso em mãos.
-Secretário Cha, é verdade que estão querendo trazer à tona aquela história do desabamento, só porque surgiram boatos de que a nossa empresa vai realizar a construção do novo prédio do Bae group?
-Não vamos construir nada no momento, são apenas especulações infundadas. – Ele foi em direção ao balcão pegar um pouco de café. – Você sabe que não precisa me tratar com tanta formalidade, não sabe?!
-Prefere que eu te chame como? – Ela começou a organizar os papéis espalhados pela mesa. – Sei que somos irmãos, mas eu preciso ser profissional aqui... Se o Sr. Dae-jung descobrir, pode achar que é uma tentativa do seu chefe de ficar de olho nele.
-Que exagero! – Ele retrucou. – Você está lendo muito livro de fantasia.
-Secretário Cha, eu apenas conheço muito bem esse mundo. – Ela parou o que estava dizendo para atender o telefone. – Sim, Sr. Bae Dae-jung... O secretário Cha está aqui para entregar algo para o senhor... Certo... Ele já vai entrar.
-Vou entregar isso a ele e depois vamos almoçar? – Seu irmão sugeriu.
-Não, obrigada! – Ela pegou sua bolsa. – Tenho um encontro às cegas agora, tchau, Secretário Cha.
Após entrar na grande sala muito bem decorada ele disse:
-Bom dia, Sr. Bae Dae-jung, seu irmão pediu para que eu lhe entregasse isto em mãos. – Ele colocou o pacote em cima da mesa. – Só vim fazer isso, então, com licença, vou deixar o senhor com suas atividades.
-Isso tem a ver com o Gyeongbokgung building, certo?
-Creio que sim, mas não posso afirmar nada. Tenha um bom dia, senhor!
Naquele momento, uma sensação de desconforto veio sobre Dae-jung. Pelo visto, uma situação que estava aparentemente resolvida e enterrada no passado veio à tona em um momento em que tudo aparentava estar bem.
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—✧— Nota da autora —✧—Hola, Queenies.
Demorei , né?!
Minha vida anda um pouco louca por causa do Enem, mas eu não parei de escrever, só estou super atarefada.
Não se preocupem, pois eu não vou largar a história na metade.
Nesse fase eu vou retomar acontecimentos anteriores, então se vocês não lembram muita coisa, voltem para o capítulo 9 e procurem sobre o irmão do Jeong-ho... Vem revelações por aí!
Sem data para postar os próximos capítulos.Queen Mary
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Taj Mahal
FanfictionAs pessoas, em sua maioria, acreditam que o passado ficou para trás. Acreditam que certas atitudes não existam mais e que os seres humanos evoluíram em suas relações sociais, mal sabem elas que a história está sempre se repetindo. Joseon pode ser...