80 HORAS DE ROUBO
Três dias muito produtivos para nós, já que se imprimem oito milhões por hora. Ainda mais com a ajuda inestimável dos reféns. Orientei cada um no que deveriam fazer e como, e todos faziam muito desanimados, apenas Mónica que tinha um sorriso no rosto. Para quem havia levado um tiro na perna e quase morrido duas vezes ela estava muito feliz.
—Vamos, gente! Preciso disso contado em meia hora. O deu em você? Acorda garota! — Falei para Alison que parecia uma mosca morta — Olha como ela trabalha, com um sorriso lindo — Segurei no rosto da Mónica, que sorria feito boba — Ao trabalho, galera! Ao trabalho! Porque trabalhar significa dinheiro, porra! — Bati palmas para ver se animava.
Peguei meu pincel e meu apagador e atualizei mais uma vez os números. Convertidos em cúmplices e com o sonho de receber algum dia um milhão de euros pelo correio, todos faziam seu trabalho certinho. Conclui os cálculos e peguei um pacote já pronto com 1 milhão.
—Vem comigo, bebê — E sai até o túnel, para onde já estávamos preparando tudo.
Já haviam se passados muitas horas desde a fuga dos reféns, e também, muitas horas desde a última ligação do Professor. O ciclo era a cada 6 horas até completar as 24, e já estávamos entrando nas 16 horas das ligações de controle dele e nada. Aquilo era muito preocupante, pois a frase que ele havia dito na aula ainda rodava em minha cabeça:
—E se ficarmos 24 horas sem falar contigo? — Perguntei na conclusão da sua fala.
—Então, significará, com total certeza... Que terei sido preso e estarei sendo interrogado.
Aquilo no momento causou muito burburinho entre nós e preocupou bastante, mais que o necessário. Ele era nossos olhos e ouvidos lá dentro, caso alguma coisa acontecesse, estaríamos fodidos, numa verdadeira piscina de merda.
Coloquei o pacote sobre uma pilha e me recostei na lateral da porta a olhar aquelas maravilhas, que aos poucos estavam recheando o lugar. Senti um tapa leve nas costas e virei para ver Denver ao meu lado com um sorriso de orelha a orelha.
—Isso é uma puta cena dos céus, não? — Disse ele entrando e abrindo os braços — Olha isso — Pegou dois pacotes — Com isso eu compro minha Maserati e ainda sobra mais daqui. E os outros pacotes que ainda vão ficar? — O louco jogou os pacotes para cima e gritou.
Sorri da sua idiotice e fui até lá.
—Com um desses eu já resolvo meus problemas, o restante vai ser só pura curtição! Irei para as melhores boates e festas, para os melhores restaurantes, comprarei nas melhores lojas de roupas e viajarei no maior luxo para onde quiser! — Gritei.
—Cara, está sendo um sonho — Ele disse com o sorriso logo se desfazendo — Mas até agora o Professor não ligou, e já sabemos o que significa: Que não vai ter Maserati e nem roupas de grife, apenas passar o resto da merda da vida na porra de uma cadeia.
Coloquei a mão no seu ombro como forma de tranquilizá-lo.
—Vamos manter a fé, ainda faltam 8 horas, ele pode aparecer — Falei encarando seu rosto sério — Vamos fumar um cigarro para relaxarmos e esquecer isso.
Ele concordou e então fomos para nossa sala, onde Berlim, Moscou e Tóquio já estavam. Ela andava de um lado para o outro aparentando muito impaciente e os outros estavam ao lado do telefone.
—Ele ligou? — Perguntei sentando ao lado de Berlim.
—Não. — Moscou disse desanimado.
—Puta que pariu... — Denver resmungou sentando do outro lado abrindo uma garrafa de água.
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Berlim e Nairóbi - Amor acima de tudo
FanfictionÁgata Jiménez tem a esperança de que sua vida possa mudar após esse assalto A Casa da Moeda da Espanha, resolvendo todos os seus problemas. Mas mal sabia ela que esses 5 meses na casa de Toledo poderiam ser incríveis. Principalmente por ter Berlim c...