Ainda bem.

337 44 16
                                    

24 de Setembro de 2015.

— Não tinha como essa casa não ser sua. — Jasmine riu com o comentário da morena que havia acabado de chegar em seu apartamento.

Melinda admirava o local com cores alegres e cheio de plantas de todos os tipos, samambaias, suculentas e outras que ela não tinha identificado a espécie.

— Não é? — Comentou sorrindo e abraçando a companheira por trás.

— Linda casa, amor. — A empresária elogiou.

— Opa. — Cumprimentou Ana Clara saindo de dentro de um quarto com um sorriso forçado de culpa por ter atrapalhado o casal.

— Tudo bom, Ana? — Melinda perguntou sorridente.

— Tudo ótimo e com você? — Ainda estava tímida na presença dela.

— Tudo bem também. — Respondeu simples, mas gentil.

— Chagasse cedo mulher. — Ana reclamou com a aniversariante.

— Vim ver se você precisava de ajuda né. — Dalia deixou um beijo na bochecha morena e deixou de abraçá-la.

— Tá tudo pronto já. Você não quis bexigas, nem chapeuzinhos de papelão. — Reclamou cruzando os braços com uma expressão divertida no rosto.

— Poxa amor, eu ia adorar te ver de chapeuzinho. — Melinda disse fazendo Ana Clara rir.

— Eu fico uma gracinha de chapéu, mas não vou dar esse gosto a vocês. — A escritora deu de ombros.

-

A casa já estava cheia de amigos de Dalia, Melinda se encontrava sentada no sofá e mexia no celular enquanto esperava a ruiva voltar com Ana Clara, as duas tinham saído para comprar mais bebida visto que havia chegado mais gente do que o esperado.

Nesse momento uma moça sentou ao lado da morena fazendo ela tirar a atenção do celular, sua expressão era hesitante parecia estar indecisa. Seu rosto era familiar, tinha cabelos ruivos e longos encaracolados, olhos azuis, era jovial, ainda que parecesse ser alguém mais velha, era magra e alta, tinha sardas pelo corpo, sobrancelhas grossas e preenchidas. Melinda engoliu em seco imaginando quem poderia ser.

— Oi, tudo bem? Você sabe me informar onde está a Jasmine? — Perguntou para Melinda.

— Ela saiu com a Ana Clara pra comprar bebida, mas já deve estar voltando. — Respondeu em simpatia, estava nervosa, mas não deixava isso transparecer no seu modo de falar ou no comportamento.

— Você é nova aqui, não é? Nunca vi seu rosto no meio dos amigos dela. — Os olhos azuis observavam a morena milimetricamente. — Eu me lembraria. — Adicionou mais um comentário. — Digo... Você é uma moça muito bonita.

— Obrigada. — A empresária sentiu-se mais nervosa após o elogio. — Nós nos conhecemos a uns dois meses, mas nos aproximamos muito ultimamente... — Deixou no ar, para que a mente da moça tirasse a conclusão que quisesse do "nos aproximamos muito".

— E qual é o seu nome? — Questionou, ela era gentil.

— Melinda Andrade, muito prazer. Qual é o seu? — Devolveu a pergunta.

— O prazer é todo meu, Melinda, eu me chamo Tânia, sou a mãe de Jasmine. — Ela se apresentou, a morena sabia que era ela, os traços não negavam, Jasmine puxou muito o lado da mãe.

Depois da confirmação seu coração ficou acelerado, a empresária era uma mulher segura, porém a segurança se esvai inteira quando conversava com alguém que precisava da aprovação, a sua sogra.

Um Livro para Melinda - Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora