Capítulo 16

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O motor do carro roncou lá fora e todos corremos para ver. Primeiro saíram o Professor e o Moscou, depois Denver. 

—Ele não veio? — Perguntou Tóquio. 

—Acho que sim, Denver está a esperar com a porta aberta. — Segundos depois, ele desceu. 

Ele não, ela. Era uma mulher alta, magra, estilosa e muito linda. Ela pegou sua bolsa e veio na nossa direção acompanhada dos demais. Olhei Tóquio e franzi o cenho.

—Não era um homem? — Falou Tóquio com a mesma expressão de dúvida.  

—Olá, tudo bem? — Cumprimentou ela tirando os óculos de sol e exibindo um sorriso gentil. 

Todos nós respondemos. 

—Moscou, você não disse que era seu afilhado? Um rapaz? — Tóquio estava mais curiosa que eu. 

—É, bem, sim, é meu... — Ele começou mas não sabia como falar. 

—Sou sim afilhada dele, e me chamo Julia. Sou transgênero. — Falou ela com gentileza. 

Não consegui evitar arregalar os olhos. Eu nunca havia visto alguém assim tão de perto, e não sabia distinguir minhas emoções: Se era surpresa, alegria, choque... Eu só fiquei sem palavras. Olhei os outros, e apenas eu e Tóquio nos olhamos entendendo uma a outra; nossa aposta havia acabado e não existiria os 20 mil euros extra. O Professor pigarreou. 

—É, Julia, lembra das três regras? Qual a primeira delas? — Ele falou para a mulher. 

Ela ficou vegetando por uns segundos. 

—Ah, sim, nada de nomes. Podem me chamar de Manila. 

Saí do meu transe e fui cumprimentá-la melhor. 

—Seja bem-vinda, Manila. Me chamo Nairóbi. — A abracei. 

—Prazer, Manila. Tóquio. — Ela apenas apertou a mão da outra. 

Todos se apresentaram e a receberam bem, como o Professor havia pedido. Fomos para a sala de jantar, já que ninguém teve coragem de pôr a mesa fora. Sentamos e nos servimos.

—Então o negócio de "nada de nomes" é sério mesmo, né? Cada um tem nome de cidades. — Falou ela. 

—É preciso para a segurança de todos. Tudo aqui é muito profissional para que não tenhamos problemas desnecessários. — Respondeu Professor.

Olhei para Berlim e tomei um gole da minha cerveja desviando o olhar, já ele sorriu sem se importar. Essa regra do Professor não se aplicou desde o primeiro dia. Pelo menos com nós dois, Tóquio e Rio.

Ficamos a conversar mais um pouco, Manila iria passar apenas três dias, tempo suficiente para seu treinamento. Mas era uma pena, porque ela era engraçada pra caralho e tinha uma experiência de vida impressionante. Depois do almoço o Professor iria adiantar algumas coisas com ela antes da aula de amanhã. Mas depois, nós iríamos sentar e conversar muito. 

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Ele apertava meu peito contra a parede enquanto estocava por trás. Sua mão estava em minha boca para abafar meus gritos a cada metida sua. Berlim ergueu minhas mãos e as segurou ao alto da minha cabeça e enfiou o rosto em meu cabelo enquanto ofegava, senti minha barriga ardendo por conta do atrito da parede nela. Ele finalmente gozou e diminuiu a pressão, rodei e mudei nossas posições, enfiando minha língua em sua boca. 

Suas mãos tocavam cada lugar do meu corpo, acariciando as partes mais delicadas. Comecei a tocá-lo também arrancando gemidos do fundo da sua garganta, o que me deixava louca. Ele me levou até a cama e me deitou sem largar minha boca, abriu minhas pernas e foi em direção a minha vagina enfiando dois dedos. 

Berlim e Nairóbi - Amor acima de tudoOnde histórias criam vida. Descubra agora