Berlim e Nairóbi - Amor acima de tudo

Capítulo 35

 Acompanhei Berlim até a sua sala mais "chique" para saber o que queria enquanto os demais foram para rumos diferentes. Entrei e fechei a porta atrás de mim e virei.

—O que voc... — Fui interrompida com Berlim me pressionando contra a porta e calando minha boca com a sua.

De início pensei em empurrá-lo, mas a sua boca era tão deliciosa que acabei cedendo e o devorando de volta. Enlacei meus dedos em seu cabelo enquanto suas mãos explorava meu corpo sobre meu macacão. Berlim trancou a porta e fomos nos arrastando até sua mesa onde ele me sentou continuou a me beijar. Eu não queria ficar só até ali, precisava ir mais a frente.

Abri meu macacão e desci da mesa para descê-lo, depois fiz o mesmo com Berlim jogando sua camisa longe. Ele voltou a me beijar mais fundo e com mais desejo enquanto desabotoava meu sutiã e descia minha calcinha, tudo ao mesmo tempo e de forma prática e experiente. Ele pegou em minha cintura e me ergueu para irmos até a cadeira que no momento era o mais próximo de uma cama que tínhamos, então sentou comigo no seu colo, colocou o preservativo e me penetrou.

Levantei a cabeça para cima e fechei os olhos arfando enquanto subia e descia. Berlim segurou minha cintura e ajudou a acelerar os movimentos. Ele beijava e lambia meu pescoço me deixando com mais tesão ainda, eu já havia perdido o controle e gemia a cada movimento e estocada sua. Berlim apertou meus seios e arfei aumentando o ritmo, segurei em seus ombros enfiando a unha em sua carne quando senti o clímax se aproximar. Voltei a beijá-lo e Berlim mordeu meu lábio inferior e senti o gosto metálico e salgado, mas não me importei e continuei a explorar sua boca, fazendo nossas línguas se maravilharem uma com a outra.

Aumentamos mais ainda a velocidade quando o orgasmo se aproximou mais. Com a respiração curta, nossos corpos suados em contato um com o outro e com o coração a mil por horas, chegamos ao prazer. Era como se jogar de uma montanha; com cada nervo do corpo em movimento e a adrenalina domando tudo. Apoiei minha cabeça em seu ombro e ele no meu, soprando seu hálito quente em minha orelha e me fazendo arrepiar.

Seus dedos acariciavam minha pele em círculos, com todo cuidado possível. Levantei a cabeça e olhei em seus olhos, que eram cheios de amor. Fechei os meus e rocei meu nariz em sua bochecha devagar até encontrar sua boca, onde a tomei para mim. Ficamos um bom tempo assim, até que me afastei sem ar e o encarei.

—Acho que você me chamou aqui para outra coisa, não? — Perguntei passando os dedos em seu rosto.

—Também — Ele riu — Não aguentava mais tê-la perto de mim sem poder te tocar como eu realmente queria... Toda vez que te vejo sou tomado pelo desejo e vontade de ficar ao seu lado o tempo inteiro. Eu só queria mais momentos como esse. — Falou enquanto depositava beijos leves em meu ombro nu.

—Eu confrontei o Denver por causa da sua suposição, aí vem você e me tira o lugar no pódio.

—Dane-se o Denver, eu que não vou perder a chance de estar com a mulher mais incrível por conta das suas idiotices.

Sorri e o abracei fechando os olhos em seguida. Cada vez que eu o abraçava, sentia seu cheiro e o tinha para mim, a saudade já aumentava e o medo de perdê-lo também. Suspirei e tentei afastar esse pensamento, eu só queria aproveitar sua companhia, mas a companhia desse Berlim amoroso aqui, o outro que sumisse e morresse. Soltei-o e me levantei, ficando de pé para pegar minhas roupas que estavam na mesa. Berlim levantou e veio até mim me abraçando por trás.

—Mas já? — Disse em meu ouvido.

—Precisamos trabalhar, está mais perto de sairmos daqui, e o dever me chama.

—Eu não consigo olhar seu corpo assim sem ficar com vontade de te jogar nessa mesa e devorar toda. Quero cada parte sua para mim...

Ele ia dizendo imoralidades e eu ficando cada vez mais caída para seu lado. Mordi meu lábio e fechei meus olhos tentando recuperar a postura e não cair na sua lábia. Virei de frente para ele e o beijei, mas um beijo rápido, então me afastei.