Não me deixes

Capítulo 56| Francesca

'I really like to party
I really like your body
I don't know why you hide it
I wanna see it, behind me'

- SAD GIRLZ LUV MONEY (remix)

Quarta-feira, 14 de fevereiro

Não quero gabar-me, porém, eu tenho literalmente o melhor namorado do mundo.

Ricciardo planeou um dia magnífico para nós os dois, no melhor hotel das redondezas. Vamos pernoitar de hoje para amanhã, usufruindo do spa, do restaurante e das animações noturnas.

O loiro certificou-se de que a nossa estadia seria perfeita. Ele preocupou-se com todos os detalhes e fez questão de personalizar absolutamente tudo de acordo com os meus gostos.

Saímos de casa cedo, uma vez que tínhamos quase três horas de viagem pela frente. No caminho, paramos para almoçar, atrasando a nossa viagem mais uma hora e meia.

Assim que chegamos ao hotel, a meio da tarde, exploramos todos os andares. No rés do chão, o restaurante e o salão ocupava metade do espaço, deixando a recepção e a esplanada mais reservadas. No andar térreo, a zona do spa e o ginásio eram encantadores.

A piscina era gigante, rodeada de espreguiçadeiras confortáveis com uma mesinha de apoio. O ambiente era húmido e quente, mas de uma maneira agradável. No corredor, as salas de sauna e de banho turco estavam ocupadas, as macas de massagem com todos os produtos expostos ao lado e a jacuzzi borbulhava.

Esta estadia deve ter custado uma fortuna, mas só consigo pensar em todo o carinho que o loiro demonstrou por mim com esta surpresa.

Subimos diretamente para o restaurante, ansiosos para provar todo o cardápio do jantar.

- Um banquete para a minha leoa. - brinca.

Gargalho com a sua afirmação, porque deixa bem claro o quão faminta eu sou. Adoro experimentar novas comidas e ele fez questão de pedir um prato típico de cada país.

A nossa mesa situa-se no canto do restaurante, dando-nos mais privacidade. O sofá vermelho que serve de assento é extremamente confortável.

Tudo estava delicioso e a companhia dele tornou tudo muito mais agradável. Rimos bastante, principalmente porque Ricciardo não conseguia parar de fazer piadas com tudo o que se passava à nossa volta.

Depois de um tempo, quando não conseguíamos mais comer, Ricciardo sentou-se ao meu lado. Encostei-me a ele, descansando a cabeça no seu peito. O loiro desliza a mão pelas minhas costas e eu sinto um formigueiro percorrer a minha pele.

É impressionante como o seu toque, o seu cheiro, sempre me inebria.

- Como está a correr a faculdade? - ele pergunta num tom ligeiro.

- Muito bem! - sorrio. - É tal e qual como idealizei e ter a Mathilde por perto faz-me sentir mais segura e motivada.

- Tens sempre o teu anjinho da guarda contigo. - brinca.

- Não podes falar muito, também tens o Ian. - pontuo.

- É verdade. Eles não vivem sem nós.

Gargalho, porque é exatamente o contrário. Mathilde e Ian adoram-nos, evidentemente. Contudo, somos muito mais dependentes deles do que eles de nós.

- Espero que estejam a dar-se bem. - comento. - Seria melhor para todos se eles conseguissem superar o que aconteceu.

- O Ian é muito complicado. - Ricciardo reflete. - Quando vos conhecemos, eu previ que acabaríamos por nos apegar. Temi que o desfecho não fosse o melhor, confesso, mas agora estamos aqui. Felizes e com um futuro brilhante pela frente. Eles também vão encontrar o seu caminho.