Amado.

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Aviso de conteúdo sensível: Insinuações a sexo e cenas de sexo explícitas.

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01 de Setembro de 2015.

— Jasmine? — Melinda chamou notando que a ruiva não estava mais deitada ao seu lado. 

Não obteve respostas.

Tateou procurando seu celular por onde estava acomodada, queria consultar o relógio. Ainda eram 23:00 horas da noite. Ouvia bem a melodia dos grilos da mata, coçou seus olhos tentando fazer com que sua visão ficasse menos embaçada, arrumou seus cabelos rapidamente e então abriu o zíper da grande barraca colocando a cabeça para fora a procura da outra mulher.

Sua visão focou de imediato na silhueta sinuosa da moça sentada apenas de biquíni, ventava e dava para ver que seus pelos estavam eriçados. A luz da lua iluminava parte do seu corpo, deixando os cabelos ruivos ainda mais bonitos desgrenhados e selvagens. Ela olhava para a cachoeira, mas não parecia estar focada ali, se encontrava pensativa, mexendo em seus próprios dedos. Costumava fazer isso quando estava ansiosa.

A morena então levantou devagar e saiu da barraca na ponta dos pés tentando não fazer barulho, Dalia parecia não notar a presença dela. A escritora se levantou na pedra, levou as mãos até as costas desfazendo o nó da parte de cima do seu biquíni e nessa hora o coração de Mel se acelerou e sentiu o frio invadir seu estômago. 

Jasmine tirou a parte de cima da roupa de banho deixando suas costas nuas, mostrando bem a pele branca cheia de sardas que era bonita e cintilante. Depois percorreu as mãos até a parte de baixo, na última peça, e se livrou ficando totalmente despida. 

Melinda tapou os olhos em respeito, mas ainda conseguiu contemplar o belo corpo nu até que ouviu o barulho do impacto e deduziu que a artista havia entrado na cachoeira. Segundos depois viu a moça aparecer de novo na superfície inspirando profundamente, tinha para fora da água apenas sua cabeça com os cabelos agora escorridos e tirava o excesso de gotículas do rosto.

— Está tudo bem? — A morena perguntou se aproximando, fazendo a companheira virar-se em um solavanco, assustada com a presença. — Desculpe, eu não queria lhe dar um susto. — Falou se sentando na mesma pedra onde a moça estava antes.

— Tudo bem. — Respondeu sem graça, seu semblante era sério. Melinda se preocupou pois nunca tinha visto ela adotar aquele tom.

— Percebi você mais quieta hoje, o que aconteceu? Acordei e você não estava. — Agora cogitava entrar na cachoeira gelada apenas para ficar perto da ruiva.

— Não consegui dormir, meus pensamentos estavam conturbados demais. — Proferiu em confusão indo para o mais fundo que podia.

— E você quer compartilhar eles comigo? —  Deu abertura entrando na cachoeira, o choque da água gelada no corpo quente a fez começar a bater os dentes, nadou até a moça ficando próxima a ela.

— Não sei... — Disse pensativa.

— Entendi... Sou eu, não é? —  Mel sentiu a culpa pesar em seus ombros, imaginou que era.

— Não sei se quero dizer a verdade. — Segurou a empresária e devagar foi levando-a até uma parede de rocha, onde a prensou fazendo-a estremecer ao sentir a superfície.

— Você sabe que acabou de confirmar, não é? — Perguntou calmamente prestando atenção.

— Tudo bem... Vou dizer. Eu não iria conseguir guardar por muito tempo mesmo. — Se rendeu após respirar fundo. — Por que você me deixa tão confusa? 

Um Livro para Melinda - Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora