Uma x9 no morro

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Jasmine 🦋

Não é possível que isso tá acontecendo não, podia acontecer qualquer coisa, menos isso.

Xxx: qui isso moço no podi é feio - balançou a cabeça. - mamãe faz piu piu piu em tu - fez sinal com o dedo.

Respirei fundo.

Jasmine: vai pra dentro aisha.

Aisha: mas mamãe....

Jasmine: agora!

Ela fez um bico enorme e saiu resmungando. Voltei minha atenção pros meninos. Dg me olhava de um jeito que nem eu conseguia decifrar e o rd.... bom o rd tava rindo.

Dg: foi rápida né? - foi a única coisa que dg soube dizer.

Franzir o cenho.

Rd: taí uma coisa que eu nunca imaginei - esperei ele completar. — tu sendo mãe. - riu. — engraçado - coçou a cabeça. — ela me lembrar alguém que eu conheço - olhou de canto de olho pro dg.

Eu só posso ter jogado pedra na cruz!

Xxx: filha?... quem taí? - minha mãe surgiu. ela deu uma olhada pro meninos e depois pra arma que o dg segurava. — esse menino não foi o que tu botou na cadeia? - cochichou.

Concordei.

Xxx: eita! - olhei feio pra ela. — bom, acho melhor a gente entrar né, tamo começando a atrair os olhares curiosos.

Dg:não a gente não vai entrar. - falou seco. — o meu problema é bem simples.

Xxx: entra logo garoto. Euem.

Minha mãe e sua delicadeza.

Rd: e eu aqui pensando que a gente só ia te matar e vazar, isso aqui tá melhor do que novela mexicana. - falou passado por mim.

Jasmine: entra diego. - ele ficou uma cota me olhando mas depois entrou.

Dei uma última olhada na rua e vi um pessoal olhando na minha direção.

Jasmine: cuidar da vida de vocês que bom nada né. - fechei o portão e fui pro terraço.

Aisha tava brincando com os brinquedos dela... brincando não, tava quebrando mesmo.

Rd: oi princesa - se abaixou perto dela. — você é muito linda sabia?

Aisha: igual a mamãe. - me olhou rindo.

Ele se levantou e me olhou.

Rd: a menina já é iludida desde de novinha. - balançou a cabeça negando. — mas e ae conta pra nós quem é o pai?

Aisha: meu papai mora lá longe. - parou de brincar e veio pra perto de mim.

Rd: e a princesa já conheceu ele? - perguntou.

Jasmine: rd para.

Rd: colfoi, deixa ela responder. - olhou pra ela de volta.

Jasmine: mamãe dixi que o papai feix coisa errada e eu não ia ver ele por um tempão - fez gestos com as mãos.

Ele virou pro dg que só olhava aquilo tudo com uma cara.

Rd: parabéns, eu acho que tu foi promovido a papai. - bateu no ombro do dg.

Xxx: vamos aisha, vovó vez uma merenda bem gostosa pra você. — ela saiu correndo pra cozinha toda feliz. — vem tu também Ricardo.

Rd: ué, como a senhora sabe meu nome?  – saiu andando com ela pra cozinha.

Olhei pro dg que tava calado.

Jasmine: cê não vai dizer nada? – tentei me aproximar mas ele recuou.

Dg: namoral, não toca em mim não. – levantei as mãos em rendição.

Dói né, mas fazer o quer.

Jasmine: Ok. – deixei ele e fui me sentar no sofá que tinha no terraço. — cê vai querer saber dá tua filha ou não?

Dg: filha? Que filha, eu não tenho filha nenhuma. – me olhou puto.

Jasmine: não, eu fiz com o dedo.

Dg: mina, se eu não tivesse vindo atrás de tu, eu nunca ia ficar sabendo, agora tu vem me perguntar se eu quero saber de filha.... se fuder jasmine, eu vi pra uma coisa só e eu vou fazer.

Jasmine: nossa que maravilha, vai matar a mãe da tua filha?

Dg: que se dane, eu não pedi pra tu ter essa criança, se não queria era só ter tirado. – olhei incrédula pra ele.

Jasmine: vem cá, tu acha que eu queria, em?.... tu acha que eu queria engravidar de você?.... eu tinha uma carreira brilhante pela frente, mas eu acabei com ela no dia que eu decidi te colocar nela.... escuta aqui, eu odiei tanto a aisha quando ela tava na minha barriga, eu culpava ela todos os dias por ter acabado com a minha vida, mas chegou um certo dia que eu percebi que não era ela que tava me fazendo mal e sim eu que tava fazendo a ela. – deixei as lágrimas caírem. — eu me culpo todos os dias por ter feito ela passar por tudo aquilo, ela não merecia meu ódio e sim meu amor, ela não tinha culpa de nada, a culpa era toda minha por um dia ter me apaixonado por você. E sim eu ia te contar, no dia que você saísse, eu ia contar.

Dg: esse deu discursinho de merda foi bem ensaiado viu, eu quase cai, quase. – deu um sorriso diabólico.

Respirei fundo. Eu tava cansada, tava  cansada de sofrer por ele, cansada de me culpar pela prisão dele, eu tava cansada de tudo e todos, eu só queria viver a minha vida em paz com a minha filha.

Jasmine: Diego, na boa – sequei as lágrimas que ainda insistia em cair. — cê não precisa assumir, ok? – me levantei.  — ela já tem a mãe dela, ela não precisa de um pai, ela ficou sem a presença dele por cinco anos, ela não vai morrer agora.

Sair dali e fui pra dentro de casa. Peguei aisha que tava no braço da minha mãe fui pro meu quarto.

Aisha: qui foi mamãe? – botou a mãozinha no meu rosto.

Jasmine: nada amor. – forcei um sorriso enquanto a lágrima descia. — brinca vai – entrei o ursinho de pelúcia favorito dela.

Aisha: mamãe, o tio ricardo disse que o moço que a senhora tava conversando é meu papai – me olhou toda esperançosa.

Jasmine: amor, escuta o que mamãe vai dizer, ok? – concordou. — Ricardo, mente.

Aisha: tá bom mamãe. – voltou a brincar.

Depois de uns minutos dentro do quarto, a porta abriu e o rd passou por ela.

Rd: a gente tá indo. – concordei. — a gente volta amanhã pro rio.

Caralho e eu aqui pensando que ele poderia mudar de ideia mais eu tava errada, completamente errada.

Jasmine: ok. – tá doendo viu, demais da conta.

Rd: olha, eu ainda tô com raiva de tu, mas não fica assim não. Se tu quiser eu te assumo com a pirralha. – riu.

Jasmine: minha filha agradece. –  se despediu da aisha e saiu.