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Cheguei no maranhão viva. Acho que o medo do Diego era que eu morresse no meio do caminho!

Meu voo atrasou pra sair do Rio, mas quando cheguei em São Luís, liguei pra minha mãe e ela me avisou que já tavam indo pro interro. Parece que os familiares decidiram que ia ser uma coisa rápida.

Então fui direto do aeroporto pro cemitério. Cheguei primeiro que todo mundo.

Aproveitei pra mandar uma mensagem pro diego e pra rayane avisado que já tinha chegado.

Depois de uns 20 minutos, o carro da funerária chegou e mais atrás o ônibus que trazia os familiares/ amigos.

Fui prestar meu apoio a família.

Tava passando um filme na minha cabeça, eu nunca pensei que um dia teria que vim ao interro do Roger.

Eu não sei se vocês lembram que lá no começo, eu disse que já tinha me envolvido com uma pessoa que tava no caminho totalmente diferente do que eu queria seguir...

Pois é, a agora ele tá dentro de um caixão, se ele tivesse me escutado, escutado a mãe dele, o pai dele, nada disso estaria acontecendo.

Mais preferiu seguir o caminho errado

Apesar de saber que qualquer hora ele podia ir, mas mesmo assim a gente acaba ficando em choque. Nunca imaginei que hoje estaria enterrando a pessoa que mais amei nessa vida.

[...]

Já tava na minha casa com minha mãe.

Jasmine: alguém ja sabe que matou ele? – me encostei na porta.

Mãe: dá não ouvir ninguém dizer nada.

Jasmine: mãe, mas os mlk daqui não vão tomar nenhuma providência contra isso não?... porquê até onde eu sei, foi outra facção.

Mãe: de uns tempos pra cá, esses pequeno tão tudo parado. – torceu o bico. — se eu fizer, eles também fazem.

Jasmine: não sei que porra de  bandidos são esses.

Mãe  então, como tá as coisas por lá? ainda tá na favela? – perguntou.

Jasmine: tô né mãe, mas já tô saindo... – respirei fundo.

Mãe: Ih já vi tudo – riu. — ele é bonito?

Concordei.

Ela ficou me olhando. Mamãe tinha esse mal de fica me olhando, tentando me decifrar.

Jasmine: daqui uns dias ele vai ser preso e eu vou voltar minha vida normal.

Mãe: é o que tu quer?

Mamãe e suas perguntas difíceis.

Jasmine: não é o que eu quero, mas é o certo. – me sentei do lado dela. — mãe, eu amo ele, mas eu não posso esquecer que foi pessoas como ele que mataram o Roger.

Mãe: jasmine, mas tu também só arranja problema

Jasmine: porra mãe, a senhora também não me ajuda né?!

Ela deu ombros.

Mãe: tu vai passar pelo menos uma semana comigo? – passou a mão pelo meu cabelo.

Jasmine: que nada, volto amanhã certo.

A gente conversou por mó tempão, foi vê como a loja dela tava, peguei umas roupas pra mim. Quando voltei, fui vê meu pai, fiquei um pouquinho com ele e depois voltei pra casa.

Quando cheguei em casa já era uma 20hrs, tomei um banho, vestir uma roupinha confortável e fui assistir novela com minha mames.

Antes de dormir ainda conversei um pouco com o diego.

[...]

De manhã cedo ja tava no aeroporto, esperando meu voo.

Tava no sono da porra, não dormir quase nada, sonhei com Roger, isso foi um gatilho pra mim não dormir mais....

Meu voo foi chamado, fui pra porta e embarque, depois de ficar esperando numa fila enorme, entrei no avião.

Ia aproveitar essa três horas de voo pra dormir.

Nem percebi quando o avião saiu e chegou. Uma moça que me acordou.

Peguei um taxi e mandei me deixar na favela.

Liguei meu celular e tinha um monte de mensagens, ligações. Da rayane, tatiana, henrique, delegado.

Meu coração gelou na hora.

Liguei pra primeira pessoa que me apareceu. Rayane!

Chamaa 📳

Colfoi das ligações?

Tu mentiu pra mim!

Mentir de quê?

O dg foi preso!

Preso? Como assim?

Eu sempre soube que tu não tinha pra cá atoa, eu achei tão estranho quando tu me disse que tava trabalhando com contabilidade, sendo que tu sempre dizia que ia ser polícia.

Rayane?


Não inventa de pisar aqui, se não vão te matar, a tua amiguinha já vazou.

Tu é que nem ela sabia?!

Chamada 📴





Uma x9 no morroOnde histórias criam vida. Descubra agora