Seul, Coreia Do Sul, atualmente.Sete anos se passaram desde que Eun-Kyung estava em Londres, muita coisa havia mudado. Voltar para a Coréia do Sul foi a decisão mais sábia que ela tomou.
A cidade estava linda, as árvores de cerejeira coloriam as ruas com seus tons de rosa e de branco. O céu estava azul e o dia bem agradável. Não tão agradável... Eun-Kyung tinha que pegar um ônibus lotado para ir trabalhar, digamos que ela ainda não se acostumou com a diferença de fuso horário; mesmo que faça duas semanas que ela está em Seul.
Assim que voltou a sua cidade natal, Eun-Kyung rapidamente conseguiu emprego. Ela trabalhava bastante, saía pela manhã e só voltava tarde da noite. Era obrigada a ouvir algumas reclamações, lidar com clientes o dia inteiro e se controlar para manter-se calma. De certa forma, ela sentia saudade de Londres.
[...]
- Ha-yun, só fazem duas semanas, mas eu não sei se vou aguentar por muito tempo!
- Eu não consigo entender o porquê de você se submeter a isso, Eun-Kyung. Você poderia estar trabalhando em qualquer escritório da cidade, mas resolveu fazer esse tipo de trabalho?!
- Você sabe que eu não tenho outra escolha e que meus pais precisam de mim... E também eu n-não eu não... - Ela estava hesitante. – Você sabe o porquê!
- Você precisa parar de poupar os outros de problemas e começar a viver sua vida! Vou desligar por que tenho uma entrevista com alguém muito mais muito interessante...
- Que legal, boa sorte!
- Mudando de assunto, o que aconteceu com aquele cara de Londres?
- Você não tinha que desligar?
- Acontece que alguém nunca me contou o que aconteceu!
- Nunca mais nos falamos depois daquele dia e eu tenho certeza de que ele nem sabe o que aconteceu... Satisfeita?!
- Eu acho que significou alguma coisa...
- Estávamos bêbados, Ha-yun. Prefiro apenas fingir que não aconteceu. Se eu ficar remoendo isso vai parecer que significou algo para mim e para ser sincera, foi apenas um momento fofo entre amigos.
- Preciso ir, mas não pense que você escapou! Tenho certeza de que existe algo entre vocês dois... Tchau, Eun-Kyung!
- Tchau, Ha-yun! Boa sorte na entrevista.
[...]
-Eu quero uma torta de nozes e um americano gelado, por favor!
-Sinto muito, senhor, mas não temos torta de nozes. – Ela estava terminando um pedido quando se virou para atender o cliente que acabara de chegar. – Você?
-Quanto tempo, Eun-Kyung! Não imaginava que te encontraria aqui. – Ele girou sua mão gesticulando o local. – Eu também quero um cappuccino!
-Realmente faz um tempo! – Ela estava um pouco desconcertada, mas não era por alguma outra razão, e sim pelo fato de ter visto sua amiga sentada no fundo do café. Então ele seria o entrevistado... "Aquela raposa ardilosa" Ela pensava em voz alta. – Em breve levo seu pedido.
-Quem é uma raposa ardilosa?
-O q-quê? Ninguém. Estava apenas pensando em voz alta... É que está passando na TV, você sabe... "Não é POX é FOX, F..O..X, FOX"! – Eun-Kyung imitou o personagem. – Só vai querer os cafés? – Ela tentou se sair por cima.
-Isso. Foi ótimo te ver, Eun-Kyung! – Ele se debruçou sobre o balcão como de costume. – Da próxima vez, tenha torta de nozes, tenho que admitir que é um saco frequentar um lugar que não atenda as minhas necessidades como cliente.
-Você não mudou nada, Bae Jeong-ho, o mesmo porre de sempre! Mas devo admitir que você era mais legal em Londres, mudar de continente mudou sua personalidade também? Ou só agravou sua bipolaridade? – Ela o alfinetou e riu.
