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Burra

Não destravei a arma.

Destravo e quando ia atirar, alguem bate na porta e reconheço a voz de Noah.

N: AMARA, Amara, ele acordou.

Que?

N:O Vinnie Amara, acordou.

Metade do meu coração se encheu de esperança. Esperança que eu vou ve-lo de novo, que vou abraça-lo de novo que eu vou poder ver seu sorriso de novo.

A outra metade acha que isso é um brincadeira de mal gosto.

Guardo minha arma e limpo minhas lagrimas,abrindo a porta e vendo Noah com um sorriso de canto a canto.

Ele não ia sorrir sabendo que seu irmão morreu

Saio do banheiro e vou em passos rápidos ate o quarto e quando entro vejo dois médicos segurando ele, que estava visilvemente confuso

-ei.-sento ao lado dele e entrelaço sua mão na minha apertando forte, pra ter certeza que não estava alucinando -calma.

Levo minha mao pro seu cabelo fazendo carinho e ele se acalma.

Uma felicidade invade meu corpo trazendo lágrimas,mas era lágrimas de alegria. Saber que eu nao o perdi, saber que ele estava aqui comigo nesse exato momento,saber que eu poderia abraça-lo mais uma vez me trouxe um alívio tão grande que eu voltei a respirar como respirava a seis meses atrás.

Estava tao desnorteada,estava tao submersa na sensação de segurar sua mão mais uma vez que nem prestei atenção nos testes que os médicos faziam. Coisas como o nome dele,data de aniversário,nome da mãe e coisas da sua vida para sabermos como seu cérebro estava raciocinando.

Dr:vou pedir mais alguns exames para termos certeza que esta tudo como deveria estar, volto mais tarde.

V:doutor, quanto tempo fiquei assim?

Era tão bom ouvir sua voz de novo.

Dr:cerca de seis meses.

Ele olha assustado pra mim que não tirei meus olhos dele nenhuma vez sequer, e deita a cabeca de novo. Assimilar essa ideia nao deve ser fácil.

Dr:senhorita Kardashian, podemos conversar em particular?

Não queria ter que sair do lado dele agora, mas ele olha pra mim e afirma com a cabeça.

- ok.

Vamos para fora do quarto e só quando não vejo mais Vinnie, só quando deixei de ter meu amor na minha visão, os sentimentos ruins voltam e, principalmente, raiva. Muita raiva

-você disse que não tinha. chances.- encurralo o medico na parede e aponto uma arma pra ele.

  Seus olhos demonstravam o que se passava na sua cabeça agora, e identifiquei a mesma coisa de todas as pessoas que apontei essa arma. Sua mente estava passando todos os momentos significativos da sua vida como uma roda de filme, trazendo saudade e medo.

Dr: não tinha.

-eu mandei desligar os aparelhos, eu quase o matei.

Dr:sinto muito, eu...

Kio sai do quarto e me tira de perto dele.

K:desculpa doutor ela é meio... impulsiva quando está com raiva.

Dr:eu vou ser sincero com vocês.
Não fazemos a minima ideia de como isso aconteceu. Eleestava fraco,não conseguia respirar sozinho e seu coração tinha parado mais vezes que aguentaria,não tinha nenhuma possibilidade dele sair dessa isso foi....um milagre.

K:achei que médicos e cientistas não acreditavam nisso.

Dr: a maioria não, mas é a única coisa que faz sentido porque nao tem nenhuma explicação científica pra isso...pedi mais alguns exames e converso melhor com vocês mais tarde.

Ele sai rápido e volto pro quarto, vendo as enfermeiras e os homens que estavam segurando Vinnie saindo também.

B: meu irmão.

Eles todos fazem um toque e ele olha pra mim,que tenho certeza que estava com o sorriso mais feliz e bobo que qualquer um ja viu.

V:vem cá.

Vou ate ele e o abraço forte, isso era tudo o que eu precisava.

Mesmo com seis meses,seu pescoço onde eu estava com o rosto tinha o mesmo cheiro,seus cabelos não, mas continuava macio. Seus braços me apertam contra ele forte e eu não fazia diferente, mesmo com medo de machuca-lo. Lágrimas silenciosas caiam dos meus olhos no seu pescoço, de felicidade por estar naquele abraco que me traz paz e por culpa.

V: meu amor.

Vinnie pega minha nuca e junta nossos lábios

Era um beijo calmo,um beijo tranquilo em que eu colocava todo tipo de sentimento possível porque queria que ele soubesse o quanto senti sua falta. Em vez de fazer faltar, esse beijo trazia ar para meus pulmões e sem dúvida alguma era o que eles precisavam para respirar bem.

Nos separamos e junto nossas testas, fazendo carinho no seu cabelo e as lágrimas nao paravam de cair.

V:não chora.

-desculpa. Você passou tudo aquilo por culpa minha, por uma escolha minha. Não era pra voce ter feito aquilo...se sacrificou por mim e eu deixei desligarem seus aparelhos, ia tornar isso em vao.

V:como assim?

-....

V: Amara, o que você ia fazer?

-eu não iria conseguir viver nesse mundo sem você, sabendo que a culpa foi minha.

V:me escuta, ta? Eu fiz aquilo porque amo você, e eu nao faria nada diferente...foi uma decisão minha e nao me arrependo, promete pra mim que você nunca mais vai pensar em fazer isso.

-só se voce prometer não me deixar.

V:eu prometo.

-então eu também prometo.

Se For Pra Ser SeráOnde histórias criam vida. Descubra agora