26 de Setembro de 2015.
Talvez ela saiba de cor
Tudo que eu preciso sentir
Pedra preciosa de olhar
Ela só precisa existir
Para me completar...
Jasmine terminava de colocar as malas de Melinda dentro do carro enquanto ela trancava a porta da frente do seu apartamento. Era hora de ir viajar e dona Tânia já tinha ligado impacientemente para dizer que estavam demorando mais que o normal, nem tinham saído de casa ainda.
A morena ergueu os óculos de sol, colocando eles em cima da cabeça, abriu seu pirulito depositando-o na boca e entrou dentro do carro esperando Dalia, pronta para dar início a viagem.
Depois de uma hora na estrada sentiram seus estômagos reclamando pedindo comida, visto que não tinham se alimentado ainda, após passar por um pequeno vilarejo pararam em uma vendinha para comprar alguma coisa rápida e simples de comer, apenas para enganar a fome, já que Tânia esperava para o almoço.
Melinda sentia uma leve dor de cabeça se iniciar e enquanto dirigia piscava algumas vezes freneticamente para voltar a ver nitidamente, já que sua vista embaçava do nada, colocou seu óculos de grau achando que seria a falta dele, mas a confusão continuou a acontecer.
Jasmine voltou com a comida e então elas seguiram pegando a estrada, a empresária dirigia bem, a estrada vazia ajudava com que elas pudessem andar mais rápido. Mas a vista da morena começou a embaçar novamente.
— Amor, você sabe dirigir? — Perguntou olhando rápidamente para a companheira.
— Sei, mas faz tempo que não pego num carro, por quê? — Respondeu tomando seu achocolatado de caixinha.
— E você quer pegar? — Questionou empolgada.
— Nam, sei não, teu carro é todo atualizado. Tu confia? — Estava Insegura.
— Mas é claro. — Confirmou.
— Espera eu terminar de comer?
— É que eu tô sentindo minha vista um pouco cansada, tá começando a embaçar. Não se preocupe, eu te dou a comida na boca. — Mel sugeriu encostando no acostamento e parando o carro.
— Na boca? — Olhou para Melinda sorrindo, gostou da idéia. A morena gargalhou.
— É, amor. — Tirava o sinto se divertindo com a reação da ruiva.
— Ai, então eu concordo. — Jasmine saiu do carro saltitante.
Trocaram de lugar, demorou alguns minutos para que Dalia entendesse o funcionamento do carro, então voltaram a pegar a estrada novamente, dessa vez sem pressa.
A empresária comia suas batatinhas enquanto volta e meia a ruiva tirava os olhos da estrada rápidamente aceitando o alimento, ou para sugar o líquido achocolatado que ainda não havia acabado. Melinda pensou ter visto algo na beira da estrada, piscou várias vezes para ter certeza do que era.
— Encosta ali rapidinho. — Pediu e Dalia obedeceu, a morena tirou seu cinto com rapidez e saiu do carro sem fechar a porta, entrando no mato que estava na altura da sua tíbia. — Corre aqui, amor! — Gritou alterada ao ver que sua suspeita estava sendo confimada.
Jasmine não entendeu o desespero, desligou o carro e saiu dele, correndo atrás da morena, ao se aproximar viu ela agachada com uma expressão triste, e no chão, um cachorro deitado e ensaguentado com as duas patas traseiras quebradas. O animal estava vivo e mesmo com muita dor não deixava de retribuir ao carinho que recebia na cabeça, em lambidas.
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Um Livro para Melinda - Lésbico. (CONCLUÍDO)
Romance• Livro 1 da saga "Para Nos Eternizar". • Jasmine, uma escritora com todo seu jeito de romântica incurável, conhece uma moça um tanto quanto reservada e encantadora num barzinho da cidade em que mora. O caminho das mulheres se cruzam por obra do des...