Insegurança.

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25 de Setembro de 2015.

Pelo amor de Deus, se for insegurança

Tira do teu coração

Já é tarde, vamos nos deitar

Se quiser conversar na nossa cama

Porque sei que tudo isso passa

Você me abraça e a gente se ama...

— Então é isso que está tirando o seu sono? — Perguntou apertando mais a ruiva em seus braços.

— Sim, eu estou com ciúme. — Respondeu manhosa.

— Ô meu bem, mas não aconteceu nada. —Respondeu com seu coração derretido.

— Eu sei e sei que você não teve culpa de nada, você não retribuiu a nada... Mas isso me aperreia, eu sou ciumenta demais. — Comentou revoltada consigo. — Que cara de pau... — Esbravejou chateada. — Estava claro demais.

— Eu demorei a perceber. — A morena falou.

— Eu notei assim que olhei, ela tava muito cheia de gracinha. — As bochechas já começavam a corar pelo fluxo sanguíneo que aumentava de ritmo.

— Oxe, tava evidente assim? Ou eu sou muito ingênua... — Expressou pensativa.

— A questão é que eu conheço a Eva, eu sei o que ela usa para chamar atenção de alguém porque eu já fiquei com ela. — E então Jasmine percebeu que tinha soltado uma informação que não queria, se repreendeu mentalmente por isso.

— Como é que é? — Melinda franziu as sobrancelhas, agora quem sentia o sangue ferver era ela.

Odiava a facilidade que sua mente tinha para imaginar coisas, imaginou Eva dando em cima de Dalia e não gostou, nem um pouco.

— Acho melhor a gente mudar de assunto. — Sugeriu com uma expressão totalmente fechada, mas se rendeu a uma risada porque ia ser sincera logo depois. — Acho melhor mudarmos porque eu não vou conseguir disfarçar meu ciúme e eu já fui bombardeada demais pela minha mente agora.

— Vamos mudar de assunto então... — Jasmine falou se encolhendo mais nos braços da companheira, a morena apertou mais a conchinha.

— Gostasse da minha "mainha"? — Perguntou imitando o sotaque da empresária.

— Sua mãe é um amor, ela foi muito atenciosa comigo, foi tão bom ser tratada assim depois de tanto tempo. — Melinda comentou encantada, realmente se sentia aceita. — E ela é jovem, né? Bonita.

— É sim, eu puxei mais pro lado dela... Ainda bem. — Agradeceu. — Meu pai não é feio sabe, ele também é bonito, mas minha mãe... Minha mãe é demais. — Disse orgulhosa. — Minha beleza toda vem dela.

— Eu notei. — Observou.

— Você tem irmãos, né? Legal, eu sou filha única. — A escritora tinha uma voz um tanto desanimada, parecia ter se lembrado da sensação ruim que sentia antes.

— Sim, eu tenho dois irmãos mais velhos, o Francisco e o Jhonnatas, eu sou a caçula. — Respondeu fazendo carinho na ruiva, ela realmente parecia estar chateada com a situação de antes, não gostava de sentir o sentimento.

Melinda esquecia fácilmente do ciúme, porque conseguia encher sua mente falando para si mesma que Jasmine agora estava com ela e que ela poderia aproveitar ao máximo a companheira, em todos os sentidos... Mas Dalia ainda não havia chegado nessa conclusão, era a mais ciumenta das duas.

Um Livro para Melinda - Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora