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Sabe qual é o mal das pessoas que convive comigo?... é nunca boa fé no que eu falo, aí quando acontece o bagulho fica de mi-mi-mi pro meu lado. Hoje eu tinha tomado uma decisão, eu ia me mudar pro complexo do alemão e dane-se quem for contra.

Sabe quando tu tá em um lugar que tu não se sente bem vinda? Pois é, era desse mesmo jeitinho que eu me sentia dentro do morro da rocinha, além de não me sentir bem vinda, tinha à sensação de que tavam só esperando o momento certo pra armarem uma casinha pra mim, e também eu não aguentava mais ouvir a mesma ladainha a casa não é tua, se tu vivendo no bem bom é por conta do dg e da tua filha, era sempre a mesma coisa todos os dias.

O que mais me doía era que o diego sabia que isso não era verdade, mas ele não fazia absolutamente nada. Acho que pra ele era bom ver a namoradinha dele me humilhado, um jeito de se vingar pelo que eu fiz, mas chega uma dia da nossa vida, que a gente cansa e o meu foi hoje.

Dei uma última olhada na casa e não porquê sentiria saudades, mas pra mim lembrar de numa mais pisar o pé aqui.

Peguei a chave da casa em cima de mesinha e fui saindo, mas dei de cara com o diego.

Dg: pra onde tu pensa que vai?

Jasmine: que bom tu apareceu, facilita meu trabalho – estendi a chaves pra ele. — toma a chave da tua casa – dei ênfase na palavra.

Dg: pra quê vou querer essa chave?

Jasmine: não sei, isso já é contigo. – joguei a chave de volta na mesinha e tentei passar por ele que me impediu.

Dg: e tu acha que vou te deixar ir embora levando a minha filha.

Jasmine: primeiro para de achar que cê manda em mim. Segundo, não me vem com história de deixar ou não. – puxei meu braço.

Dg: cadê a minha filha?.... cê não vai sair daqui!– afirmou.

Jasmine: a minha filha, tá na minha casa e para de me tratar como eu fosse a tua prisioneira, porquê isso eu não sou. Diego, eu cansei, cansei de ouvir desaforo teu e dos outros e não poder dizer um aí.

Dgb escuta aqui...

Jasmine: cala a boca que eu tô falando, tu já teve o teu tempo de falar e eu escutei tudo calada e de cabeça baixa. – agora ele ia me escutar. — eu não vim aqui te pedi pra tu assumir tuas responsabilidades de pai, foi tu que foi lá, e depois de muita pressão do rd e da rayane. Eu não queria voltar pro rio e tu sabia disso, mas eu vim, porquê independente de qualquer coisa eu sabia que cê não tava fazendo por mal, tu só queria conhecer a nossa filha melhor e conviver com ela, mas o que adianta eu ter de ajudado e você não ter me retribuido.

Dg: cê queria que eu fizesse um altar e te botasse em cima?! – debochou.

Respirei fundo.

Jasmine:olha, tua casa já tá entregue, quando tu quiser ver a aisha é só avisar a rayane que ela trás a menina pra tu ver.

Dg: tu não vai fazer isso!

Jasmine: Diego, eu só quero ficar longe de você e de todos que estão ao teu redor, cê não percebe que cê me faz mal. Eu quero viver a minha vida e eu não vou conseguir estando aqui, então eu tô te perdido... perdido não, eu tô te implorando, deixa eu seguir a minha vida em paz porra, cê não conseguiu seguir a tua, não tá feliz?... então me deixa tentar viver a minha.

Doeu ter que dizer cada palavra mas também já tinha ligado o botão do foda-se.

Dg: para com teu exagero jasmine, eu nunca te fiz nada, tu deveria me agradecer por isso

Jasmine: esses 4 meses que tô aqui, você transformou a minha vida no inferno, tu e aquela tua mulherzinha de merda... eu não vim pra cá, pra ser conhecida pelo morro como a oportunista – se fez de desentendido. — colfoi, tu acha que eu não sei o que ela fala de mim... e sabe o que é pior, é você concordar com cada palavra que sai da boca dela ou tu vai negar? – botei a mão na cintura. — porquê o papel de mentirosa é meu, não é assim que você me chama por aí, mentirosa – forcei um sorriso.

Dg: tu queria que eu te chamasse de quer em? Cê mentiu a primeira vez e ta mentindo agora dizendo que tem alguém querendo te matar – riu. — todo mundo aqui sabe que tu só faz isso pra chamar a pprra da atenção.

Não disse mais nada, eu só sair.

Dg: mentirosa do caraio – gritou.

Meu olhos começaram a lacrimejar, as lágrimas que insistia em cair, eu ia limpando.

Um dos vapor do alemão tava me esperando no carro do outro lado da rua, eu só precisava chegar até lá pra minha minha vida nova começar. Mas foi quando eu escutei o primeiro tiro, olhei pro estirão da rua pra saber o que tava acontecendo, olhei pra trás, o diego saiu correndo de dentro de casa. Escutei o segundo tiro, só que dessa vez o tiro foi em mim, quando percebi já tava caída no chão, sentir aquele gosto de sangue e a última coisa que eu vi foi o rosto do diego.







Será o fim?

Uma x9 no morroOnde histórias criam vida. Descubra agora