Um Livro para Melinda - Lésbico. (CONCLUÍDO)

Monalisa.

12 de Agosto de 2015.

Paralisa com seu olhar

Monalisa

Seu quase rir ilumina

Tudo ao redor, minha vida

Ai de mim, me conduza

Junto a você ou me usa

Pro seu prazer, me fascina

Deusa com ar de menina

Jasmine se admirava enquanto arrumava seu coque volumoso no espelho, depois partiu para o cinto da calça preta social colocando-o, arrumou a blusa com gola alta e apertou seu relógio dourado no pulso. Rapidamente fez uma foto em frente ao espelho com uma das mãos no bolso, estava satisfeita com sua roupa inteiramente preta e que se encaixava perfeitamente para o evento.

Tinha combinado com Melinda que se encontrariam lá, passou o endereço corretamente para a morena e foi mais cedo para o espaço. Como boa parte do evento foi organizado por sua melhor amiga, havia se disponibilizado para ajudar caso ela precisasse de algo, e Ana Clara precisou. Dalia não sabia de muita coisa sobre a festa, pois tinha sido planejada com antecedência e com uma equipe, mas sabia que alugaram um enorme balcão com um espaço aberto.

Quando chegou ao lugar se impressionou com o tamanho, estava tudo arrumado e cheio de luzes, as mesas ficavam a céu aberto e tinha um enorme palco, na parte fechada do local ficavam os banheiros, um espaço com a exposição dos itens que seriam leiloados e a cozinha.

O tempo passou, a música começou a tocar e Ana Clara e Jasmine ficaram recepcionando quem chegava. Estava tudo em ordem e os profissionais eram perfeitamente competentes, não tinham com o quê se preocupar.

A ruiva identificou o carro que havia chegado e estacionava, sorriu ao ver Melinda descendo do automóvel. Ela estava com seus cabelos escorridos e soltos, usava um óculos redondo com uma armação fina e dourada no rosto, trajava um terninho de alta costura todo na cor vinho, dobrado até os cotovelos e dentro dele contrastava a langerie branca inteiramente rendada, era uma mistura de cropped com corset, no pé calçava saltos e a calça também justa tinha o cós alto.

— Puta que pariu. — Ana soltou observando a mulher que caminhava em passadas seguras indo na direção das duas com um sorriso brilhante. 

— Faço das suas palavras as minhas. — A escritora falou. — Você tá incrivelmente linda. — Adiantou-se em elogiar a moça que agora estava parada a sua frente, sorriu de volta.

— Eu digo o mesmo de você, Jasmine. — Abraçou a companheira de uma forma apertada, inalando seu cheiro, a fragrância do perfume dela lhe agradava muito assim como o aroma dos seus cabelos. — Boa noite, você quem é a Ana Clara? — Perguntou em confusão com o cenho franzido.

— Boa noite, sou eu sim. — Sorriu educadamente, a beleza de Melinda era tão intimidadora que a deixava nervosa.

— Ah, muito prazer. Eu me chamo Mel, da empresa Honeycomb, a que falou contigo no celular outro dia. — Ofereceu sua mão com os anéis de costume para um cumprimento. As jóias reluziam, todos eles eram dourados e finos, esbajavam riqueza e combinavam com a armação dos óculos.

A loira apertou a mão, erguendo suas sobrancelhas recordando-se de quem era, a voz fazia jus a toda beleza que a morena carregava.

Jasmine tinha uma expressão confusa, ainda estava ligando os pontos, agora teria descoberto quem foi motivo do bi panic de Ana Clara pelo celular e também que a companheira teria ligado para doar para a ONG. A empresária era um ser surpreendente.