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01 de Setembro de 2015.

Eu levo a sério mas você disfarça

Você me diz à beça e eu nessa de horror

E me remete ao frio que vem lá do sul

Insiste em zero a zero e eu quero um a um

Sei lá o que te dá, não quer meu calor

São Jorge por favor me empresta o dragão

Mais fácil aprender japonês em braile

Do que você decidir se dá ou não...

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"Tava querendo uma cachoeira, vamo? Só tu, eu e a natureza" enviada por Jasmine às 15:30PM.

"Agora, arruma a bolsa e pega pijama, passo ai na tua casa nestante. E nada de roupa chique viu Melinda!"  enviada por Jasmine às 15:35PM.

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— Tudo certo para irmos? Você está bem? — Jasmine perguntou entrando no quarto.

— Só estou terminando de pegar algumas coisas, tô com uma dorzinha leve na cabeça, mas nada que impeça a gente de ir. — Comentou juntando alguns itens de higiene pessoal.

— Tem certeza que dá pra ir? A gente pode deixar pra outro dia. — Se preocupou porque a saúde vinha em primeiro lugar.

— Tá tudo certo, já tomei remédio. — Ela sorriu em gentileza. — Com que roupa se vai a uma cachoeira? — Estava realmente perdida, cruzou os braços.

— Com roupa leve e tênis, porque tem uma trilha antes dela. — Dalia respondeu colocando a bolsa pesada com a barraca desmontada em cima de uma poltrona.

— Trilha é? — Fez uma expressão de desagrado, estava com preguiça.

Procurava em seu grande closet as roupas, pegava peça por peça e mostrava a Jasmine para ver se ela aprovava, na maioria das vezes a ruiva negava.

— Prometo que a cachoeira compensa. Tu não tem uma roupa que não seja social? — Questionou ajudando a morena.

E então ela foi para outra área, voltando com blusões, short soltos, jeans e camisetas. A escritora confirmou dobrando as peças colocando na mochila da companheira. Mesmo assim, todas elas eram de ótima qualidade.

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— Você não quer ajuda com as bolsas? Tá pesado? — Perguntou se oferecendo já que tinha as mãos livres e apenas uma mochila nas costas. Elas andavam em meio as outras pessoas, estavam no centro da cidade.

— Não, não, tá leve, tá de boa. Eu só preciso passar aqui no mercado rapidinho pra comprar algumas coisas para comer. — Jasmine falou parando em frente a um supermercado grande, tirou a bolsa das costas e deixou no pé de Melinda pois ela ficou esperando do lado de fora.

Sentiu seu celular vibrar inúmeras vezes no bolso, mas ignorou a ligação, já imaginava quem era e não estava a fim de piorar a sua dor de cabeça respondendo as perguntas de Isabel.
Dalia voltou em pouco tempo com algumas sacolas, decidiram andar até um lugar mais vazio para que pudessem organizar as coisas direito para darem início ao passeio.

— Ele não vai parar de tocar se você não atender. — A ruiva alertou se incomodando com o barulho que não cessava.

Mel assentiu entendendo o aviso que era para ela acabar com aquilo, atendeu a ligação.

Um Livro para Melinda - Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora