Capítulo 6

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Berlim subiu em mim com um beijo selvagem. Sua boca era uma máquina, não parecia cansar nunca. Suas mãos foram para minha blusa e a puxou para cima, desgrudando nossas bocas apenas para passá-la pela cabeça e voltar a tomar-me de novo. Ele pegou meus seios e começou os massagear, gemi em sua boca a cada gesto seu. Infelizmente ele tirou suas mãos de lá e foi descartar meu short, e eu o ajudei a se livrar da sua calça. 

Ele pôs uma mão na minha coxa apertando-a e a outra por trás das minhas costas me erguendo, em seguida, me penetrou. 

—Porra — Suspirei em seu ouvido. Toda vez que ele me tomava para si parecia ser a primeira. Sempre vinha primeiro a pegada que me deixava vulnerável a tudo, depois a magia acontecia. 

A cada transa eu conseguia me controlar e ser silenciosa. Era um sacrifício, mas estava conseguindo. Berlim era mais difícil de se conter, parecia não se importar com o fato de as paredes terem ouvidos, que no caso era o quarto do Rio ao lado e o Tóquio na frente. Beijei-o para abafar seus gemidos enquanto ele estocava sem piedade. 

—Sua cama... Não faz... Barulho — Disse ele entre suspiros. 

—Ao contrário de você... Eu não gosto... Da cama grudada... Na parede. Merda — Expliquei com a voz entrecortada. 

Nossos corpos já estavam suados, o pulso acelerado a mil por horas a ponto de explodir de prazer. Berlim só aumentava mais o ritmo enquanto me beijava para abafar seus sons, passei as unhas em suas costas como forma de omitir os meus. Iriam ficar marcas feias, ainda bem que ele só andava metido em ternos. Sua boca foi para meu pescoço, onde ele mordiscava. Não acredito... Ele deixou marca. Ai inferno!

No momento aquilo era o de menos, eu já estava chegando no clímax e ele também. Berlim foi mais fundo e mais rápido, joguei minha cabeça para trás, esgotada. Ele continuou, enquanto meu corpo pedia que ele parasse um pouco pois estava exausto, minha mente não queria que ele parasse nunca. Finalmente ele atingiu o orgasmo e foi desacelerando. Ele se jogou ao meu lado e virou para me olhar ofegante.

—Você é perfeita. — Disse com aquele sorriso que me fazia delirar. 

—E você é delicioso. — Sorri me inclinando para beijá-lo. 

Afastei-me dele e tirei meu cabelo do pescoço para ele ver. 

—Você está vendo uma marca, certo? — Perguntei. 

—Sim. 

—Não devia ter feito isso, e se alguém ver? — Repreendi-o. 

—Ah, é? E se alguém entra no meu quarto quando eu estiver me vestindo? — Ele virou as costas mostrando as linhas vermelhas grossas por toda sua extensão — E isso está ardendo. 

—Mas o bom nisso é que você só anda bem vestido. — Me defendi. 

—É a mesma coisa que você cobrir com maquiagem ou com o cabelo, não? — Ele era um sacana mesmo. 

—Safado — Falei.

—Rainha — Retornou ele.

—Desgraçado.

—Deusa do Sexo. 

Não aguentei e ri de sua idiotice. Olhei para o criado-mudo e vi as horas. 

—Perdemos mais tempo que o previsto, é bom você voltar para seu quarto. 

—Claro. — Ele levantou e foi buscar sua calça que havia ido parar na porta. 

Sentei na cama para admirá-lo melhor: Acho que finalmente o universo foi justo comigo, colocando um homem desses no meu caminho, na minha cama. Claro que não seria para sempre, após o assalto cada um tomaria um rumo para sua vida diferente. Pensar nessa possibilidade provocava uma dor no peito. E eu sabia o que aquela dor significava. 

Berlim e Nairóbi - Amor acima de tudoOnde histórias criam vida. Descubra agora