-MIN EUN-KYUNG, ISSO É JEITO DE TRATAR UM CLIENTE?! – Sua mãe chegou na hora e a repreendeu.
-Tudo bem, senhora, somos amigos e essa é forma dela de demonstrar o amor e o carinho que sente por mim! – Ele fingiu ser gentil. – Por favor, não brigue com ela! Seria um tremendo pesar saber que ela recebeu uma repreensão por minha causa.
Naquele momento Eun-Kyung colocou a mão na boca para não rir, ela sabia que ele estava se deliciando vendo-a receber um chamado de sua mãe. O tempo passou, mas as atitudes de Bae Jeong-ho e seu jeito "bipolar" não mudaram nem um pouco.
Assim que Jeong-ho saiu, sua mãe começou a repreender a filha. Ela reclamava da forma como ela foi grossa e mal educada, mesmo que ele fosse seu amigo, isso não eram modos. Hye - yeong fez questão de salientar para a filha que os cafés seriam por conta da casa e que ela devia se desculpar pela forma que tratou seu amigo, o que foi motivo de um questionamento, afinal, ele já havia a provocado antes. Dessa forma, mãe e filha passaram bons minutos; discutindo sobre o comportando em relação a Bae Jeong-ho e sobre a melhor forma de se fazer um café.
Quando Eun-Kyung se aproximou para entregar o pedido, pôde ouvir uma parte da entrevista:
-Sr. Bae Jeong-ho, o que o motivou a assumir o legado do seu pai e aceitar o cargo de CEO? Não é segredo o fato de que algumas pessoas discordam de sua atual posição e estão dizendo que o senhor é incapacitado para o cargo.
-Respondendo a primeira pergunta, ao contrário do que muitos pensam, eu sempre gostei de estar ali. Desde pequeno eu gostava de ver como as coisas funcionavam, gostava de visitar a Bae desenvolvimento, Bae museum entre outras.- Ele deu uma pausa e escolheu com sabedoria as palavras que diria. - Isso foi criando em mim um amor pelo negócio. Em relação a segunda afirmação, o que os outros pensam ou deixam de pensar sobre mim e o cargo que eu ocupo, diz respeito ao tipo de pessoas que elas são. Não vou justificar ou dar motivos para que elas mudem de ideia sobre o meu cargo. - Ele estava satisfeito por finalmente poder dizer o que pensa sem a censura dos pais. - Garanto que se elas tivessem se esforçado mais estariam dando essa entrevista no meu lugar!
Mesmo sem querer demonstrar, Ha-yun ficou extremamente satisfeita com a resposta de seu entrevistado, se conseguisse escrever um excelente artigo, sua matéria ficaria na primeira página. Assim que Jeong-ho terminou de falar, Eun-Kyung se aproximou e deixou o pedido sobre a mesa. Sua vontade era de gritar com Ha-yun, mas infelizmente ela estava trabalhando e não seria ético.
Depois de mais algumas perguntas, a entrevista se encerrou. Havia sido uma tarde produtiva, escrever sobre o Bae group e a forma como eles haviam crescido e se expandido em pouco tempo renderia boa visibilidade. O número de leitores da coluna do Korea daily news cresceria, afinal, uma entrevista com o CEO mais desejado e mais visado no momento eram para poucos.
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.—✧— Nota da autora —✧—
Hello, Queenies!
A parte do F O X é uma cena de um dorama, quem já assistiu entendeu a referência ;)
Pessoal, as aulas voltaram com força, então, não tenho mais dia fixo para postar :/ Porém vou dar o meu melhor e tentar não demorar muito.
Como sempre, os possíveis dias de capítulos novos são as quintas.
Espero ter bastante criatividade e tempo!
Aguardem o próximo capítulo em alguma quinta...Queen Mary
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Taj Mahal
FanfictionAs pessoas, em sua maioria, acreditam que o passado ficou para trás. Acreditam que certas atitudes não existam mais e que os seres humanos evoluíram em suas relações sociais, mal sabem elas que a história está sempre se repetindo. Joseon pode ser...