Talvez uma dedicatória.

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Olá!

Eu sou a vallient e essa é a minha primeira obra publicada permanentemente, já faz algum tempo que esse enredo não sai da minha cabeça, então decidi escrever.

Ao decorrer da história poderá conter: Palavreado de baixo calão, violência física e piscológica, uso de drogas lícitas, negligência, morte, linguagem e cenas de sexo explícitas, insinuações a sexo e dirty talk.

Então se for sensível a qualquer tópico acima, recomendo não prosseguir com a leitura.

Estejam preparados para qualquer coisa.

Espero que gostem, dei bastante duro para desenvolvê-la.

É uma obra fictícia que retrata um romance lésbico brasileiro.

Se puderem e quiserem interajam com a história, vou adorar ver as suas reações ou esclarecer possíveis dúvidas. Só não serão bem-vindas críticas sem embasamento, ou destilação de ódio a minha pessoa, aos meus personagens e as minhas histórias.

Divirtam-se!

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Olha eu nem sei o porquê de estar escrevendo essa história, na verdade eu tenho medo de esquecê-la em meio a tantas outras com outras pessoas, mesmo sabendo que é quase impossível, pois a revivo todos os dias em minha memória e a sinto tomar boa parte do meu coração.

Eu nunca a esqueceria, mas como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar.

Já tem alguns anos que planejo colocá-la em um papel, mas recuo toda vez em que lembro que te disse que nunca escreveria um livro de romance, que hipócrita, não? Olha onde estou agora.

Sempre achei todos os romances clichês, uma mesmice, e você fez a questão de me mostrar sua visão, rebateu a minha crítica dizendo que mesmo que fossem clichês, eram únicos, pois as pessoas são particulares e diferentes, os enredos poderiam ser os mesmos, porém os sentimentos nunca, temos jeitos distintos de sentir e de escrever histórias.

E nessa de me mostrar sua visão, você acabou me revelado uma vontade secreta, em que um dos seus sonhos era viver um romance de livro.

Pois bem, hoje me encontro na mesma mesa de madeira em frente a janela observando os pingos de chuva caírem e escorrerem pelo vidro embaçado, como você fazia quando queria inspiração para algum trabalho. Estou tomando uma xícara do café que me ensinou a fazer, mas nunca vai se comparar ao seu porque eu sou péssima em qualquer coisa na cozinha...

O café já esfriou com o tempo que estou aqui, com a mesma expressão irritadiça porque nada é do meu agrado e nada que escrevo será tão grandioso como a nossa história.

E é nesse momento em que entro em confusão e choro por saber que não terei o seu abraço para me acalmar quando meu bloqueio criativo se transforma em um muro enorme e difícil de escalar. Logo o choro que seria de raiva por não conseguir escrever o que penso, se transforma em um choro de saudade e eu volto a reviver nossos momentos todos novamente, volto a estaca zero, o início do livro.

Às vezes eu tenho medo de perder seus traços e o tom da sua voz com o tempo, apesar de lembrar como ninguém de cada pequena parte do seu corpo e do que você me permitiu conhecer sobre sua personalidade. Mesmo que esteja tudo tão marcado em meu coração, ainda tenho medo dessas memórias se tornarem cinza como o céu que observo hoje. Então transformo tudo o que vivemos em eterno escrevendo esse livro, sabendo que nada do que deixo aqui serão palavras ao vento, pois realmente fizemos parte desses momentos.

Não sei se isso em que escrevo agora é uma dedicatória, até porque o livro inteiro é para você. Não sei se dedicatórias ficam no início ou no fim do livro e eu como autora deveria saber, também não sei se já é o capítulo de número um ou se o livro começará no próximo. Acredito que já tenha dado pra perceber que não sei de muita coisa, isso demonstra bem a minha tamanha confusão mental e a desordem que ficou.

Eu queria que um dia você lesse, mesmo sabendo que é impossível já que não está mais aqui e faz tempo. Mas fico feliz em realizar seu desejoporque agora, você está em um livro de romance, comigo.

Um Livro para Melinda - Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora