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Como assim prenderam o Diego e não me avisaram?!

Meu mundo caiu em um piscar de olhos.

Liguei de imediato pro henrique, ele só mandou eu ir direto pro batalhão. Mandei o taxi mudar a roda e correr pra lá.

O taxista coitado, já tava assustado de tanto eu gritar com ele, pra ele acelerar.

Em 2t a gente já tava lá, paguei o taxista e entrei pra dentro, dei cara com a Tatiana.

Jasmine: tu pode me explicar que porra foi que aconteceu?

Tati: vai pôr o uniforme – olhei pra mim e vi que tava só de shorts e uma regata.

Assentir.

Tati: eles também não me avisaram, quando vi, já tinham invadido.

Entrei pro vestiário.

Jasmine: como pegaram ele? – tirei meu uniforme do armário e botei minha mochila dentro.

Tati: fizeram o vídeo, vou te mostrar!

Enquanto ela procurava o vídeo, fui me vestir.

Tati: aqui ô – me mostrou o vídeo.

Doeu tanto meu coração ver aquele vídeo.

Jasmine: ele reagiu? – olhei de canto de olho.

Tati: não, pegaram ele de surpresa, deu nem tempo de reagir....

Jasmine: por que bateram nele? – me afastei.

Tati: nem parece que não conhece com quem tu trabalha.

Escutei baterem na porta.

Henrique: jasmine, taí?

Fiz um rapo de cavalo no cabelo, terminei de me arrumar e sair pra encontrar o Henrique.

Henrique: tá com essa cara por quê?

Minha vontade foi só de socar a cara desse mlk.

Jasmine: a operação era minha e nem se quer me avisarem. – falei um pouco alto.

Henrique: eu sei que tu tá chateada, mas o secretário não quis esperar – tentou explicar.

Jasmine: foda secretário, eu não passei praticamente 1 ano da minha vida pra na hora eu não tá lá.

Henrique: não bota culpa em mim não, tá achando ruim fala com ele, eu só tou aqui pra cumprir ordens.

Jasmine: pau mandado do caraio – passei por ele e fui direto pra sala do delegado.

Minha educação foi pra casa do caralho, entrei sem bater mesmo.

Delegado: olha quem está de volta, se não é a major lopes! – me olhou com aquela rabugenta dele.

Jasmine: delegado, eu posso saber....

Delegado: vamos, o diego carvalho já tá a nossa espera – se levantou e saiu da sala.

Filho da puta!

Do mesmo jeito que eu tava, eu fiquei. Era tudo que eu menos queria era ver ele agora.

Eu não tinha forças pra encarar ele.

Delegado: vamos logo. – me chamou pela segunda vez.

Contei até três, respirei fundo, ajeitei a postura e fui.

O delegado já tinha entrado, então só faltava eu e assim fiz, entrei.

Ele tava sentado, algemado, de cabeça baixa.

Delegado: chegou quem faltava! Lembra da nossa jasmine?

Na hora que o delegado falou meu nome, diego pousou os olhos em mim. Eu via raiva nos olhos deles e nada mais.

Rapidamente desviei o olhar.

O delegado começou fazer umas perguntas de costume. Mas o diego permaneceu calado.

Delegado: meu rapaz, eu acho melhor você colaborar.

Dg: eu só falo na presença do meu advogado – até eu me assustei quando escutei o dg falando.

Delegado: e desde quando vagabundo tem advogado? – debochou.

Limpei minha garganta, o delegado logo me olhou.

Delegado: ok. Me dê o número do seu advogado. – pediu.

[....]

Tava com mas de 20 minutos que o delegado tinha saindo e me deixado sozinha com o dg.

Ele tava calma e era isso que me deixava preocupada, dg é a pessoa mais fria que eu conhecia e do jeito que conhecia ele bem, com certeza que ele tava pensado nas diversas formas de como me matar.

Dg: colfoi, a major perdeu a língua? – me olhou serinh. — me passo a perna direitinho.

Neguei.

Dg: vai negar voz agora?... tu não foi mulher suficiente pra entrar no meu morro, no meu barraco e agora vai negar voz?

Jasmine: eu só tava fazendo o meu trabalho. Me desculpa, eu não queria...

Ele riu.

Dg: agradeça a teu trabalho que é por causa dele que tu vai morrer. Mas tenho que te dá os parabéns, tu foi até esperta, bancou a apaixonada e tudo.

Jasmine: desculpa! – minha voz saiu em forma de um sussurro. — não era pra chegar a esse ponto.

Dg: claro que não, mas diz aí, o teu trampo deve ser muito importante pra tu né....

Franzir o cenho.

Dg: teve que se vender pra conseguir o que queria.

Jasmine: se for pra tu me ofender é melhor tu ficar calado nessa porra, se eu transei contigo não foi por obrigação e sim porquê eu sentia vontade, ou tu acha que quando eu gemia pelo teu nome eu tava fingindo

Dg: não duvido, mentiu por tanto tempo. – deu ombros.

Olhei em volta e tava estranho a demora do delegado. Não aguentava mais ficar naquela sala com o dg o tempo todo me olhando.

Dg: eu tô preso, não tem como eu te matar – mostrou as mãos algemadas. — fica mec.

Jasmine: tu não teria a coragem de me matar!

Ele deu uma risada que deu uma arrepio na espinha.

Dg: eu vou acabar com tua vida, pode ter certeza, nem que seja a última coisa que eu faça. – se levantou da cadeira, arrodiou a mesa e se aproximou de mim.

Jasmine: eu me arrependo. – abaixei a cabeça e deixei as lágrimas que tava segurando descer.

Uma x9 no morroOnde histórias criam vida. Descubra agora