Se For Pra Ser Será

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Amara on

  Em seis meses eu consegui dormir a noite toda.

  Sem drogas

  Sem bebidas

  Sem pesadelos

  No abraço dele.

  Levanto o tirando do meu peito e colocando no travesseiro com o maior cuidado possível para não acorda-lo.

  V: não, continua aqui..

  -vou no banheiro, daqui a pouco o medico vai vir fazer os ultimos exames..

  V:posso ir com você?

  Seu sorriso era safado,e nem de olho aberto ele estava. Apenas rio e vou ate lá, lavando meu rosto,escovando os dentes e fazendo minhas necessidades.

  Saio do banheiro e Vinnie estava tentando ficar sentado na cama, com uma expressão de dor.

  -está maluco?-vou ate ele e o deito de novo-não pode se enforçar, porra.

  Ajeito seu travesseiro e aperto os botões pra cama sentar.

  V:você fica fofa cuidando de mim.

-se eu te vir se esforçando de novo, não vai ser nada fofo o que vou fazer com você.

  V:é muito amor.

  Ele me puxa pela cintura e junta nossos lábios,mas quando entra com a língua o medicos interrompem.

[...]

  V:linda, liga pro Kio e pede pra ele trazer uma comida descente por favor.

  Com esse olhar de cachorro abandonado é dificil dizer não. Ligo pra ele e peço duas quentinhas e um suco natural quando ele for vim,daqui a algumas horas.

  -quer ir no banheiro?

  Ele assente e vou ate ele,arrumando o soro no "varal" pra ir junto. Passo meus bracos por sua cintura e o levo no banheiro. Mesmo o tiro ter sido nas costas faz tudo doer, seu pulmão não ta 100% ainda e eu adoro mima-lo.

  V:quer entrar comigo?

  -Para de safadeza que você estava morto a 24 horas.

  Faço piada com isso agora mas quase me meti um tiro na testa.

  Deixo ele na porta e me encosto no batente esperando pra ajuda-lo a ir pra cama de novo.

[...]

  Entro no banheiro quando percebo que ele estava demorando demais e vejo ele em frente ao espelho,só de cueca analisando o buraco do tiro.

  Passo meus braços por debaixo dos dele, contornando o machucado com o dedo devagar. Tinha esterilizado claro. Faço isso também nos das costas,já que antes da bala acertar e se alojar no meu braço o atravessou

  V:eu não me arrependo.

  -deveria.

  Ele se vira e coloca as mãos no meu rosto,me forçando a encara-lo

  V:não, não deveria....eu amo você e quero que realize tudo o que ainda quer.

  -tudo o que eu quero, eu me imagino com você.

  V:você não precisa de ninguém,pode sim fazer tudo isso sozinha. Eu não me arrependo,e nunca vou me arrepender porque entre todo esse caos,você é minha paz e não valeria a pena continuar aqui sem voce.

  -eu não valho sua vida.

  V:vale muito mais.

  Seus lábios se juntam aos meus em um beija lento e gostoso,comigo só acompanhando os movimentos que ele fazia e apressiando todas aquelas borboletas que renasceram dentro de mim.